Na última segunda-feira (28), Banks, CEO da FaZe Clan, uma das equipes mais tradicionais da história dos esports, anunciou que deixará o cargo. Em pronunciamento no X (ex-Twitter), o executivo afirmou que irá se afastar “não só da FaZe, mas da internet”. A decisão ocorre após diversas acusações de golpes envolvendo criptomoedas:
Nunca enganei ninguém em toda a porr* da minha vida. Toda essa narrativa é injusta, e parte do motivo pelo qual ela existe é porque meu nome “FaZe” é facilmente explorado e manipulado.
O fato de isso estar afetando os caras de qualquer forma é absurdo. Então, por enquanto, vou me afastar não só da FaZe, mas de toda essa merda da internet. Isso está destruindo minha vida por dentro e por fora.
É foda ter minha vida inteira arruinada por algo que eu nem fiz. Os de verdade sabem. Queria poder dizer que vou voltar, mas sinceramente não sei se vou.
I’ve never scammed anyone a day in my fucking life. The entire narrative is unfair and part of the reason it exists is cause my “FaZe” name is so easily farmed and manipulated.
The fact this is affecting the guys at all, is whack. So for the time being I’m gunna be stepping away…
— Banks (@Banks) July 28, 2025
FaZe Banks deixa cargo de CEO após polêmicas envolvendo criptomoedas
Um dos membros mais antigos da organização, Banks alegou que as polêmicas crescem ainda mais por conta da popular tag fundada na franquia Call of Duty. Porém, o norte-americano de fato se envolveu na divulgação de uma memecoin, a $MLG, no começo de 2025.
Tradicionalmente, as memecoins são criadas com base em memes ou piadas da internet, geralmente sem utilidade prática. Seu valor costuma ser impulsionado por viralização, comunidades online e especulação.
Após divulgação de membros da FaZe Clan, incluindo Banks, e do streamer Adin Ross, o valor total do token teria chegado a entre US$ 150 e 200 milhões — despencando logo em seguida. Banks, por sua vez, afirmou que não participou do processo de venda em massa do ativo financeiro.
Esse fenômeno é conhecido como rug pull — golpe em que os criadores de um projeto cripto inflam artificialmente o valor de um ativo apenas para realizar uma venda massiva e lucrativa, deixando os demais investidores com prejuízo.

FaZe Clan já havia tido suspeitas de rug pull em 2021 com o token “SaveTheKids”
Essa não foi a primeira vez que a FaZe Clan teve seu nome ligado a práticas irresponsáveis envolvendo criptomoedas. Em 2021, a organização esteve no centro de outra polêmica, dessa vez relacionada à promoção do token “SaveTheKids”.
Membros como FaZe Kay, Jarvis, Teeqo e Nikan foram removidos ou suspensos após acusações de envolvimento em um esquema semelhante de golpe. Na época, o próprio FaZe Banks afirmou ter tomado a decisão de afastar os envolvidos e alertou investidores de que poderiam enfrentar consequências legais.
A FaZe Clan, por sua vez, ainda não fez um comunicado oficial sobre o assunto. Vale lembrar que nem todas as equipes enfrentam prejuízos financeiros ou de credibilidade ao lidar com criptomoedas. Os ativos digitais, por exemplo, foram um dos fatores que contribuíram para o superávit da G2 Esports em 2024.








