Acostumada a lidar com equipes de diversas modalidades nos esports, a psicóloga Nati Zakalski contou no 2v1 Podcast como foi a experiência específica de trabalhar com o Free Fire durante o um ano que esteve com o time do Fluxo.
Desde as diferenças culturais da modalidade em relação às competições mais tradicionais, ao desafio de atender o Nobru, que era jogador da line-up do Fluxo e CEO da organização ao mesmo tempo, Nati destaca o acolhimento que recebeu da equipe quando iniciou seu trabalho por lá.
Choque cultural
“Nessa época (que entrei no Fluxo) eu saí do hospital para conseguir trabalhar só com esports e aí entrei na Vorax, com o time do Academy e de VALORANT e com o pessoal do Fluxo, com Free Fire. E eu tava no São Paulo Esports, com PES, fiquei 6 meses no São Paulo. No Fluxo foi 1 ano inteiro e na Vorax foi 1 ano inteiro também.
Era bem diferente a vivência no Fluxo. Tem a questão cultural do Free Fire, de influenciadores, de mansões. Isso eu fiquei impressionada. E o Nobru é jogador e CEO do fluxo, então foi outro desafio pra mim. Ele é meu chefe e jogador, como a gente trabalha isso? Então foi um grande desafio aí também e foi muito legal o Fluxo, porque eles aceitaram muito bem.”
Trabalho com jogadores “difíceis” no Fluxo
Logo que entrou no Fluxo, Nati havia sido alertada sobre a personalidade de dois jogadores específicos: K9, que era visto como “esquentadinho” e Fac, que passava por dificuldades. Ela conta como foi trabalhar com ambos.
“Já tinham me passado que o K9 era esquentadinho, e ele me acolheu. Foi um trabalho ótimo com eles, tivemos um vínculo muito bom, até hoje a gente conversa.
O Fac também era um jogador que tinha muitas dificuldades, a gente fez um trabalho muito legal com ele. Eles falam até hoje como mudou a atitude dele com o trabalho psicológico e foi maravilhoso. A gente ganhou a LBFF também, foi loucura ter ganhado.”
Além disso, ela também destaca a idade dos jogadores, já que na ocasião a line do Fluxo tinha 3 players menores de idade.
“Eu tinha trabalhado com o Free Fire na INTZ, mas era um pouco diferente. não era essa cultura de atender numa mansão. e aí pra mim foi um choque de realidade. Tinha 3 jogadores de 16 anos também no Fluxo: o Syaz, o Fac e o Godkill. Então também foi outro desafio, porque eles eram muito novos com uma responsabilidade enorme que a gente teve que trabalhar isso com eles.”
Assista o episódio completo com Nati no 2v1 Podcast logo abaixo:
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