O CBOLÃO terminou com a equipe dos Primos campeã. Foi a quinta edição e primeira presencial do torneio que abraçou a comunidade de uma forma que nunca antes havia sido feita..
Confrontos acirrados, plateia ensandecida, entretenimento e… acolhimento. O evento presencial neste final de semana subiu uma sarrafo que será difícil de ser batido pela própria Riot Games já no retorno do CBLOL 2023 2º Split.
A experiência que o evento trouxe
É engraçado que eu já fui em diversos finais de semana do CBLOL, playoffs, final… e o clima sempre foi de competição, e é óbvio, todos querem ganhar e os torcedores querem que os seus times ganhem. Mas, no CBOLÃO, o clima era completamente diferente. É como se você chegasse na casa da sua avó e ela estivesse te esperando com bolinhos de chuva quentinhos.
O clima de acolhimento e celebração de um projeto para comunidade foi o que marcou o evento. Desde interações, quiz e várias outras ideias que foram inseridas de maneira leve e super legal que fizeram desse primeiro evento presencial do Baiano um gigantesco acerto, não só para a comunidade, como também para o futuro dos esports.
Isso aqui é CBOLÃO! Vocês fazem parte disso!!!! pic.twitter.com/I5N8esCMNK
— CBOLÃO 🧅 (@CBOLAOgg) June 4, 2023
As horas parecem não passar e você está imerso em um mundo completamente diferente de qualquer coisa. Toda a sensação de, além do entretenimento, estar ajudando uma causa tão importante como a animal torna tudo ainda mais mágico. É nítido que a nossa comunidade pode e é a melhor quando ela quer.
Não só por causa da ONG, mas também Alberth, o vendedor de docinhos que recentemente conseguiu seu espaço dentro do estúdio da Riot e também no CBOLÃO. Ele, inclusive, vendeu tudo que havia preparado para o evento, que não foi pouca coisa.
BAIANINHO, EU VENDI TUDO!!! ZERAMOS OS DOCINHOS, OBRIGADO @ilhadaslendas @CBOLAOgg DEUS ABENÇOE VOCÊS!!! ESTOU NA ARQUIBANCADA ASSISTINDO ESSE ESPETÁCULO!
— Alberth (@_Alb3rth) June 4, 2023
O Baiano com o Ilha das Lendas e o CBOLÃO é um catalisador importante na nossa comunidade. Digo isso sendo uma das pessoas que tinha uma visão diferente do conteúdo que ao longo dos anos era trazido no antigo Baianalista.
A Riot precisa do Baiano, o Baiano precisa da Riot e a comunidade precisa dos dois. O primeiro passo dado no MSI 2023 é um acalento para quem quer que o conteúdo do streamer seja ainda mais reconhecido e integrado pela desenvolvedora em suas transmissões oficiais.
Nem tudo são flores
Embora o evento tenha sido um sucesso, ele teve um único problema, embora completamente entendível. O formato do campeonato não foi dos melhores, mas que você consegue compreender pelo tempo e por ser presencial com apenas dois dias.
A comunidade não gostou, por exemplo, do time Full Clear Mentality sendo eliminado logo de cara ao perder um único jogo, mesmo depois de vencerem uma qualificatória imensa com diversos times.
Ainda assim, acredito que foi um teste. Tudo, no geral, foi um teste, embora tenha sido um sucesso estrondoso. Na minha opinião, este primeiro CBOLÃO foi como colocar os pés na água do mar ou da piscina para sentir a temperatura antes de pular com tudo. Baiano e equipe entenderam o que funciona e o que precisa ser melhorado para o próximo.
A comunidade ama o Ilha das Lendas, ama o entretenimento e o CBOLÃO é sim um divisor de águas para o que serão os eventos da comunidade daqui pra frente.
Recado para a Riot
A chegada com os dois pés na porta de Baiano, como dito anteriormente, sobe o sarrafo de transmissão e principalmente o entretenimento gerado do evento para a comunidade. Além de deixar claro que o público quer muito mais entretenimento que resultado.
E é justo. Afinal, mesmo com as boas últimas campanhas e evolução nítida, foram anos de péssimos desempenhos internacionais. O conteúdo competitivo ainda é muito consumido, mas, ao que tudo indica, o público quer mais coisas para a comunidade, para se sentir integrado e realmente fazendo parte de algo maior, como o CBOLÃO, por exemplo.
Ter um evento tão grande como esse, com tanto sucesso e sem estar na alçada da Riot era tudo que o público queria. Querendo ou não, mesmo com a desenvolvedora melhorando gradativamente ao longo dos anos, eles ainda não falam a língua da comunidade, como o Baiano faz, por exemplo.
Além de todo o ponto do entretenimento, o CBOLÃO também chegou para mostrar que as finais do CBLOL com apenas 150 pessoas no estúdio é um erro. Temos público para mais, muito mais.
Com o CBOLÃO tendo esse sucesso estrondoso em um evento por fora, sem vínculo nenhum, escancara que a Riot está perdendo muito em não fazer um espetáculo também para a primeira etapa da principal competição do país.
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