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CS:GO: RauleS vê oscilação nas equipes brasileiras pós-Major

CS:GO

O ano começou animado para os torcedores brasileiros de CS:GO com a formação do Brazilian Storm. Os times brasileiros dominaram o cenário norte-americano no início da temporada, mas os resultados pós-Major não foram satisfatórios para o país.

As muitas eliminações precoces baixaram demais as expectativas das equipes brasileiras em competições importantes. Para saber como se desenrolou esse processo, o Mais Esports preparou uma retrospectiva do ano até aqui e conversou com o comentarista RauleS sobre o panorama do CS:GO nacional; veja.

RauleS vê oscilação nas equipes brasileiras pós-Major. Foto: Reprodução

00 Nation

A 00 Nation começou o ano sob grande expectativa com um elenco que misturava jovens promessas com a experiência de coldzera. Não deu certo. A equipe não desempenhou um CS:GO condizente com o que se esperava deles, e a melhor posição ocorreu na OMEN WGR European Challenge 2022 com um 5º-6º lugar.

Com os resultados não satisfatórios, a 00 Nation resolveu mudar seu core e liberou v$m, malbsMd e leo_drk. Para os seus lugares foram contratados três jogadores da GODSENT como TACO, latto e dumau além de toda a comissão técnica.

coldzera
coldzera com a 00Nation no RMR Americas 2022 (Foto: João Ferreira/PGL)

Imperial

A Imperial foi a equipe brasileira com mais expectativas para 2022. A organização fez o Last Dance com as participações de FalleN, fer e fnx, lendas do cenário nacional e vencedores de dois Majors no CS:GO, além de VINI e boltz.

O elenco começou muito bem com o segundo lugar no qualificatório do RMR das Américas e na FiReLEAGUE Latin Power Spring 2022 e na sequência foi campeão do OMEN WGR European Challenge 2022.

O ponto alto foi a disputa do RMR das Américas e do próprio PGL Major Antwerp 2022. Fallen e companhia fizeram uma boa campanha no torneio de classificação ao Major e no principal campeonato de CS:GO do cenário mundial também fez bonito.

A comoção dos brasileiros em suas casas e de personalidades no próprio evento e nas redes sociais impulsionaram a equipe, que fez grandes atuações e convenceu os torcedores.

Elenco da Imperial, capitaneado por FalleN, disputará a seletiva para a BLAST
Foto: Divulgação/Imperial

As boas atuações, no entanto, ficaram por aí. Após o PGL Major Antwerp 2022, a Imperial não conseguiu mais desempenhar um bom CS:GO, sendo eliminada precocemente de todos os torneios que disputou até então.

A equipe ficou em último em três dos cinco que disputou: IEM Dallas, REPUBLEAGUE e Roobet Cup. Nos outros dois não foi muito melhor: o Last Dance ficou em penúltimo na Pinnacle Cup e IEM Cologne 2022.

FURIA

Há algum tempo a FURIA é tida como a principal e melhor equipe brasileiro do mundo. Isso gera uma pressão forte em cima dos jogadores, uma vez que é sempre esperado um título importante da organização por parte dos torcedores. 

2022 parecia um ano onde isso iria mudar um pouco, mas a FURIA enfrentou problemas no servidor e não conseguiu resultados condizentes com o que esperavam os torcedores. O início do ano foi promissor com o 3º-4º lugar na ESL Pro League Season 15, mas logo após o Major, os resultados foram ruins.

A FURIA até aumentou as expectativas com o 3º-4º na IEM Dallas, mas depois a melhor colocação foi na ESL Challenger Valencia e IEM Cologne 2022 com o 7º-8º posição, além de um desastroso 9º-12º na Roobet Cup.

furia entrando no stage do pgl major antwerp 2022
FURIA está na oitava colocação do ranking da HLTV. Foto: Luc Bouchon/PGL

RauleS vê oscilação nas equipes brasileiras pós-Major

Para continuar falando sobre o primeiro semestre das equipes brasileiras, o Mais Esports convidou o comentarista RauleS para uma entrevista sobre a questão.

