A Sentinels é a primeira equipe classificada para a final da chave superior do Masters Reykjavik. Nesta quarta-feira (26), o time norte-americano venceu a brasileira Team Vikings por 2 a 0 de forma convincente e mostrou novamente que é uma das fortes favoritas ao título do primeiro torneio internacional de VALORANT.
Shahzeb “ShahZaM”, capitão da Sentinels, elogiou o jogo individual da Vikings, mas acredita que o time brasileiro poderia melhorar e se tornar um time mais forte se decidisse começar a jogar de forma mais lenta.
“Enquanto nós nos preparávamos para o torneio, muitas pessoas comentaram que a Vikings era muito boa nos treinos. Posso dizer que individualmente eles tem jogadores extremamente talentosos e boas ideias. Acho que se eles conseguirem implementar um estilo de jogo um pouco mais lento, que visa pegar e negar informação, eles serão um time muito assustador”.
ShahZaM também comentou que assistiu aos jogos da final regional do Challengers Brasil e estudou o estilo de jogo das equipes nacionais. Por conta disso, o norte-americano conseguiu criar estratégias para combater o estilo de jogo rápido dos brasileiros
“Eu assisti alguns jogos dos times brasileiros nas finais regionais e o jogo deles envolve muitos duelos acontecendo no início da rodada e poucas jogadas de informação. Nós aproveitamos desse conhecimento e ganhamos a partida nas nossas rotações”.
Ao ser perguntado se a Vikings está no nível de jogo das equipes da Europa e da América do Norte, o capitão da Sentinels disse que ainda não sabe responder por conta da falta de jogos entre os times internacionais, mas afirmou que os brasileiros tem muito potencial.
“Eles definitivamente têm muito potencial para estar no nível da Europa da América do Norte. Eu não acho que posso cravar isso somente por conta de uma partida, é difícil dizer até os times internacionais jogarem mais uns contra os outros. Eles tem boas ideias, mas acho que eles estão um pouco fora do meta atual, a Icebox foi um bom exemplo, tivemos a vantagem por conta disso”.
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Antes de se juntar à equipe de VALORANT da Sentinels, ShahZaM competia no Counter-Strike: Global Offensive. Porém, sua passagem no FPS da Valve foi modesta e o norte-americano não levantou muitos troféus em sua carreira, tendo jogado apenas em equipes que não se destacavam no cenário competitivo.
Agora no VALORANT, pela primeira vez ShahZaM está em uma equipe de nível internacional e com chances reais de título. Para o norte-americano, estar do lado favorito pode colocar uma certa pressão sobre o jogador, mas também traz confiança.
“É bem diferente. Quando o seu time é considerado um dos mais “fracos”, você não joga com pressão, as pessoas jogam como se não tivessem nada a perder. Mas quando toda a expectativa está em você e todos estão te olhando, você sente a pressão de que tem que ir bem. Mas isso também tem seu lado bom porque da confiança. Eu e meu time entramos em todos as partidas muito confiantes porque sabemos que podemos vencer e essa sensação é ótima”.
No FPS da Riot, ShahZaM quer criar uma dinastia. Totalmente dedicado ao jogo desde o primeiro dia, o norte-americano montou a equipe da Sentinels pensando em replicar o sucesso que a Ninjas in Pyjamas teve no início do competitivo do CS:GO, onde os suecos ganharam diversos torneios e chegaram a vencer 87 mapas consecutivos em nível internacional.
“Quando montamos o time, queríamos apenas pessoas que estavam 100% dedicadas ao VALORANT. Queremos trabalhar mais duro do que todos para tentar replicar o que a Ninjas in Pyjamas fez no início do CS:GO, esse é nosso objetivo. Eu e meus companheiros estamos o tempo todo pensando sobre o jogo, falando sobre novas estratégias e nos reinventando”.
O Masters Reykjavík acontece entre os dias 24 e 30 de maio na Islândia. Além de ser o primeiro torneio presencial internacional de VALORANT, a competição também distribuirá pontos para o VALORANT Champions 2021, o mundial do FPS da Riot, e uma premiação total de 600 mil dólares.
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