O início do maior evento de Free Fire do mundo está cada vez mais próximo. Nesta sexta-feira (25) irão acontecer as oito quedas do play-in da Free Fire World Series (FFWS), mundial da modalidade, que desta vez será sediado em Bangkok, capital da Tailândia.
O Brasil estará muito bem representado. A já experiente Vivo Keyd Stars, atual campeã da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF), entrará no jogo buscando trazer o título para o país, assim como a Magic Squad, equipe canarinha que fará sua estreia em competições internacionais.
Por mais que o Brasil seja uma das regiões mais fortes no battle royale da Garena, sempre figurando no topo da tabela de todos os campeonatos, o último título mundial foi conquistado em 2019, quando o Corinthians soltou o grito de campeão no Rio de Janeiro.
A LOUD foi uma das grandes representantes do país nas últimas edições. O time comandado por Frois, foi vice campeão da FFWS, e em entrevista ao Mais Esports, contou um pouco de sua experiência nos eventos que disputou, e adversidades que lidou que podem voltar a assombrar os jogadores e técnicos.
“Nos meus dois mundiais enfrentei problemas parecidos. Os principais foram a adaptação ao fuso horário do país, encontrar material de treino, e equipes que estivessem dispostas a jogar em alto nível, pois a maioria se recusava a treinar para esconder o jogo”.
O coach da LOUD continuou falando sobre os favoritos para levarem o título deste mundial.
A favorita sempre será a EVOS Phoenix Force, pois vi muita estratégia diferente vindo deles, e para a região funcionava muito bem. Mas se olharmos para o nosso Brasil, acredito que a Magic Squad e principalmente a Vivo Keyd, por toda a experiência, estejam sim na corrida. Tenho muita fé nessas equipes. Ambas mudaram seus estilos de jogo e ficaram dentro do meta que 90% dos times usam no mundial, então estão bem adaptados e vão se sentir em casa.
Lipão, que atualmente comanda a TSM e foi eleito melhor coach do split, discordou de Frois, ao falar, também em entrevista ao Mais Esports, que a favorita ao título é a Vivo Keyd Stars. “Meu palpite é a Vivo Keyd. Essa final [se referindo a LBFF 8] mostrou toda a experiência e controle de jogo que eles têm. Vão entregar um ótimo desempenho”.
É de conhecimento geral que a estratégia utilizada pelos times muda de acordo com cada região. Nas últimas edições a Tailândia se destacou, e conseguiu conquistar duas edições da FFWS. A respeito disso, Frois alertou as nossas representantes que os times estrangeiros podem causar problemas logo no início.
Acho que as equipes brasileiras precisam estar preparadas para serem surpreendidas já na primeira queda, pois sabendo que somos muito fortes, os outros podem acabar fazendo game para cima das nossas representantes, marcando nosso tempo de loot ou rotação. Eles sabem que se trocarem contra as equipes brasileiras terão dificuldades, pelo fato de sermos muito bons de bala, então precisam criar vantagens para contornar.
Frois continuou falando sobre alguns jogadores que podem atrapalhar a vida da Vivo Keyd Stars e Magic Squad, e novamente mostrou preocupação com o potencial da Tailândia. “O Moshi e o TheCruz [que mudou seu nick para GodCruz], ambos da Phoenix Force, são dois atletas que eu percebi, através de estudo, que estão muito bem e sempre se atualizam. O Gethigh também, mesmo que agora trabalhe em uma nova função. Essa equipe tem jogadores que são diferentes e muito acima da média e que individualmente surpreendem”.
Lipão, por sua vez, concordou com o coach da LOUD, mas adicionou a região europeia para a lista de preocupações. “As equipes brasileiras precisam ficar de olho na Vastomundo, pois é um squad muito completo. Também sempre temos que nos atentar aos times da Tailândia, principalmente a Nigma Galaxy e eventualmente a EVOS, caso passem para a final”.
Ao ser questionado sobre um jogador que pode atrapalhar o sonho do Brasil no mundial, o técnico da TSM ressaltou a habilidade individual de Caramel, da Tailândia. “Sem dúvidas o Caramel, granadeiro da Nigma Galaxy. Ele é um jogador muito agressivo e habilidoso”.
A Magic Squad irá estrear na FFWS na próxima sexta-feira (25), às 11h, na etapa de play-in. Vale lembrar que somente 4 equipes ficarão com o acesso para a decisão. Por sua vez, a Vivo Keyd Stars, já garantida na final, irá a jogo apenas no sábado (26), também às 11h.
Esta será a primeira vez que o mundial de Free Fire terá 8 quedas, que serão alternadas entre os mapas Bermuda, Purgatório, Kalahari e o inédito Alphine, cada um sendo palco duas vezes.
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