A Vivo Keyd Stars estreou com derrota no Worlds 2025, sendo superada pela TSW em uma partida marcada por erros de execução, falta de sincronia e decisões questionáveis no early game.
Para entender o que deu errado, o Mais Esports conversou com exclusividade com o atirador Morttheus, que analisou o draft, falou sobre a escolha de campeões, avaliou os treinos da equipe, comentou a preparação conturbada com chegada em cima da hora e revelou o clima interno após a derrota.
Na sua opinião, qual era a forma de jogar esse draft?
Cara, a gente já tinha uma opinião sólida antes do jogo, que no scale a gente ia ganhar. Acho que isso era bem claro. Só que, não sei, na hora ali a gente pensou tipo: “Vamos dar invade, porque era uma Vi.” Mas a gente sabia que os caras também eram fortes, era meio 50/50. Então, sinceramente, foi algo meio no momento, tá ligado?
Eu acho que não foi muito bom, mas de qualquer forma a nossa execução não compensou. Se a gente jogasse melhor, talvez desse pra tirar alguma coisa, mas acredito que não foi uma ideia muito boa. Aí o jogo já ficou mais caótico do que deveria, né?
A gente acaba perdendo os flashes, os caras pegam kill, então já sai bastante do plano. Acho que o plano era bem claro: jogar as lanes, a gente tinha lanes que ganhavam, a gente tinha scaling melhor… só que a gente fugiu do plano mesmo. Acho que ficou muito nisso.

Eu achei que nesse invade, por exemplo — não sei se você já teve a chance de rever — o Mireu vai voltando pro mid e ele não tá batendo. E também no Arauto, eu senti que o Disamis não queria bater no olho e você acaba dando hit. Você sente que faltou essa sincronia, essa questão de o time estar na mesma página?
Com certeza. Acho que nesses últimos dias a gente teve treinos ok, mas não tão produtivos nesse quesito de… tipo, a gente não tá tanto na mesma página. Igual você falou — acho que foi a melhor forma de simplificar nosso momento: a gente não tá tanto na mesma página.
Se a gente quer fazer algo, tinha que estar todo mundo ali. O Mireu mesmo tinha que estar mais perto, a gente tinha que ter proximidade pro Disamis poder andar no red. Foi uma execução bem ruim. No Arauto a gente já conversou também, tipo: a gente falou tudo — que não tinha ult no Jarvan e tal — mas que ia virar, porque não dava pra terminar o Arauto. Então foi só uma indecisão mesmo e essa falta de estar sincronizado. Acho que é algo que veio desses últimos dias de treino.

Por que não escolher o Corki que você chegou a mostrar?
Cara, com certeza o jogo não foi o draft, porque se o jogo começa daquele jeito, já fica meio esquisito. Mas eu acho que o Corki era um bom champion, talvez fosse uma escolha melhor. Sinceramente, acho que os dois eram bons.
O Corki poderia ser melhor se a gente jogasse as lanes, ele seria um late game mais forte, talvez garantisse o scaling. Mas acho que a Yunara foi mais no momento mesmo, pelo conforto. Eles falaram: “Ah, você pode pegar o que quiser.” Os dois coaches curtiram os dois bonecos. Achamos que a Yunara seria boa, mas não deu tempo de escalar.
Então acho que ficou ruim. Mas acho que qualquer boneco ali seria feio se a gente fizesse aquilo. Mas sim, talvez o Corki fosse melhor.

Como estão sendo esses treinos? Como vem sendo essa preparação?
A gente conseguiu treinar contra times bons, sim — principalmente times da Europa e do Pacífico.
Acredito que os treinos não foram dos melhores, porque a gente acabou chegando bem em cima da hora. E acho que isso foi um dos motivos da gente não conseguir marcar tantos treinos. Acabamos tendo treinos atrasados, e a galera cancelava em cima da hora, porque a maioria dos times já estava com tudo agendado.

Foi todo um quesito de jet lag, da galera chegar muito em cima, a gente ter que achar os treinos ali na hora. A gente parava tudo porque achava um treino.
Não tá sendo a experiência mais fácil, tá sendo bem complicado. Eu mesmo perdi minha bagagem — tava sem periférico, sem roupa, sem nada. Tava usando coisa da galera aí. Consegui achar ontem, então deu uma calmada, mas de fato não tá sendo fácil.
A gente teve bons blocos — tipo, não são blocos que a gente tá sendo estampado, nada assim, bem diferente disso —, mas também não são os treinos mais produtivos, na minha visão. Falta bastante pra ser aquele negócio que você fala: “Beleza, tamo muito bem pra chegar no stage e jogar nosso jogo.” Tá sendo mais no individual e tudo, a gente não tá na mesma página.
Você se surpreendeu com a TSW? Eu senti — não sei se você vai concordar — que parece que foi tudo no micro. Você sentiu isso também?
Acho que ninguém do nosso time desrespeitava eles. A gente sabe que todo mundo que tá aqui no Worlds tem potencial.
Na real, eles são ótimos mecanicamente, como você falou. A execução deles tava muito boa, dos campeões. Pegaram conforto, fizeram uma execução boa nos nossos erros, querendo ou não. Sinceramente, não me surpreendi. Acho que foi bastante erro nosso e eles conseguiram aproveitar as vantagens. Mas são um bom time, sim.
Morttheus, pode contar qual foi a conversa final e como você pretende se preparar pra amanhã?
Cara, acho que a gente tem que buscar, na conversa, se escutar mais. Foi algo que o SeeEl levantou — a comunicação existe, mas a gente tem que escutar mais pra estar na mesma página.
Se a gente faz uma call, tem que estar todo mundo na mesma página. Acho que esse foi o principal fator de hoje ter dado errado.
E outro fator é jogar a nossa composição e não dar essa volatilidade toda, a não ser que a gente esteja com uma comp full early game. Mas, pô, é jogar o nosso jogo, tá ligado? Então, pra amanhã, é manter a cabeça no lugar e tentar jogar mais junto.

Um recado final?
Vou pensar aqui… Deve ter sido bem bosta de assistir, né? Foi bem desagradável, acho, a forma que as coisas aconteceram.
Cara, é só pedir desculpa. Independente da forma, o jogo não deveria ter sido assim. Acho que como a gente entrou, já desandou bastante — não mostrou nem um pouco do nosso jogo. Foi muito ruim.
Então, só pedir perdão pra todo mundo que tava esperançoso aí, mas ainda não acabou. A gente tá 0–1, ainda tem toda a chance de jogar. Vai ter outro sorteio.
Então, cara, espero que continuem acompanhando. A gente vai dar o nosso melhor, podem ter certeza. Compensar, né? Porque o começo não foi bom.
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