Na última quarta-feira (15), o MIBR acabou sendo eliminado do VCT Lock In após ser derrotado pela Talon. Logo depois do confronto, os brasileiros conversaram com a imprensa e falaram sobre diversos assuntos, entre eles a pressão de jogar em frente a torcida, o que deu errado na série contra os tailandesas, aprendizados para o futuro e muito mais.
O QUE DEU ERRADO NO PRIMEIRO MAPA
A gente escolheu o mapa da Haven sabendo que era um mapa forte deles. Nos preparamos bem para esse confronto, mas aconteceram algumas coisas no começo do jogo que já estão sendo resolvidas com a Riot, coisas que não podem acontecer em um campeonato internacional. Isso acabou atrapalhando um pouco nosso planejamento durante o andamento dessa primeira partida e a Talon conseguiu punir muitos erros nossos. A gente ficou desatento com algumas rotações, ficou desatento com alguns lurkers e também perdemos muitos clutches. A Talon tem total mérito de ter conseguido vencer o nosso mapa.
MIBR SENTIU A PRESSÃO DA TORCIDA
Eu não acredito que tenha rolado isso por parte do time. É claro que acontece um pouco de afobação por ser o primeiro grande palco dos moleques, principalmente sendo o primeiro do nosso time junto. É a primeira vez do jzz jogando de iniciador em um campeonato grande, nesse stage gigantesco e cheio de torcida. Independente da torcida ser a pressão para a gente ganhar vamos acabar sentindo um pouco, tanto que na Fracture, que era o mapa deles, nós já estávamos jogando melhor. Acho que o primeiro mapa teve um pouco disso [pressão], o pessoal estava se soltando ainda, mas depois da partida de estreia a gente conseguiu jogar muito bem e quase venceu o mapa dos caras.
DESATENÇÃO COM AS COSTAS FOI CRUCIAL PARA A DERROTA DO MIBR
Eu acho que se resume a duas coisas. Primeiro um pouco mais de atenção. Sabíamos que o crows estava avançando nas nossas costas, mas ao mesmo tempo o time da Talon estava entregando muito o spikesite, então muitas vezes a gente conseguiu entrar com o espaço totalmente givado e com eles jogando de trás. Acabamos gastando muitos recursos na hora dessas entradas e ao mesmo tempo que conseguimos entrar e plantar a spike, não ficamos atentos aos jogadores adversários chegando atrasados. Foi um erro nosso e vamos trabalhar nisso para os próximos jogos.
MIBR VÊ O LOCK IN COMO EXPERIÊNCIA POSITIVA
Eu acredito que foi uma boa experiência sim. Gostaria que tivesse sido mais e que a gente pudesse jogar mais partidas, acredito que poderíamos começar melhor em uma segunda MD3. Como eu falei antes, no segundo mapa ainda estávamos um pouco duros e sentindo o jogo, os moleques são novos e não tem como negar. Mas acredito que ainda sim esse campeonato foi 100% positivo para a gente e conseguimos sim jogar muito bem. Na Haven tivemos rounds muito bons onde mostramos calma e mostramos que nosso macro está bem feito. Na Fracture a mesma coisa. Para a gente a conclusão é que nosso trabalho está sendo bem feito e queremos chegar mais bem preparados para o próximo e conseguir ir mais longe no campeonato.
MIBR VAI CONTINUAR TRABALHANDO DA MESMA MANEIRA
A gente não tem que fazer nada do que já não estávamos fazendo antes. O nosso trabalho até aqui já estava sendo muito bom. Todos os meninos evoluíram muito bem e nós como equipe estamos evoluindo em um ritmo saudável também. É só a gente continuar o nosso trabalho e é uma questão de tempo. Um campeonato como esse a gente joga uma série MD3, tem pressão da torcida e querendo ou não isso acaba pegando um pouco, mesmo a gente não sendo tão afetado vai pegar um pouquinho, principalmente o primeiro mapa. A gente mostrou também o nosso macro e que nosso trabalho está sendo bem feito. Vamos manter o nosso trabalho como ele já está sendo feito hoje e o resultado vai ser consequência.
O LOCK IN FOI UM TORNEIO TESTE
A gente enxerga sim esse campeonato como uma experiência. Temos trabalhado faz muito tempo, algo em torno de 40 ou 50 dias, e viemos com essa mentalidade para o torneio. Como o bzkA e o murizzz já falaram, os moleques são novos, temos que nos acostumar com o time e criar a casca da equipe. É basicamente isso, não tem muito para onde fugir. Vamos consertar os erros, usar esse campeonato para absorver a experiência e voltar mais forte nos próximos.
A DERROTA NÃO SIGNIFICA NADA
Eu acho que urgente não tem nada, principalmente porque temos um mês para o próximo campeonato. Mas ao mesmo tempo estou muito orgulhoso dos meninos e do que a gente construiu até aqui. E acho que esse resultado, por mais que a gente tenha perdido na estreia, não quer dizer nada. Estamos sim muito fortes, estamos sim muito bem e evoluindo muito. Acho que aqui dentro, como time, estamos muito fortes, unidos e no caminho certo.
DISCIPLINA É A CHAVE PARA O SUCESSO
A gente tenta sempre lidar da maneira mais positiva. Lógico, agora estamos meio frustrados e tristes, mas é do momento. O que importa é a evolução que vamos ter a partir dessa derrota, ver o que a gente errou para não cometer os mesmos erros nos próximos campeonatos e evoluir como time. Ansiedade e disciplina são coisas muito importantes no VALORANT e ganham campeonatos. Na minha opinião o time que está mais calmo e mais racional é o time que vai vencer o campeonato.
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