Após aproximadamente três anos atuando pela Team oNe – sendo dois deles competindo nos Estados Unidos – Victor “iDk” Torraca está de volta ao Brasil. O jogador de 21 anos foi anunciado recentemente como reforço da Imperial eSports e disputará o Campeonato Brasileiro de Counter-Strike (CBCS) pela equipe. Apesar de ter assinado com os imperadores, iDk revelou que poderia ter parado em outros times, porém as negociações acabaram não se concretizando.
“Eu tive propostas de alguns outros times, mas as negociações não deram certo. Até que o Kakavel [CEO da Team oNe] entrou em contato com a Imperial para levar um jogador deles para o meu lugar e aconteceu minha troca com o bld. Fiquei muito animado com isso, já estava acompanhando alguns times do Brasil e a Imperial sempre se mostrou um time muito forte e com uma ótima estrutura”, comentou o jogador em entrevista ao Mais Esports.
O QUE DEU ERRADO NA TEAM ONE E APRENDIZADO
Mesmo tendo saído do Brasil no início de 2018 e competido contra times da América do Norte por quase dois anos, a Team oNe nunca decolou internacionalmente como fez a MIBR – na época Luminosity Gaming – e mais recentemente a FURIA. Para iDk, a falta de organização tanto da equipe quanto da organização prejudicou o desempenho dos golden boys.
“Acredito que nunca tivemos uma constância nos EUA, chegamos lá e já fomos jogar a WESG, onde tivemos um bom resultado, mas logo depois disso já fizemos a primeira mudança na line. Ela acabou não dando certo e logo em seguida mudamos de novo e colocamos o NikoM, onde tivemos que nos adaptar em diversos fatores dentro e fora de jogo”, afirmou.
“Depois disso não tivemos os resultados que estávamos esperando e sendo assim continuamos mudando a line. Acho que essa falta de organização foi um dos fatores fundamentais para as coisas não darem certo. Eu só mudaria a falta de organização tanto do time como da organização durante esse tempo. De resto eu não mudaria nada, foi um período de muito aprendizado e sou grato por tudo”, acrescentou.
Com seu retorno ao Brasil, iDk se torna instantaneamente um dos melhores jogadores atuando no cenário brasileiro de CS:GO. Perguntado se concorda com esta afirmação, o jogador da Imperial disse que sua experiência pesa e faz a diferença, porém também ressaltou que isto só pode ser visto dentro do servidor se ele continuar trabalhando duro.
“Aprendi muita coisa com esse tempo fora e isso me favorece em alguns quesitos, mas é claro que isso só vai fazer diferença se eu continuar trabalhando duro”.
CBCS x CLUTCH E O FUTURO NA IMPERIAL
De volta ao Brasil, iDk encontrou um cenário nacional completamente diferente de como ele era quando deixou o país em 2018. Quase dois anos depois, as equipes estão divididas em duas ligas, o CBCS e o CLUTCH Circuit. Apesar de cada uma ter suas vantagens e desvantagens, o reforço da Imperial afirmou que não passou por sua cabeça escolher sua nova casa por causa de um torneio ou outro e disse que assinou com os imperadores porque acreditou no projeto da organização.
“Acho que a divisão [entre as ligas] é necessária para expansão do cenário, aumenta os campeonatos. A única coisa que eu não concordo muito é com a privatização. Sendo sincero eu não escolhi a liga que eu queria jogar e sim o time que eu me sentiria bem pra voltar a jogar aqui no Brasil. Apesar da negociação, eu tive a opção de escolher jogar ou não pela Imperial e como acho que é um time com muito futuro eu escolhi acreditar no projeto deles”, falou.
O novo jogador da Imperial agora tem pela frente os playoffs do CBCS e uma eventual conquista seria o cenário perfeito após seu retorno ao Brasil. Perguntado sobre o que precisa fazer para dominar o cenário nacional assim como fez em 2017 com a Team oNe, iDk afirmou que dedicação é a chave para o sucesso.
“Ter foco e dedicação, porque em relação ao time, acredito que temos o quinteto ideal e a Imperial nos oferece uma ótima estrutura. Agora é só trabalhar duro e quem sabe eu possa dominar o cenário brasileiro mais uma vez”, finalizou.