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Worlds 2025: Faker relembra sua primeira derrota na final do mundial: “aquela dor praticamente desapareceu após hoje”

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O tricampeonato consecutivo da T1 no Worlds 2025 consolidou a organização como a maior campeã da história do LoL. Após vencer a rival KT Rolster por 3–2 em uma das finais mais emblemáticas já vistas, os jogadores e comissão técnica da T1 participaram da coletiva oficial pós-título, agora, como hexacampeões mundiais.

Faker, Gumayusi, Keria, Oner, Doran e o técnico Tom deram suas visões sobre a conquista  em Chengdu. Eles falaram sobre os bastidores da série, os momentos de pressão, a sensação de fazer história e também sobre o que vem pela frente.

Assista à coletiva em vídeo (e com legenda), ou, se preferir, continue o artigo para ler as perguntas e respostas em texto.

Em 2023, você disse que dedicaria o título aos seus companheiros de equipe. Já em 2024, afirmou que seria para os fãs. Então, qual o significado especial que o título deste ano tem para você?

Na verdade, neste ano eu encarei tudo com o foco de um jogador profissional, não jogando por mais ninguém, mas por mim mesmo. E sou grato por essa mentalidade ter me levado à vitória.

Gumayusi, você é visto como um ídolo e exemplo por muitos jogadores e jovens profissionais. O que significa, para você, ser considerado um modelo a ser seguido? E que qualidades você espera que esses jovens possam aprender com você?

Acredito que a inspiração que os fãs sentem por mim vem do fato de eu não desistir, mesmo em momentos difíceis. Se isso puder dar força para que outras pessoas também sigam em frente sem desistir, já fico muito grato. Se eu puder servir de exemplo para que continuem sendo elas mesmas e enfrentem os desafios, isso já significa muito para mim.

Faker, em uma de suas transmissões, você comentou que o Galio um dia receberia uma skin… Existe a chance de ele ser o escolhido como campeão para a skin do título mundial?

Ainda não decidimos qual campeão vai receber a skin deste ano. Assim como no ano passado, vamos considerar os votos dos fãs antes de tomar essa decisão.

Faker, você já tem seis títulos mundiais e renovou com a T1 até 2029. Muitos jogadores optariam por se aposentar após tantas conquistas, então, o que o motiva a continuar competindo ano após ano e a buscar novos objetivos?

Acredito que o principal motivo para eu continuar jogando é a paixão. Eu realmente gosto de jogar, e competir contra os melhores é algo que tem muito significado para mim. Outro fator importante na renovação até 2029 foi refletir sobre o quanto ainda posso evoluir como jogador e também sobre como posso inspirar outras pessoas através do que faço.

Doran, hoje, muitos fãs comentaram nas redes que gostariam de ter a mesma sorte que você, afinal, você conquistou o título mundial logo no seu primeiro ano com a T1. Que tipo de experiências ou esforço você acredita que foram necessários para chegar até esse momento?

Se eu puder influenciar positivamente outras pessoas com essa minha primeira vitória, fico muito grato. Acho que tudo isso só foi possível graças aos fãs que seguiram comigo sem desistir. Sou muito agradecido pelo apoio e, se os torcedores puderem “pegar emprestada” um pouco da sorte que tive hoje, vou ficar ainda mais feliz por isso.

Faker, agora com o sexto título mundial nas mãos e com o passar dos anos, como a idade tem impactado sua vida profissional como jogador?

Uma coisa que tenho notado com o tempo é a questão da saúde, já que jogadores profissionais precisam manter uma postura específica por longos períodos. Mas, em termos de gameplay, acho que a idade não afeta tanto. O mais difícil, olhando até para outros esportes, é manter a paixão e a força de vontade com o passar dos anos. Tenho me dedicado bastante para cuidar bem desse aspecto.

Doran, você passou anos enfrentando a T1 como adversário na LCK e agora conquista seu primeiro título mundial ao lado deles. Na sua visão, qual é a “mágica” da T1?

Enfrentei a T1 muitas vezes e sempre achei que todos os jogadores da equipe eram excepcionais. Jogando ao lado deles, percebi que não é só a habilidade mecânica que impressiona, a mentalidade e a postura profissional de cada um também são admiráveis. Foi uma honra dividir essa experiência com atletas tão completos.

