Para além de Gaules e da comunidade, a Tribo é formada por muitas pessoas. São streamers, narradores, comentaristas e uma série de profissionais que constroem a própria Tribo e fazem dela uma das maiores comunidades do mundo. Ao Mais Esports, Gaules falou sobre a Tribo e a transição para um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Construção coletiva
O processo de construção da Tribo é coletivo, e Gaules sabe a importância dessa questão. Para ele, sozinho não dá para chegar em um lugar de mais destaque. Além disso, o streamer fica feliz ao saber que outros membros da Tribo possam ter seus lugares de destaque.
[Fazer a Tribo com outras pessoas] é o processo de saber que sozinho você não chegará a lugar nenhum. A Tribo é uma comunidade muito grande. Pessoas surgem todos os dias organicamente; aconteceu em várias situações. A parte mais prazerosa é você poder ver que a comunidade que está sendo formada tem seus rostos, suas histórias e suas pessoas. Essas pessoas desejam fazer parte desse lado de criar conteúdo, de ser um streamer ou de participar das transmissões dos campeonatos e de alguma forma estar representando a Tribo. Elas conseguem fazer isso e têm seus lugares de destaque. É um caminho natural. Se eu quiser que tudo isso continue no futuro, mesmo sem eu estar aqui, acho que o caminho é que você tenha outras pessoas fazendo parte da comunidade com um papel de referência. É muito legal ver que o crescimento de várias pessoas, que agora estão na frente, faz com que elas sejam tão importantes quanto eu ou qualquer outro da Tribo.
Muito trabalho e longevidade no radar
Para chegar onde chegou, foi necessário muito trabalho. Gaules lembrou que nos últimos suas transmissões possuem uma média muito alta de horas em stream. Com a transformação da marca Gaules em empresa, suas responsabilidades aumentam e a renovação é necessária. Para ele, a ideia no futuro é diminuir seu tempo de tela para ter “longevidade”.
Esses últimos cinco anos, se for colocar no papel, acredito que tenha uma média de 10 ou 12 horas de transmissão todo dia. Às vezes são oito horas, mas às vezes 18. Acho que é humanamente impossível você conseguir fazer isso ao longo de uma década ou mais. Já são cinco anos onde tem esse esforço para construir algo em que as pessoas consigam conhecer e fazer parte disso. Agora, a gente já tem feito várias transmissões onde eu não apareço. Eu tenho que fazer outras coisas também, não é só um canal de stream. Hoje a Gaules é uma empresa e aí acabo com outras responsabilidades, mas mesmo assim eu ainda fico muito tempo nas transmissões. No futuro, a ideia é conseguir diminuir um pouco isso, até para eu poder ter uma longevidade. Senão, as pessoas não aguentam.
Equilíbrio como palavra-chave
Apesar de muitas horas de média de transmissão, Gaules não acha que atingiu seu limite. No entanto, ele prega equilíbrio em sua jornada profissional. O streamer se mostrou preocupado por não ter muito tempo para cuidar de casa e de pessoas próximas e por isso já iniciou essa transição para “um equilíbrio maior”.
Eu não sinto que bati no limite [de transmissões]. Eu sinto que tem que ter um equilíbrio, sabe? Se depender de mim, conseguirei fazer, não sei até quando, mas existe uma preocupação das pessoas que estão ao meu redor também. Acaba sendo algo que não é um desejo meu, mas que é uma questão de equilíbrio e ter uma vida mais saudável em relação a conseguir fazer as transmissões, mas também cuidar das coisas de casa e das pessoas próximas. Isso são coisas que nos últimos anos eu não consegui fazer por razões óbvias: quando as pessoas acordam aqui em casa, eu já estou transmitindo e quando vão dormir, muitas vezes eu ainda estou trabalhando. Acho que isso é uma coisa que a gente está olhando como fazer essa transição para poder ter um equilíbrio maior.
Fala, Gaules!
Não foi apenas dos jovens talentos que Gaules falou. Na entrevista ao Mais Esports, o streamer também falou sobre seu estilo de transmissão, que se tornou um sucesso, que é copiado até por outros segmentos.
Gaules também discorreu sobre as jovens promessas brasileiras. Para o streamer, o fato de terem vivido boa parte da vida com influências positivas no esporte eletrônico, o Brasil tem tudo para ser melhor do que somos hoje.
O assunto do CS 2 não ficou de fora da conversa do Mais Esports com Gaules. O streamer ficou empolgado com a nova atualização do jogo e espera grandes feitos no futuro do tradicional cenário competitivo.
