A SuperMassive foi derrotada nas duas partidas que disputou nesta segunda-feira (28), mas garantiu sua classificação para a primeira rodada da Fase Eliminatória do Play-In, onde enfrentará a MAD Lions.
Após sua última partida, o caçador campeão da TCL, o sul-coreano KaKAO, conversou com o Mais Esports, onde explicou sobre as duas derrotas sofridas pela equipe turca, para Team Liquid e Legacy, o meta atual e as diferenças entre jogar numa região Major, como Coreia, e uma Minor, ou Emergente, como a Turquia.
Mundial e Meta atual
KaKAO abriu a entrevista admitindo que a compreensão dos jogadores da SuperMassive em relação aos campeões do meta está “imprecisa”, o que atrapalhou na hora do draft. “também houveram problemas de comunicação durante o jogo. Eram dois problemas, mas ao mesmo tempo, acredito que teve uma questão de timing, já que começamos jogando contra a TL e a derrota nos abalou mentalmente, o que atrapalhou ainda mais.”
Falando em campeões do meta atual, a Lilla tem sido um pick prioritário nesta Fase de Entrada do Mundial. Contudo, ela não tem correspondido às expectativas e saiu derrotada em cinco das sete vezes que foi escolhida. Para o experiente jungler, isso se dá pois não há bons jogadores com a campeã no Play-In.
“Eu incluso. Nem todos são bons com ela e, além disso, muitos jogos neste meta são decididos numa luta no dragão ou numa luta cedo no Arauto, mas a Lillia ainda não está no seu pico neste momento”, explica.
KaKAO é um dos jogadores mais experientes do cenário competitivo de League of Legends. Ele iniciou sua carreira em outubro de 2012, na KT Rolster Bullets, e desde então passou por equipes como Invictus Gaming, MisFits, Dark Passage, Jin Air, a própria SuperMassive, entre outras. Quando perguntado sobre as maiores diferenças entre atuar numa equipe coreana e uma equipe turca, o caçador elencou dois pontos: Hierarquia e Horas de Trabalho.
“A maior diferença é que hierarquia não existe, de fato, na Turquia. É muito livre, jogadores e treinadores estão num paralelo, não há ninguém acima ou abaixo.Além disso, os jogadores têm muito tempo livre depois dos treinos. Então, em termos de hierarquia e horas de trabalho, é muito diferente”, conta.
Como Wildcards podem melhorar?
Ele também comentou sobre o que ele acha que regiões emergentes podem fazer para conseguir resultados melhores em torneios internacionais. Para KaKAO, o principal fator a ser melhorado é a infraestrutura, citando a LPL como exemplo.
“A percepção dos Esports está bem atrás em algumas regiões. Por exemplo, os últimos campeões Mundiais, a China, a LPL é muito grande, os jogadores estão recebendo bastante apoio e podem só focar no jogo. Também acredito que o Governo, e o próprio país, os apoiam muito. Eu acho que, com o passar do tempo e os times de regiões minors recebendo apoio de fora, eles vão melhorar muito, porque eles já estão jogando bem na Fase de Entrada.”
Por fim, o jogador opinou sobre o porquê dos dois favoritos da Fase de Entrada, MAD Lions e LGD, não estarem jogando como esperado. Ele acredita que o mérito vai para as regiões Wildcard, “que vêm evoluindo bastante e estão jogando ainda melhor este ano.” Além disso, o meta também é um fator determinante, já que as partidas são decididas em teamfights. “se você perde uma luta, você fica muito atrás e fica difícil de se recuperar.”
A SuperMassive volta ao palco do Mundial nesta terça-feira, às 7h da manhã, para enfrentar a MAD Lions, que se classificou vencendo os brasileiros da INTZ no confronto de Desempate. O vencedor da série Md5 avança e enfrenta a UOL, equipe da LCL que ficou em 2º lugar do Grupo B.
Você confere a cobertura completa do Mundial aqui no Mais Esports.
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