Durante a conversa, o caster explicou o fenômeno do Brazilian Storm, falou da oscilação das equipes brasileiras.

O que é o Brazilian Storm?

Resposta: O termo Brazilian Storm é algo que foi criado pela própria comunidade, mas não sei dizer ao certo onde surgiu inicialmente. Isso aconteceu para representar a quantidade grande de times brasileiros presentes nos campeonatos.

Acredito que o início disso tudo foi uma soma de fatores: a maior centralização do CS:GO na Europa levou a saída de algumas organizações e players da modalidade na América do Norte. Com isso o CS:GO brasileiro, basicamente, dominou as vagas da região, já que normalmente organizações maiores da região já tinham vagas.

Além deste ponto inicial, o fato de termos mais oportunidades de vagas para a América do Sul fez com que, por exemplo, somente sete times do último RMR não fossem de maioria brasileira; dos seis classificados ao PGL Major Antwerp 2022, três foram brasileiros. Claro que o nível do CS sul-americano também aumentou comparado ao norte-americano e isso consolidou ainda mais nossa presença lá fora.

Fora os fatores acima, a grande presença da comunidade brasileira no cenário mundial, ajudou também a abrir mais portas.

Imagem dos jogadores Fallen e Coldzera
Foto: Reprodução

Os times brasileiros começaram bem o ano, mas depois do Major foram mal em relação às expectativas. O que houve com os times brasileiros pós-Major de Antwerp?

R: Acredito que não só os times brasileiros, mas vimos uma certa oscilação nos times em geral após o Major. O nível do CS:GO competitivo aumentou bastante nos últimos anos, então o estudo por parte dos times sobre seus adversários faz com que, principalmente, após estar em evidência, seu time passe a ser cada vez mais estudado, como foi o caso do início do ano para Imperial e FURIA.

Fora isso, o fato de os times brasileiros passarem bastante tempo fora de suas casas (e em viagens para campeonatos), faz com que o desgaste geral também seja maior, quando comparado aos europeus, por exemplo.

Claro que também a mudança no time (principalmente um IGL), como foi o caso do MIBR, faz normalmente com que haja também uma queda de desempenho até o reajuste. O Player Break fará bem a todas equipes brasileiras que atuam fora do país.

Para você, qual equipe mais decepcionou nesse primeiro semestre e qual surpreendeu mais?

R: Penso que a palavra decepcionar é muito forte, já que o primeiro semestre foi positivo para os brasileiros, e como disse anteriormente tivemos uma oscilação (ora positiva, ora negativa) por parte dos times brasileiros que atuam fora do país. Obviamente que quanto maior a presença em campeonatos grandes, mais alta fica a régua fica em relação a expectativas.

Dentro disso e das expectativas para cada time, acredito que não só eu, como o próprio time da FURIA, esperava um final de semestre melhor do que foi, com, por exemplo, ao menos uma presença na final na ESL Challenger Valencia (assim como foi na ESL Challenger de fevereiro) e também a ida aos playoffs da IEM Cologne.

Por outro lado, apesar de ser cedo para falar, o recém formado time da 00 Nation acabou surpreendendo, já que os resultados contra bons adversários saíram acima da expectativa.

FalleN no Major
FalleN no Major. Divulgação/PGL

O que os times brasileiros precisam para subir de nível?

R: Essa é sempre uma pergunta difícil de responder, já que eu acredito que não existe muito uma “fórmula mágica” para isso. 

Parte dessa evolução já vem sendo trilhada com a presença de vagas para região sul-americana, que, em minha visão, é um fator de muito peso. Essas vagas permitem que os times que atuam fora do país venham disputar aqui os qualificatórios, algo que não é só benéfico aos membros de equipe, que podem passar mais tempo com amigos e familiares, mas também é benéfico aos times da região, pois ajuda no incremento e na evolução de treinos e jogos de maneira geral.