Gumayusi e Keria, vocês já são considerados a melhor bot lane da história. Mas depois deste ano, muitos acreditam que cada um de vocês é o melhor da história na sua própria função. Podem dizer, brevemente, por que acham que o outro é o maior de todos os tempos em sua posição?

Gumayusi:

O Keria é excelente em tudo: escolha de campeões, jogadas dentro do jogo, fase de rotas… até fora do jogo, a visão que ele tem é única. Na função de suporte, sinceramente, não vejo ninguém no mesmo nível que ele. Fico muito feliz por termos conquistado esse tricampeonato juntos, mesmo sentindo um pouco de frustração por termos deixado outros títulos escaparem no passado. Já jogamos muitos campeonatos, e mesmo com esse marco histórico no Mundial, acredito que ainda podemos conquistar muito mais.

Keria:

Concordo totalmente. Passamos por muitas competições até chegar aqui. Estou muito feliz com esse marco na carreira, e confiante de que ainda podemos ir além. Sobre o Gumayusi, posso dizer que ele tem uma pool de campeões sólida e entende exatamente o que o time precisa dele. Ele sabe jogar para o time, e isso faz toda a diferença. É realmente incrível jogar ao lado dele.

Faker, o Gumayusi comentou em uma entrevista que a T1 se diverte jogando no palco do Worlds, e que isso contribui para os bons resultados. O que você acha disso? E houve algum momento na final em que você realmente sentiu que estava curtindo o jogo com seus companheiros?

Acho ótimo que, mesmo com cada jogador enfrentando suas próprias dificuldades ao longo do Worlds, conseguimos nos unir como equipe e conquistar a vitória hoje. Pessoalmente, depois do terceiro jogo, tive um momento em que pensei: “talvez a gente perca”. E foi aí que decidi apenas aproveitar o restante da série. De forma geral, nosso time tem bastante experiência em grandes palcos como o Mundial, e acredito que isso nos ajudou a jogar com confiança e sem medo.

Faker. Já se passaram sete anos desde a última vez que você jogou um Mundial na China. Naquela ocasião, em Pequim, você terminou como vice-campeão. Agora, em Chengdu, levantou a taça. O que esse momento significa para você pessoalmente? Você sente que essa vitória é uma forma de redenção pelo que aconteceu em 2017? E se pudesse dizer uma frase para o Faker de sete anos atrás, o que diria?

Quando cheguei ao estádio hoje, pensei brevemente em 2017, vieram muitas lembranças daquele momento. Mas as emoções que senti hoje foram completamente diferentes. Consegui focar só no jogo, sem pensar no resultado, e percebi o quanto cresci desde então. Com a vitória de hoje, sinto que a dor daquela derrota praticamente desapareceu. Na verdade, todas aquelas experiências me ajudaram a evoluir, e fico orgulhoso da jornada que percorri até aqui. Para o Faker de 2017, não tenho nada a dizer.

Doran, ao longo da caminhada até essa final e na conquista do título, houve algum momento em que você achou que poderiam perder? Alguma situação particularmente tensa?

O momento mais perigoso foi, com certeza, quando estávamos com 1 vitória e 2 derrotas na fase suíça. Acredito que tivemos um pouco de sorte naquela ocasião, em vários aspectos. Depois que avançamos para as quartas de final, senti que conseguimos jogar no nosso ritmo, então não houve outro momento em que estivéssemos realmente apreensivos. Diferente do clima meio pesado que tivemos no MSI em julho, hoje o ambiente está muito mais leve, afinal, vencemos.

Ainda existem questões sobre a renovação de contrato do Doran e do Gumayusi. Você poderia falar um pouco sobre o que pensa para o futuro?

Por enquanto, nada foi decidido sobre meu contrato. Pretendo voltar para a Coreia e conversar com a T1 durante a Janela de Transferências. Sobre cláusulas contratuais, acho que muitas vezes essas cláusulas acabam sendo simbólicas, porque se uma das partes não quiser manter o vínculo, elas perdem o sentido. Sobre mindset para o mercado: pretendo encarar essa janela de transferências com a mesma mentalidade de quando assinei meu contrato de um ano no ano passado. É nisso que acredito.

