A fundação da Copa do Mundo de Esports anunciou um fundo de investimento em 30 organizações de esports ao redor do mundo, e a FURIA e LOUD são as representantes brasileiras nessa lista.
Segundo o anúncio, os times receberão uma quantia de “seis dígitos” para aumentarem suas estruturas e também entrarem em novas modalidades de esports, reentrarem em modalidades que participaram no passado, se expandirem para mercados internacionais e também para criarem mais conteúdo para os fãs.
Dos 30 Clubes, oito foram selecionados através de um período de candidatura aberto em Fevereiro de 2024, esse que contou com mais de 150 inscrições. Os critérios avaliados foram:
- O pedigree de esportes eletrônicos de um clube
- Estratégia e objetivos competitivos voltados para o futuro
- Abordagem criativa ao conteúdo e envolvimento dos fãs.
30 organizações escolhidas
As 30 organizações escolhidas vêm de cinco regiões diferentes, sendo elas: Europa, Ásia, América do Norte, América do Sul e Oriente Médio. Veja a lista completa:
- 100 Thieves
- Blacklist International
- Cloud9
- FaZe Clan
- Fnatic
- FURIA
- G2 Esports
- Gaimin Gladiators
- Gen.G
- Guild
- Karmine Corp
- KOI
- LGD Gaming
- LOUD
- OG
- Natus Vincere
- Ninjas in Pyjamas
- NRG Esports
- Spacestation
- T1
- Talon
- Team Falcons
- Team Liquid
- Team Secret
- Team Vitality
- TSM
- Tundra
- Twisted Minds
- Virtus pro
- Weibo Gaming
Arábia Saudita quer se tornar o centro global de esports
Esse não é o primeiro investimento pesado que a Arábia Saudita faz para se tornar o centro global de esports. A região está organizando a Copa do Mundo de Esports, cuja premiação total será de US$ 60 milhões, mais de R$ 300 milhões em conversão direta.
Vale lembrar que os clubes que estão no programa de incentivo da Copa do Mundo de esports não estão garantidos na competição. Os campeonatos acontecem entre os dias 3 de julho e 25 de agosto em Riade, e contará com 19 modalidades diferentes.
Polêmicas da Arábia Saudita
A Arábia Saudita é frequentemente destacada no cenário internacional pelas suas rigorosas políticas internas e práticas de governo. Liderada pelo príncipe herdeiro Mohammad bin Salman, a nação tem enfrentado críticas severas devido à sua abordagem restritiva quanto à liberdade de expressão e a persistente repressão a qualquer forma de dissidência.
Jornalistas, ativistas e críticos do regime frequentemente enfrentam prisões, torturas e até execuções, exemplificadas dramaticamente pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018, que provocou uma reação global contra as práticas autoritárias do governo saudita.
Além disso, a Arábia Saudita mantém leis que criminalizam a homossexualidade, com penas que podem incluir a morte, refletindo as interpretações estritas da lei islâmica (Sharia) que o país adota.
As mulheres, apesar de recentes reformas que visam aumentar sua participação na sociedade e economia, ainda estão sujeitas a muitas restrições sob o sistema de tutela masculina, que limita significativamente suas liberdades básicas. Minorias religiosas, como os cristãos, também sofrem perseguição, não podendo praticar sua fé abertamente.
Posicionamento da LOUD e FURIA sobre a entrada no programa
O Mais Esports entrou em contato com a LOUD e FURIA para buscar mais informações sobre esse financiamento. Foi perguntado como o investimento será feito e se isso pode gerar um desequilíbrio com outras organizações.
Também questionamos se todas as polêmicas da Arábia Saudita com os direitos humanos (citados no tópico anterior) não podem ir contra as visões e iniciativas futuras de cada organização. Até o momento ainda não tivemos retorno, mas atualizaremos essa matéria e teremos um outro artigo com as respostas.