A jornada da Vivo Keyd Stars no Worlds 2025 chegou ao fim de um jeito bem dramático: um jogo de 40 minutos, longo e sangrento, um TP do Bin, um backdoor… e o sonho foi embora.
Para contar os detalhes de sentimento, comunicação e bastidores, o Morttheus concedeu uma entrevista ao Mais Esports. Ele comentou sobre a execução do jogo 1 e como se deu o encerramento da partida decisiva. Confira a entrevista em vídeo e em texto:
Eu tive uma sensação de que era possível ganhar da BLG e queria saber se, dentro de jogo, vocês também estavam com esse sentimento de que foi por um detalhe?
Cara, sim Acho que a gente estava se preparando bem, a gente entrou no jogo sabendo que era ganhável, porque tinha visto bastante os jogos deles. Acho que já nos primeiros minutos deu pra ver que eles realmente não estavam na melhor forma. Essa sensação de que dava pra ter ganho estava o tempo todo na nossa mente.
Então, foi bem triste a gente não ter conseguido levar um joguinho dos caras. Eu acho que todo mundo estava bem confiante, sim.
Em relação ao primeiro jogo, a minha dúvida é o seguinte: o que não estava permitindo vocês proporem tanto?
Eu acho que o dive bot, se a gente joga melhor, ia ser 2×0. E, cara, se aquilo ali desse certo, a gente ia ter permatempo na frente dos caras. Então, foi só um dos motivos, mas acredito que a gente não jogou tão bem o nosso tempo.
Aquela luta no Aronguejo, em que a Karma acaba morrendo, acho que ali a gente perde um pouco o rumo do jogo. A gente não consegue planejar tão bem os próximos objetivos. É uma composição que a gente não é tão proficiente jogando, na minha opinião, e acho que a composição deles tinha alguns counters — por exemplo, o Ziggs — que dificultavam bastante. Então, no momento em que você dropa esse tempo pela primeira vez, não é tão fácil de recuperar, porque os caras pegaram o Arauto, tinham o Ziggs. Acho que faltou da gente tentar propor algo mais criativo pra tentar retomar isso.

E em relação ao segundo jogo, que foi o que a gente mais teve chance, eu queria saber se você acha que vocês pecaram em não lutar tanto em bloco. Você sentiu que faltou uma dificuldade de executar?
Eu acho que o segundo jogo ficou um pouco difícil por causa de algumas lutas no começo. Acho que a Leblanc ficou um pouco fora de controle, e a nossa composição não tem engage pra matar ela, então ela tava atrapalhando bastante.
Mas acredito que a gente conseguiu estabilizar, sim, e nessas lutas do mid game, acho que se a gente luta uma ou duas ali mais junto, a gente com certeza ganha. A que você deve estar pensando é aquela perto do Barão. Acho que se a gente joga mais junto no core e na Poppy, eles estão trollando, sim. O jogo podia ser outro dali, mas acontecem erros. Eu acho que, sim, nessa composição, a gente tinha que ter jogado mais junto. E depois que eles pegam muita vantagem, eles conseguem jogar de vários ângulos.

Naquele finalzinho, Morttheus, como estava a comunicação? Depois que vocês matam a Leblanc naquele jogo 2
A gente tava pensando em tentar dar ameaça de GG, porque, se a gente mata mais alguém ali, eu acho que era GG, sim. Mas o principal era tentar pegar o inimigo no bot.
Acho que a questão da comunicação foi que a gente não lembrou, não ficou refrescando que os caras tinham TP também, e marcar essa respawn da LeBlanc, que os caras tinham pra dar GG. Então, se a gente tivesse isso na comunicação, acho que o Boal não teria tpado. Acho que ninguém também pediu, mas acontece. Ele viu a fight rolando e achou que precisavam dele.
Na nossa comunicação a gente queria ameaçar pegar inibidor e, se alguém morresse, a gente dava gg, MAS FALTOU UM POUCO DE ATENÇÃO NOSSA.

Morttheus, esse foi seu primeiro split no Tier 1 e eu queria saber como é pra você ter chegado tão longe. Me conta um pouco do sentimento da sua trajetória mesmo.
Cara, minha cabeça esses dias estava mais no Mundial mesmo, porque queria fazer acontecer. Acho que tiveram vários dias que foram bem complicados, porque você tá jogando contra os melhores do mundo. Acabei tendo mais dificuldades nos treinos, mas aprendi bastante. A gente treinou contra diversos times, então eu agradeço a paciência do meu time também, porque consegui melhorar bastante, bem rápido.
No momento eu tô meio triste, porque senti que dava pra ganhar. Eu tava bem confiante nesse jogo de CV. Acho que era um jogo que eu podia carregar também. Mas, no geral, eu sou bem grato, sim. Acho que a oportunidade que o SeeEl me deu com essa line-up é uma em uma vida, tá ligado?
Ter ido tão longe, a gente ter conseguido feitos que o Brasil nunca tinha feito, é algo muito memorável pra mim. Eu tô muito feliz e já muito ansioso pro ano que vem também. Agora eu posso falar isso, mas no momento eu tô meio triste, porque acho que dava pra ter ganho. Acho que é isso que tá passando pela minha cabeça.
E qual é a sua análise sobre o seu Mundial?
Cara, minha análise é que eu sou um player que sabe como funciona. Eu tenho que ter uma certa rotina, algumas coisas, pra jogar bem. Acho que, no começo, com as dificuldades que eu passei, eu não consegui me encontrar no campeonato. Acho que foi tudo muito rápido.
eu acho que joguei muito mal os dois primeiros jogos. Acho que se eu mando melhor, a gente podia até ter ganho. Acho que o Boal e o Mireu estavam em uma fase muito boa, então nisso eu pego pra mim.

Mas, com mais tempo que a gente teve — aqueles dias antes do PSG —, eu consegui me encontrar de volta. Acho que consegui retomar minha moral, minha confiança, pegar ritmo na parada.
Então fiquei bem feliz de, nessas duas séries, ter conseguido jogar bem. Na minha perspectiva, apesar de eu achar que podia ter feito muito mais hoje — principalmente no jogo de Varus —, eu acho que podia ter ajudado mais o time. Então eu tô contente, sim, com esse final de campeonato, mas acho que o começo foi bem difícil pra mim. Vou levar isso como aprendizado.

Algum recado final pra torcida?
Só agradecer a todo mundo, todos os malucos lá que vieram contra nós e pararam junto. Mano, acho que deu muito gás pra gente. Acho que hoje a gente entrou sem sentir que era underdog, a gente entrou pra bater de frente. Acho que é muito por causa de todo o apoio da galera, de ver que a gente tem nível.
Eu acho que a gente percebeu que o gap tá diminuindo aqui fora. A gente consegue treinar bem com os caras, consegue bater de frente com eles. Então tô bem confiante pro ano que vem.
Muito dessa confiança vem da galera que apoia sempre, que manda mensagem, que acorda tarde pra ver a gente jogar. Então, nunca desacreditem da gente. Só agradecer muito. E é isso, mano. Desculpa não ter ganho um joguinho hoje, pelo menos, mas é isso aí.

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