A ESL One Major Rio foi adiada para novembro, por conta da pandemia do novo coronavírus, e será o único Major de 2020. Com a distância da edição de Berlim para o Rio de mais de um ano, a Valve e a ESL decidiram mudar o sistema de classificação à competição.
A decisão afetou diretamente todas as equipes já classificadas tanto para o Minor, quanto para o Major. Entre elas dois quintetos brasileiros: BOOM e Red Canids. O Mais Esports conversou o Apoka, treinador da BOOM, sobre a mudança. Confira.
O sonho do Major ficou mais distante
O comunicado pegou as equipes de surpresa. Segundo o treinador da BOOM, a organização recebeu um e-mail sobre a mudança no mesmo dia do comunicado oficial da ESL.
A disputa do Minor é essencial para conquistar o sonho de qualquer jogador e treinador: competir no Major, o mais importante campeonato de CS:GO do mundo. Apoka não esconde que não foi uma boa notícia para sua equipe, mas admite que foi uma decisão acertada.
“É um pouco triste você perder uma vaga que jogou e venceu e perder um campeonato em lan com nível de organização da ESL, mas era algo que tinha que ser feito”, confessou.
Apesar de ter perdido a vaga, para Apoka, a decisão foi justa, mas acredita que as equipes classificadas ao Minor deveriam ganhar algum tipo de compensação.
“Achei muito justo o novo formato. Infelizmente pra nós que ganhamos [a vaga para o Minor] e para os times Legends e Challengers, que já tinham a vaga, teremos que conquista-lá de novo”, disse.
“Acredito que injustiça maior seria termos apenas um Major com vagas decididas em março e ano passado [no caso dos Legends e Challengers]”. E completou: “A única coisa é que acredito que as equipes que foram pro Minor deveriam ganhar alguma pontuação (menos que o Legends e Challengers) para diferenciar das equipes que não chegaram”.
Novo caminho para o Major
Para conquistar uma nova vaga à ESL One Major Rio as equipes terão que disputar um série de eventos, chamados de RMR, para conquistar pontos e serem convidadas, com base na pontuação, para competir do Major.
Com essa questão colocada na mesa, Apoka afirma que a equipe terá “que jogar todos os RMR possíveis na America do Sul”. O objetivo era, a partir da evolução da situação da pandemia da Covid-19, fazer bootcamp fora do país, mas os planos mudaram.
Apoka foi perguntado se os jogadores iam sentir essa mudança, se ter que jogar e conquistar a vaga novamente iria afetar psicologicamente os atletas. O treinador foi enfático ao dizer que não, e ainda afirmou que quem mais sentiu foi ele próprio.
“O mais afetado por toda a mudança, até por cuidar do calendário e estar em contato direto com os donos da organização, fui eu. (risos). Os jogadores tem mostrado um psicológico muito forte e querem muito ganhar tudo que vier”, finalizou o treinador.
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