Neste final de semana, a LOUD encara a paiN Gaming em uma final inédita do CBLOL. Rivais, uma das duas equipes se consagrará campeã da competição e irá representar o Brasil no Worlds 2022.
Em entrevista exclusiva para o Mais Esports, o ad carry Brance contou um pouco mais sobre suas expectativas, ambições e toda a trajetória muito recente que enfrentou até chegar em uma decisão na sua primeira etapa como jogador da equipe principal da LOUD.
Ascensão meteórica na LOUD
Brance substituiu DudsTheBoy no meio deste ano após sua primeira experiência competitiva jogando no CBLOL Academy. Por lá, fez uma campanha regular e ninguém esperava uma mudança tão brusca.
Foi tudo muito rápido. Split passado eu tava no Academy, minha primeira etapa oficial como titular e agora eu estou na final. Então, com certeza foi tudo muito rápido, acho que eu absorvi muita coisa em pouco tempo. Também corri muito atrás para chegar nessa final hoje. É tudo muito louco, sabe? Às vezes eu penso que é até mentira e fico com medo de alguém me acordar
Se pouca gente esperava essa alteração, Brance também não. Mas, desde o começo, o atirador conta que se sentia preparado e com bastante confiança.
Eu tava confiante, mas sabia que não seria algo fácil ou simples. Porém, eu simplesmente me sentia preparado e estava com muita vontade de mostrar pra todo mundo que estavam falando muitas coisas de mim que eles estavam errados. Então, hoje eu já mostrei isso e agora é só foco na taça
Testando limites
Nas famosas filas ranqueadas, Brance tem um estilo peculiar de jogo, o que fez muitas pessoas terem visões negativas e também um pressentimento ruim para o jogador enquanto profissional. O atirador conta que realmente gosta de ‘’testar limites’’, mas que esse estilo é específico para a soloQ e em treinos e partidas oficiais a postura é completamente diferente.
Esse é um bom ponto, porque muita gente na soloQ acha que eu sou ruim já que eu fico testando limites. Então, desculpa se eu tiro seus pontos, se eu tava no seu time ou estava contra, porque geralmente é assim: estou com um cara fico, sei lá, 15/16 e ai contra ele eu fico 20/1 e ele fica bravo
Segundo o atirador, esse estilo é algo que ele sempre teve e que precisou ‘’virar muito bem’’ a chave para que essa forma de jogar não afetasse nos treinos ou então nas partidas oficiais do CBLOL.
Acho que no começo eu tive um pouco de dificuldade, eu fazia algumas jogadas que não eram tão racionais, mas eu acho que isso mudou bastante principalmente do último split para esse de agora
Foco na pool de Brance
No último embate entre as duas equipes, os banimentos em vários campeões da bot lane foi algo que repercutiu muito, tanto na comunidade como entre os especialistas do cenário de LoL. Em entrevista coletiva, o jungler Cariok até chegou a comentar os motivos por trás dessa escolha. Segundo Brance, essa decisão dos Tradicionais pegou sim ele e Ceos de surpresa.
Esperávamos sim que não teriam alguns campeões, mas tudo aquilo de bans nós não esperávamos e aí eu tive que jogar com algumas coisas bem diferentes. Então, acabaram algumas dando certo e outras não. Acho que aquilo ali abriu muito os nossos olhos para entendermos o que estava acontecendo e mudar para melhorar. Essa derrota foi muito importante para estarmos na final hoje
Uma das escolhas diferentes que a LOUD trouxe contra a FURIA foi a Kalista. Uma campeã forte, mas muito pouco utilizada de maneira correta pelas equipes brasileiras. Brance concorda.
É legal fazer dar certo essa campeã. No primeiro jogo (contra a FURIA), a gente ganhou, beleza e eu consegui fazer mais ou menos o meu papel, garanti os objetivos e eu não fiz tão bem o meu papel como eu deveria. Já na última partida, nós demos dive, peguei tripekill e eu fiquei muito na frente. É um boneco que bem executado é muito forte, porque se você for olhar na China não tem como, os caras são muito bons
O confronto contra Trigo e Damage
O último confronto entre as duplas ficou marcado muito por conta dos banimentos e também do desempenho dos dois atiradores. Além disso, os suportes também tem sido importantes para toda a rodagem de cada uma das equipes. Para Brance, as partidas tendem a rodar muito por esse lado do mapa e esperava um
Então, talvez tenha bastante foco, não sei se com todos aqueles banimentos, mas é sempre legal jogar contra o Trigo e o Damage. Eles são uma bot lane muito boa e não é tão simples enfrentá-los e dessa vez eu quero ganhar deles
Desde que estreou na equipe principal, Brance nunca ganhou da paiN. Em três jogos, são três derrotas. Duas na fase regular e a última na chave superior dos playoffs do CBLOL. Para o atirador, agora é a hora de finalmente desencantar.
Eu nunca ganhei da paiN, então é nessa final. Nessa final tem que ir
A Grande Final do próximo sábado (3) promete entrar para a história, já que será o primeiro grande evento da Riot Games Brasil depois do período de campeonato remoto e finais realizadas sem a presença de público.
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