Acredito que isso tudo somado a bootcamps e presença em campeonatos na Europa (que é onde se concentra o tier 1 do CS:GO hoje), pode levar a evolução maior do cenário brasileiro na totalidade.

Vemos a FURIA com uma grande pressão quanto a conquista de um título? Pensa que isso atrapalha nos campeonatos?

R: A FURIA é um time com grande potencial para alcançar um grande título, apesar de ainda ser difícil tirar FaZe ou Natus Vincere do “trono”. Agora, não é só por parte da torcida, ou por minha parte, a própria FURIA sabe que um título é importante para concretizar esse trabalho.

Pegando como exemplo recente, era bem esperado que eles conquistassem o título da ESL Challenger Valencia, e de certa forma existia uma pressão deles com eles mesmos para que isso fosse concretizado. Quando esse título não vem e a eliminação vem sem nenhuma vitória, o campeonato que geraria confiança pode ter o efeito reverso e atrapalhar o bom trabalho do início da temporada.

Mas a FURIA é conhecida por trabalhar bem essa parte que envolve o psicológico. Suponho que o player break fará bem.

furia se abraça antes de jogo
FURIA jogará a ESL Challenger Valencia. Foto: João Ferreira/PGL

A Imperial foi bem no Major e só. Depois fez resultados muito ruins. O hype sobre a equipe no início do projeto foi maior que poderiam apresentar?

R: Uma coisa é fato: o hype sobre qualquer equipe brasileira sempre será muito grande independente da situação. Somos muito apaixonados.

Mas falando especificamente da Imperial, acredito que após o sucesso do Major, os adversários acabaram focando mais no time ao enfrentá-los (afinal já tinha um bom material disponível) e a equipe não conseguiu se readaptar até o fim do semestre.

Vale adicionar também, a grande sequência de campeonatos que viveu o time, algo que os obrigou a viajar bastante, e com toda certeza esse desgaste também afeta o desempenho da equipe

A 00 Nation performou pior ainda do que a Imperial. Essa mudança levará a equipe para outro nível? A mudança era necessária?

R: Tudo depende do objetivo do projeto. Se era obter bons resultados e grandes campeonatos em pouco tempo, aí a mudança poderia ser necessária. Agora, se era algo a longo prazo, como acreditava ser, aí, em minha opinião, o elenco anterior não teve o tempo suficiente de desenvolvimento. Achava ser difícil ter um desempenho excelente já de início com cinco jogadores que basicamente nunca haviam atuado juntos. 

00Nation
(Foto: Reprodução)

No entanto, RauleS vê com bons olhos a mudança na equipe, com taco assumindo um pouco mais da função de IGL, o que deixa Coldzera mais “solto”.

Por outro lado, essa mudança na equipe é bem interessante. Acredito que TACO assumir o IGL, deixa coldzera mais solto para focar em seu próprio jogo. Além disso, eu sou fã de projetos que unem duas ou três experientes, com jogador mais novos, como é o caso atual da 00 Nation.

O fato de cold e try serem peças que encaixam muito bem no modelo de jogo do antigo roster da GODSENT, faz com que já de início o antigo padrão adotado funcione para a nova 00Nation e facilita ainda mais essa adaptação inicial. Somado a isso, a convivência anterior entre partes das peças do time permite pular algumas “casas” da adaptação inicial.

Os resultados iniciais me fazem ter boas expectativas a esse novo projeto já no segundo semestre de 2022.

O cenário competitivo volta das férias na próxima semana. Após um período de descanso, as equipes colocam seus olhares para as competições que estão no radar das organizações.

A partir da próxima terça-feira (16) recomeçam as competições com a ESL Challenger League de regiões diferentes, e BLAST Premier Fall Groups inicia a competição no próximo dia 19 de agosto.

O Brasil só terá representantes na ESL Challenger League: North America com as presenças de MIBR e Team oNe.

Bruno Martins

por Bruno Martins

Publicado em 12 de agosto de 2022 • Editado há quase 2 anos

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