Na última sexta-feira (24), a Sentinels dos brasileiros Sacy e pANcada acabou sendo derrotada pela Fnatic e deu adeus ao VCT Lock In. Após a partida, a equipe norte-americana conversou com a imprensa e falou sobre a experiência de jogar no Brasil, a adaptação da dupla brasileira na line-up, os objetivos do time para 2023 e mais.

AS CHEGADAS DE SACY E PANCADA NA SENTINELS
TenZ: Chegando ao time eles trouxeram muitas boas ideias. Eles estavam na LOUD, atual campeã mundial, e eles tem uma boa experiência para me ensinar a me tornar um jogador melhor e a trazer o melhor das minhas habilidades. Outra coisa é que é muito legal ver o quão diferente culturalmente falando eles são e definitivamente estamos criando uma ótima atmosfera no nosso time.
TENZ JOGANDO DE SAGE
TenZ: Sobre a escolha da Sage nessa partida do Lock In, eu diria que demorou alguns dias para eu me adaptar. Primeiramente você tem que parar de usar off angles que são possíveis com a Jett ou a Reyna, jogar de maneira muito mais inteligente e usar suas habilidades para controlar a partida. Tive que jogar mais de trás e de forma mais passiva, sempre buscando informação.Não senti que foi muito difícil, estávamos bem nos treinos antes, mas a Fnatic estava jogando de uma maneira que não tínhamos visto ainda e foi complicado para nós nos adaptar no meio do jogo.
BARREIRA LINGUÍSTICA NA SENTINELS
PANcada: Está sendo bem tranquilo para ser sincero. Os meninos me receberam muito bem e me deram tempo para trabalhar, além deles serem muito gente boa. Eu consigo conversar com eles, brincar e isso ajuda muito na minha evolução. Não tem muito o que dizer, esta sendo bem fácil.
ANALISAR OS ERROS PARA A LIGA
TenZ: Eu não quero dizer quais mapas são confortáveis para nós porque seria um pouco troll, mas definitivamente vamos revisar as VODs e ver o que fizemos de certo e errado para refinar os nossos mapas e chegar na Liga de forma mais sólida.
O VCT LOCK IN FOI PARA A SENTINELS PEGAR EXPERIÊNCIA
Syyko: Como eu disse na última coletiva, nosso objetivo é o Champions e se classificar para ele, o que significa ir bem na Liga e se classificar para o Masters de Tóquio. Esse tem sido o nosso foco e esse é só um passo nesse caminho. Nosso objetivo no torneio era conseguir o máximo de experiência possível. Acho que acabamos não conseguindo alcançar nossas expectativas, mas aprendemos bastante nessa competição e estou ansioso para conversar com meus assistentes técnicos e o time, assistir as VODs não só da nossa equipe mas de todo o torneio e ver o que podemos aprender para a Liga das Américas nos Estados Unidos.
A EVOLUÇÃO DA SENTINELS É UMA QUESTÃO DE TEMPO
Syyko: Eu não sei se estamos despreparados, a questão é que montar um time campeão leva um bom tempo. É um processo. Aprendi isso quando ainda estava na XSET, não começamos como um dos melhores times, iniciamos a caminhada como uma equipe que tinha dificuldade de se classificar para eventos internacionais e depois nos tornamos um time que conseguia se classificar consistentemente mas sempre era eliminado de forma precoce e depois nos tornamos um elenco que terminou o Champions em 5°. É tudo um processo, eu sei disso, meu time sabe disso e tudo o que podemos fazer é confiar nesse processo e continuar trabalhando duro para nos preparamos para a Liga.
EXPERIÊNCIA DE JOGAR COM A TORCIDA
Sacy: Foi totalmente surreal. Não falando só por mim mas também pelo pANcada, voltamos ao Brasil como campeões mundiais e com certeza posso falar por ele também que sentimos muito apoio da torcida brasileira. Foi uma sensação inexplicável e eu só tenho a agradecer.
TUDO PARTE DE UM PROCESSO
Sacy: Eu estou visualizando uma coisa muito boa. O nosso time tem uma capacidade muito grande de evolução. Foi muito triste que a gente saiu do Lock In agora, foi um resultado que a gente obviamente não esperava, mas o foco agora é a Liga, se classificar para Tóquio e conseguir os pontos para o Champions. Então é tudo parte de um processo e temos que acreditar nisso, a Liga é só o próximo passo a ser seguido
pANcada: A liga passa bastante estabilidade para a gente também. Podemos nos preparar bem sem se preocupar de estar fora no próximo split, por exemplo. É uma coisa que vai vir para ajudar a gente e dar tempo de trabalho para o time.
TORCIDA PARA A LOUD
Sacy: Conseguimos um sucesso na Islândia ano passado com o vice campeonato, mas nosso time já vinha jogando campeonatos desde o começo do ano. Desde janeiro já vínhamos jogando qualificatórios e tínhamos mais experiência como time, além de já termos uma base muito forte comigo e com o saadhak da época da Vikings. Então meio que o time já estava estruturado e acho que esse foi um dos motivos de termos conseguido ir bem internacionalmente falando. Óbvio que vou torcer para a LOUD, não tem por que eu não torcer para eles. Eu torço muito principalmente pelo aspas. Tenho uma amizade muito forte com ele e só torço pelo sucesso dele
LOCK IN FOI EXPERIÊNCIA VALIOSA PARA A SENTINELS
Syyko: É sempre ruim ser eliminado com um 0-2 no início, mas a verdade é que a Fnatic é um grande time e a preparação deles foi fantástica. Eles jogaram melhor do que nós. Nós adoraríamos ter ido mais longe no torneio para treinar mais, porém sentimos que a experiência de jogar aqui vai ser valiosa, assim como os treinos que estamos tendo aqui no Brasil nas últimas semanas que estivemos no país. Tudo isso combinado, os treinos contra os outros times tier 1 aqui no Brasil e a nossa partida no palco, vamos olhar tudo isso de forma valiosa. Claro que gostaríamos de ter avançado e jogado mais, mas ainda assim sentimos que foi o suficiente para ter uma base para esse ano.
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