Não é novidade para ninguém que música e jogos eletrônicos andam lado a lado há anos, desde o fim do século passado. Com o passar do tempo, como mostra este artigo publicado pela Betway, essa relação de grande sucesso chegou nos Esports, com empresas como Valve, Ubisoft e Riot Games cada vez mais investindo na parceria, que vem repetindo o excelente resultado.
Além das publishers, as próprias organizações de Esports também estão bem atentas a isso. Exemplo disso é a contratação de GUXTA por parte da LOUD, algo que foge totalmente de jogadores profissionais e influenciadores do ramo de games, além da criação de um clipe musical do MiBR com o artista, Duzz, para o anúncio de line-ups, entre outros.
Contudo, o Trap é só um dos braços da música que está presente nos Esports. A Riot Games, empresa criadora do League of Legends e Valorant, já se utiliza dessa estreita parceria antes mesmo do jogo explodir no Brasil. Na Final do CBLOL de 2014, como bem lembrou o artigo da Betway, site de eSports bets, por exemplo, houve apresentação musical dos temas da Vi e da Jinx, o que levantou o público no Maracanãzinho. No ano seguinte, as músicas de Draven, Gnar e até do Amumu foram apresentadas ao vivo no Allianz Parque, além de um show da banda Pentakill, que voltaria a se apresentar ao público brasileiro na Final do 2º split de 2017.
Isso sem falar das produções quase hollywoodianas que a publisher criou para lançar as linhas de skin KDA e True Damage, nomes também das bandas virtuais que lançaram músicas de grande sucesso. No caso do KDA, o grupo formado por Ahri, Evelyn, Kai’Sa e Akali, além da mais nova recém-chegada, Seraphine, tem suas músicas muito próximas do K-PoP, gênero sul-coreano avassalador por todo o mundo. Já o True Damage vai mais para o lado do rap e hip hop, com os campeões Yasuo, Ekko, Senna, Qiyana, além da Akali que participa dos dois projetos.
Mas voltando a falar do CBLOL, o Trap também começou a se mostrar cada vez mais presente no cenário competitivo brasileiro de League of Legends, porém se engana quem acredita que fica restrito aos campeonatos. O maior jogador da modalidade no Brasil, o seis vezes campeão nacional, brTT, já lançou mais de um projeto musical no gênero, com os hits Flex (com Alva e Ecologik) e Seis (com Pedro Qualy).
Pedro Qualy, inclusive, está presente no cenário de LoL há bastante tempo, desde interações nas redes sociais com jogadores e influenciadores do meio, ele já lançou músicas como “Somos Um Só”, apresentada em parceria com Vintage Culture na Final do 2º split do CBLOL 2020, a já citada “Seis”, além da participação de nomes icônicos como Yoda, Micao e o próprio brTT no clipe de “Irmãos DQbrada”, música do Haikaiss.

Uma modalidade que ainda não foi citada aqui, foi o Rainbow Six: Siege, que contou com apresentação de Yung Buda e Rincon Sapiência na Final do Brasileirão de 2020. Em entrevista à Betway na época, Buda contou que os games sempre estiveram presentes em sua vida: Na minha adolescência até a minha vida adulta sempre joguei FPS, tais como o Counter Strike. Tem até outros jogos que não estão no cenário competitivo, mas marcaram bastante a minha trajetória, The Duel, Eurogunz, Perfect World, Combat Arms, e agora eu tenho jogado League of Legends.”
A parceria do artista com o FPS da Ubisoft surgiu depois que um dos produtores da empresa, Rob, acreditou que a relação seria interessante para os dois lados. “Eu não tinha jogado o game. Eles me deram a chave, joguei, curti. Peguei uma ideia ali mais ou menos e a gente fez uma sessão de estúdio com o Rincon Sapiência e com o Samuel Ferrari também, que já fez algumas produções ali para música promocional do cenário competitivo com o Emicida e com o Brown”, completa Yung Buda.
Com isso em mente, é impossível enxergarmos um futuro sem que games (e Esports) e música estejam juntos. O Trap virá no mesmo ritmo, ou melhor, no seu ritmo e certamente será um fator extremamente importante e quem sabe até moldará o futuro dessa lendária parceria.