Tenho uma pergunta para o treinador. Da última vez que nos vimos e conversamos brevemente, você parecia até mais nervoso que os próprios jogadores. Agora, com o tricampeonato conquistado, gostaria de saber como está se sentindo. E se pudesse dizer algo aos seus jogadores neste momento, o que diria?

Antes de tudo, sei que os jogadores passaram por momentos muito difíceis, e quero agradecer por nunca terem desistido. Eles deram o máximo até o fim, e foi isso que nos levou à vitória este ano. O mesmo vale para toda a comissão técnica. Aproveito também para destacar o trabalho do Coach Lim Jae-young, que agora conquistou o título pela terceira vez consecutiva. Tenho muita gratidão tanto pelos jogadores quanto pela equipe que esteve ao nosso lado nessa jornada.

Faker, o Bdd disse antes da final que gostaria de enfrentá-lo por ser seu jogador favorito, e esse encontro realmente aconteceu. Após a partida, você comentou que ficou feliz com a série. Gostaria de saber o que exatamente deixou você satisfeito no confronto contra a KT e, se possível, deixar uma mensagem para o Bdd, que fez um ótimo campeonato.

O que mais me deixou satisfeito foi o fato de termos feito uma boa série. Foi uma final divertida, e isso me fez sentir bem. O Bdd já vinha mostrando um ótimo desempenho desde a liga, então sempre tive uma visão muito positiva sobre ele. Fiquei feliz por tê-lo enfrentado numa final de Mundial. Imagino que para a KT tenha sido muito frustrante perder depois de abrir 2 a 0, nossa equipe já passou por isso algumas vezes, e são situações realmente difíceis. Espero que eles consigam superar e que tenhamos ótimos jogos na LCK no ano que vem.

Parabéns pela vitória Oner. Na intensa disputa da jungle até o quinto jogo, como foi a preparação contra o jogador Cuzz? Houve algum momento decisivo ou luta por objetivo que te fez sentir confiante na vitória?

Obrigado. No quinto jogo, percebemos que a KT tinha grande preferência pelos dragões e tentaria lutar em torno deles. Por isso, focamos mais no topo e na parte superior do mapa durante a fase de picks e bans. Quando conseguimos encaixar um gank de nível 3, senti que nossas chances de vencer aumentaram bastante naquela série.

Keria, durante a preparação para a final, quais foram os pontos-chave nos drafts ou na execução dentro de jogo? Houve um momento captado pela câmera no último jogo em que você apareceu sorrindo durante a conversa com o técnico, o que foi discutido ali?

Sabíamos que a KT gosta de jogar em torno da bot lane, controlando a rota e buscando abates, e isso foi determinante nas vitórias deles ao longo do campeonato. Diferente das semifinais, não tivemos treinos na semana da final, nos baseamos apenas nos dados acumulados até então, tentando preparar uma estratégia que nos desse vantagem no bot. Sobre o quinto jogo, eu já tinha um pick planejado, mas meus companheiros sugeriram que eu jogasse de Leona. Foi nesse momento que dei risada durante a conversa, e acabou sendo a escolha certa.

Faker, com mais esse título, muitos fãs se perguntam qual será o próximo capítulo da sua carreira. Quais são seus objetivos daqui para frente? E o que essa vitória representa na sua vida?

Mesmo falando em “próximo passo”, ainda tenho contrato como jogador profissional até 2029 — então meu objetivo é seguir dando o meu melhor nessa função. Antes de vir para o Mundial, fiz um check-up de saúde e percebi que alguns resultados não estavam tão bons quanto antes. Nada grave, mas houve uma leve queda. Por isso, pretendo focar mais no cuidado com a saúde no próximo ano, porque acredito que isso tem impacto direto no desempenho dentro de jogo. Vou me preparar com dedicação.

Imagem da T1 com o título do Worlds 2025
(Imagem: Divulgação/Riot)
Redação Mais Esports

por Redação Mais Esports

Publicado em 10 de novembro de 2025 • Editado há 26 dias

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