Chawy atuou como coach no Brasil por um curto período na Falkol, durante o ano de Circuitão de 2020, e hoje (25/10/2025) concedeu uma entrevista ao Mais Esports sobre o acesso da sua atual equipe — a CFO — aos playoffs do Worlds 2025.
Apesar de a antiga LMS/PCS e atual LCP já ter vivido um título de Worlds em 2012, esta é a primeira vez desde 2015 que a região vai para os playoffs de um Mundial de LoL. Explicando o feito, as peculiaridades da equipe e até dando conselhos para o Brasil, confira como foi a entrevista com Chawy:
Como é o sentimento de ver a CFO nos playoffs?
É incrível, porque para a nossa região não chegávamos aos playoffs há 10 anos. Então isso significa muito para nós — não apenas para o time, mas para toda a comunidade e os fãs que estão assistindo.
Eu gostaria de saber por que você acha que é tão importante usar seis jogadores e o quanto isso significa ver esse trabalho dando certo em 2025?
A primeira coisa é que, no ano passado, quando formamos esta equipe, ouvi sobre a possibilidade do Fearless Draft. Então pensei nos jogadores que poderíamos usar no palco, porque cada um tem campeões nos quais é muito, muito bom — seus campeões principais. Se você tem dois jogadores com picks principais diferentes, isso funciona muito bem no Fearless Draft. E foi o que fizemos no First Stand, onde surpreendemos as pessoas com o nosso Sion, GP, Gragas, essas escolhas. Então eu acho que é tudo sobre planejamento, quando você forma a equipe e tudo mais. Funcionou bem pra nós.
E falando sobre hoje, por que você substituiu o Driver pelo Rest?
Eu costumo escolher os jogadores sempre me baseando nos drafts e no estilo de jogo que quero. Depende de contra quem vamos jogar e de qual lado estaremos. Então sempre tem alguma estratégia por trás. A gente sabia que, se a FlyQuest perdesse, eles escolheriam o lado azul, e planejamos baitar a escolha de Sion indo pro lado vermelho, o que funciona muito bem pra nós nos scrims e também contra muitos dos grandes times das quartas de final. Então sabíamos que daria certo.
Isso é incrível. Eu também gostaria de ouvir de você sobre a temporada de 2025 do Doggo. Porque, na minha opinião, ele foi um dos melhores jogadores da Fase Suíça. Como você vê essa evolução do Doggo?
Sinto que o Doggo é alguém que sempre se destaca quando precisamos dele. Durante a Fase Suíça, nem todos nós estávamos na nossa melhor forma, mas, como capitão, ele está sempre lá por nós. Ele apoia os companheiros de equipe e deixa claro que está tudo bem se falharmos — porque ele sempre pode nos carregar. Eu me sinto realmente grato por ter o Doggo na equipe.
Você já passou um curto período no Brasil, certo? Então, eu gostaria de saber: onde o Brasil pode se inspirar no que vocês da CFO fizeram neste Worlds?
Pra ser honesto, sinto que o Brasil evoluiu muito, especialmente este ano. Vimos como o Brasil se saiu e sinto que o gap está diminuindo. Os brasileiros estão indo bem. Eles só precisam… talvez ter um jogo mais estável no late, assim como nós da CFO, porque somos muito fortes no early/mid-game, mas ainda precisamos aprender como fechar o jogo.
Sinto que, quando o Brasil descobrir como fazer isso, vai se tornar muito mais forte.
Eu ouvi que vocês treinaram com a Vivo Keyd Stars. Qual é a sua análise sobre eles?
Eles são definitivamente uma equipe parecida com a nossa, que gosta de puxar lutas no início do jogo. Eles não têm medo de brigar, e acho que isso é algo que uma equipe vencedora precisa ter. As equipes do Brasil sempre tiveram isso — então tudo se resume ao macro no late-game, em como fechar o jogo. Acho que isso é o mais importante.
Olhando para os playoffs, contra quem você está mais animado para jogar?
A gente espera enfrentar equipes que ainda não jogamos, porque já enfrentamos a AL, a T1… jogamos contra muitas equipes este ano. Mas não jogamos contra a KT e a Gen.G, então esperamos que sejam times que ainda não enfrentamos — talvez assim eles não estejam tão preparados pra nós.
Como você disse, a última vez que sua região esteve nos playoffs mundiais foi em 2015. Que mensagem você acha que isso envia para o mundo de League of Legends?
Não tenho certeza, mas estamos aqui apenas pra nos divertir. Espero que todos possam ouvir nossa comunicação contra a FlyQuest — é tudo muito divertido. É só diversão e jogo. Todo mundo está muito tranquilo e só se divertindo. Então eu sinto que os jogadores de esports precisam… se divertir mais. E o treinador precisa criar um jeito pra todos se divertirem, porque é assim que eles vão se sair bem!
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