Nesta terça-feira (10), a Ministra do Esporte, Ana Moser declarou não considerar esportes eletrônicos como esporte. Segundo ela, a prática de esports é considerada entretenimento e por esse motivo a pasta na qual ela capitaneia não investirá no setor.
Não tenho essa intenção (de investir), não. No meu entendimento, não é esporte
Em resposta a um repórter, que disse ter praticado esporte jogando FIFA durante a pandemia, a Ministra seguiu na mesma linha de pensamento de que ele se divertiu, e não praticou um esporte.
A meu ver o esporte eletrônico é entretenimento, uma indústria de entretenimento, não é esporte. Então, o que você fez (enquanto jogava videogame) foi se divertir, você não praticou esporte. Você se divertiu
Ivete Sangalo e esports
Em uma de suas falas, Moser comparou a rotina de Ivete Sangalo com a de um atleta profissional de esports, dizendo que a cantora também treina para fazer um show, mas nem por isso é considerada uma atleta.
A, mas o pessoal treina, mas eu falei esses dias, a Ivete Sangalo também treina para dar show e ele não é atleta da música, ela é uma artista, que trabalha com entretenimento
Para ela, o jogo eletrônico não é imprevisível e, por conta disso, não pode ser colocado na mesma prateleira que um esporte tradicional.
O jogo eletrônico não é imprevisível, ele é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, não é aberta como o esporte
A ministra também comentou que sua ONG combateu ativamente para que o texto da Lei Geral do Esporte (PLS 68/2017), em tramitação no Senado, não deixe o conceito de esporte mais amplo, o que permitiria o encaixe dos esports.
Ano passado a gente lutou, a gente que eu digo, eu na minha pregressa, a frente da Atletas Pelo Brasil. Fizemos uma ação muito forte junto ao Legislativo para o texto da Lei Geral (do Esporte) não ser aberto o suficiente para poder ter o encaixe dos esportes eletrônicos. O texto está lá, protegendo o esporte raíz
Veja também: Mais de 500 milhões de partidas aconteceram em 2022