Campeão da LCS pela Cloud9 e na expectativa para o Worlds 2022, o Flanalista, que agora prefere ser chamado de “Sam”, não conseguiu esconder o carinho que ainda sente pelo Brasil, em entrevista concedida exclusivamente ao Mais Esports. O sul-coreano atuou no país durante quase três anos no Flamengo eSports e falou do que isso significou para ele.
Eu estava considerando, na Final da LCS, quando eles estavam nos introduzindo, estar segurando uma bandeira do Brasil, assim como o Wadid fez com sua bandeira da Coreia do Sul em 2017 ou 18, porque eu considero minha identidade de Liga como brasileira, não digo minha nacionalidade, não me entenda mal, mas eu comecei minha carreira de treinador, os primeiros dois anos e meio, no Brasil. 95% da minha fanbase é brasileira, quase 2/3 da minha fase adulta, desde que saí de casa da Coreia e comecei a andar pelo mundo, uma grande parte disso é e começou no Brasil, então eu o guardo num lugar especial no coração e gosto que ainda algumas pessoas gostam de mim de lá e espero que eles continuem a gostar, porque sou muito grato.
Um dos momentos mais marcantes do treinador quando estava no Brasil foi logo após a Final do 1º split do CBLOL 2019, quando o Flamengo foi derrotado pela INTZ, numa das maiores zebras que o cenário brasileiro já viu. Apesar de ter dado “trash talk” nos intrépidos antes da decisão, Sam fez questão de cumprimentar cada jogador e membro da staff após o jogo.
“Eu senti que se eu não fizesse aquilo, seria covardia da minha parte”, conta. “Quando eu cheguei no Brasil, eu tinha esse hábito de falar merda de todo mundo, e foi muito conveniente que eu fui embora em 2021 e pude me safar disso, […] Foi bom para eles também, eles não estavam tão bem durante o split, mas eles conseguiram fazer coisas boas.”
Título pela Cloud9 teve a mesma sensação que com Flamengo, diz Sam
Depois de uma passagem pelo Brasil que rendeu um título de CBLOL, Sam andou pelo mundo até chegar na Cloud9, uma equipe de região Major. Apesar do status, ele afirma que a sensação de ser campeão é a mesma que sentiu quando atuava pelo Flamengo, há cerca de três anos.
Flanalista explica que vencer é quase como uma droga, pois “você fica o tempo todo querendo aquela sensação de novo, mas nunca é a mesma coisa.”
“Se você está num grande time e tem expectativa de vencer, e se você já venceu antes, é mais um alívio do que alegria pura”, conta o treinador.
Flanalista aprova Grupo da C9 no Worlds
Ao analisar o sorteio da Fase de Grupos do Worlds 2022, Flanalista afirma que gostou do grupo onde a Cloud9 foi colocada, junto com EDG e T1, no Grupo A. Ele acredita que, exceto pelo grupo D, todos os outros são difíceis, e por isso, não há motivo para reclamações.
Eu, pessoalmente, tento ver se nossos jogadores não estão num hype insano como “somos a Cloud9, vamos passar dos Grupos” ou ainda “Ai meu Deus, EDG e T1 são times orientais muito fortes, esse grupo é tão difícil”, porque se caíssemos em qualquer outro grupo, exceto aquele da CFO, todos são bem difíceis, não só o nosso e acredito que isso tenha a ver com, comparado com anos anteriores, não acho que tenha um time que seja “uau, esse time é favorito ou essa região é favorita a ganhar o Mundial” ou ainda “esses dois times são bons e esses dois são ruins”, eu acho que todos os times vindo para o Worlds são considerados fortes à sua maneira.
Ainda na entrevista ao Mais Esports, Sam falou das mudanças feitas no elenco durante a temporada 2022 e suas expectativas para o Mundial.
Worlds 2022
O mundial de LoL acontece entre os dias 29 de setembro e 5 de novembro, com etapas no México e Estados Unidos. Ao todo são 24 times lutando pelo título mundial e uma premiação de mais de US$ 2 milhões!
Confira a cobertura completa do Worlds 2022 com tabelas, calendário de jogos, resultados, estatísticas das partidas, line-ups, formatos e outras informações aqui no Mais Esports.
https://www.youtube.com/channel/UCf1z-iXUy5-Q2RXbFbbaGRQ