Conversamos com Marcelo “Ayel” Mello, top laner da INTZ. O clube venceu a ProGaming e garantiu a sua permanência no CBLOL. Foi também a primeira vez na história que a INTZ ficou de fora dos playoffs e precisou jogar a Série de Promoção. Confira a entrevista com o jogador:
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Como foi essa série contra a ProGaming? Como foi a preparação da INTZ?
Ayel: “Esse 1 mês que ficamos sem jogar praticamente nenhuma série, foi um momento de calma e paciência. Levou muito tempo para nós conseguirmos desenvolver o nosso jogo e melhorar pela campanha que foi bem ruim. Eu acho que tudo que precisávamos mesmo era de tempo. Trabalhamos os nossos erros, conseguimos enxergar muito bem os fundamentos que nós sempre falamos, finalmente chegou a hora de eliminar todos esses erros. Mostramos isso na série contra a ProGaming e com certeza vamos estar sempre trabalhando para melhorar mais ainda e deixar o nosso jogo perfeito.”
A INTZ não teve uma campanha igual o esperado nesse split. O que aconteceu para vocês ficaram em sexto lugar?
Ayel: “O que eu acho que nos fez terminar em sexto lugar foi a nossa inconstância, tínhamos muitos problemas de confiança e afobação. Diversas coisas, paciência também. A gente queria sempre chegar na vitória rapidamente. Os nossos treinos se resumiam em vencer os jogos em 20 a 25 minutos. Pegávamos campeões agressivos, matávamos todos e vencíamos. Isso não era muito saudável para o campeonato. Pois no campeonato a gente, por algum motivo, não estava tão confiante igual nos treinos, não conseguíamos reviver o mesmo cenário sabe? Esse é o problema muito grande. A gente não queria arriscar picks mais arriscados no campeonato mas sim nos treinos. Chegava no campeonato e ficávamos perdidos, avoados, inseguros. Isso pecou muito. Agora nessa série a gente foi com tudo, pegamos o que nós considerávamos melhor mesmo. O Kog’Maw foi um exemplo, não treinamos com ele essa semana mas reconhecemos que seria muito bom então pegamos, sem medo e com confiança.”
Como você avaliaria a campanha da INTZ?
Ayel: “Avaliando a campanha no geral, realmente foi ruim. Não é o que a INTZ, o peso da INTZ, ficar de fora dos playoffs. Foi a primeira vez da história da INTZ que eles ficaram de fora dos playoffs. É bem impactante negativamente para nós. Avaliaria que foi bem ruim, porém, tivemos nossos altos e baixos. Tivemos jogos em que fomos muito bem e jogos em que fomos muito mal. Não é justo a gente só avaliar negativamente pois tivemos bons momentos sim. Eu só acho que agora, nesse finalzinho, mostramos a verdadeira força da INTZ. Se a gente tivesse tivesse mostrado essa força desde o início, nós teríamos ido para os playoffs, talvez até para uma final. Então agora o jeito é ser paciente e levar esse legado que desenvolvemos para o segundo split.”
O que a INTZ precisa fazer para o segundo split?
Ayel: “A ideia é manter o que aprendemos e desenvolver mais ainda o nosso jogo, o máximo possível. Tentar minimizar o máximo os nossos erros e aprender a improvisar em diversas situações. Nós não tínhamos muito essa ideia de improvisar, sempre queríamos fazer o mesmo, o padrão, e isso é muito ruim. Pois ficamos muito previsíveis. Eu acho que nessa série nós fomos imprevisíveis, fizemos coisas de acordo com o jogo, improvisamos bastante e essa foi a chave para a nossa vitória.”
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*Entrevista realizada em parceria com Evelyn Mackus, repórter do Mais E-Sports.