Destaque da equipe de VALORANT da LOUD durante o VCT Game Changers, Jelly comentou sobre as dificuldades de entrar no cenário inclusivo do FPS da Riot Games e como tem sido acolhida pela comunidade. A jogadora revelou que tinha dúvidas sobre se seria aceita por ser uma mulher trans, mas hoje acredita que tomou a decisão correta e quer inspirar outras pessoas a seguirem o mesmo caminho.
Você é gigante @loud_jellybangs 💚 pic.twitter.com/SAEjoMeeLl
— LOUD 🇧🇷 (@LOUDgg) March 30, 2023
Como uma pessoa trans, foi realmente difícil chegar no cenário, porque na época eu não sabia se eu ia ser realmente aceita. Foi uma coisa que eu nunca pensei que ia questionar na minha vida, se eu poderia ser eu mesma em um lugar. E foi um negócio que eu fiquei muito triste, passei muitas horas chorando e pensando. Eu não sabia se era possível eu ser eu mesma. E uma coisa que eu quero mostrar para todo mundo é que qualquer pessoa é aceita aqui e ela pode ser o que ela quiser porque aqui é muito amor.
Era uma barreira para mim, mas muitas pessoas me ajudaram a entrar no cenário inclusivo e ser aceita para eu poder começar a jogar e me provar. Eu sinto que estou sendo acolhida pela torcida, pela comunidade e por todos os jogadores. Todos que eu conheço me acolhem muito bem. Tudo bem, vai ter alguns haters e um pessoal que vai querer falar m****, mas é a minoria. 99% dos comentários que eu vejo é falando só bem e me elogiando, o que é algo que eu prezo e quero aumentar ainda mais. Porque eu quero mostrar para uma pessoa que está tendo o mesmo pensamento que eu tive na época que ela pode entrar nesse lugar, disse a jogadora em entrevista ao podcast MD3.
Jelly foi um dos principais nomes da equipe de VALORANT inclusiva da LOUD durante a disputa do VCT Game Changers Brasil. A organização esmeraldina terminou sua participação no torneio em segundo lugar após ser derrotada pela Team Liquid na grande decisão.
