O Icons Global Championship 2022, o mundial de Wild Rift começa nesta terça-feira (14) com a fase de play-in. Nela, duas equipes brasileiras disputam as vagas na fase de grupos da competição: Vivo Keyd e Liberty. Além disso, a Omegha, campeã do Wild Tour BR, já se encontra na fase de grupos e à espera de seus adversários.
O Mais Esports conversou com o narrador Urso sobre os brasileiros na competição. Segundo Urso, o Brasil tem grandes chances na competição por ser “a região mais forte do ocidente” e que nesse Icons as equipes vão provar que o Brasil é uma região que deve ser respeitada.
O narrador ainda falou que apesar do favoritismo das equipes asiáticas, o Brasil tem boas chances de colocar ao menos uma equipe a mais na fase de grupos e uma equipe pode ir para os playoffs do Icons 2022.
Além disso, Urso analisou os grupos no qual os brasileiros estão, chances da Omegha na fase de grupos e muito mais; confira a entrevista completa abaixo.
Como chegam as equipes brasileiras para a disputa do Icons 2022?
O Brasil não tem três vagas no Icons à toa, somos a região mais forte do ocidente, e agora, nesse primeiro grande confronto com representação de todas as regiões do mundo, vamos provar que somos uma região a se temer e respeitar. O ponto fraco que vejo que tínhamos, é a famosa “emocionada dos brasileiros”, mas creio que após uma experiência como a da final do Wild Tour, os jogadores estão mais do que preparados e com vivência para quebrar essa barreira.
Até onde as equipes brasileiras podem chegar na competição?
As ligas asiáticas ainda são as grandes favoritas, mas estamos falando de um cenário inédito, principalmente quando falamos dos times chineses, não sabemos o quão forte são de fato, só especulamos pelo histórico em outros jogos e análises da liga regional deles. Acredito que temos boas chances de ter mais de um time brasileiro na fase de grupos, e ao menos um avançando para os playoffs.
Como você vê o nível do Wild Rift brasileiro em relação às demais regiões?
Somos a região mais forte do ocidente, e já provamos isso com a campanha entregue pelas mãos da TSM na Horizon Cup ano passado. A hora de se firmar essa visão é agora, no primeiro mundial.
No play-in, VK pegou um grupo com J Team, Rix.GG e T1; Liberty está no grupo com Buriram, Freecs e Sentinels? Como estão as equipes neste grupo? Qual terá mais dificuldade para avançar visto seus adversários?
Para ambos: Sem clubismo, tanto Liberty como VK são os times a se temer em seus respectivos grupos, não é impossível visualizar um cenário onde ambos conseguem passar para a próxima etapa.
O maior vilão ou barreira é a atualização/meta que estamos no momento, muitos dos times que ambas equipes irão enfrentar finalizaram suas ligas regionais a um bom tempo, em outro patch, outro meta, isso gera uma certa incerteza e pode trazer surpresas além de beneficiar quem fizer o melhor dever de casa.
Vivo Keyd: O time a se preocupar é o J Team, equipe que alcançou o top 4 da WRL, liga muito respeitada pelo histórico que os chineses trazem em outros esports, além disso, será a primeira vez que veremos times chineses como oponentes em um cenário internacional no Wild Rift. Existe um limite de quanto se pode prever usando estudos dos demais confrontos da equipe, é a hora de provar quem joga o melhor meta asiatíco.
Liberty: Buriram é o nome do bicho papão aqui, sabemos do forte histórico do sudeste asiático quando o assunto são competições mobile, e nesse caso, estamos falando de um time que joga muito rápido, em outro tempo do que estamos habituados aqui no Brasil, saber se adaptar a essa realidade pode ser o diferencial para sair vivo do play-in e se manter na competição.
Omegha está em um grupo com FunPlus Phoenix e mais dois do play-in. Como estão as chances da equipe para avançar aos playoffs?
A Omegha foi a grande campeã do Wild Tour e nesse momento já está na fase de grupos, um passo à frente dos demais times brasileiros, além de ter mostrado muitas das qualidades que são necessárias para bater de frente com os times lá fora, como resiliência, adaptabilidade e mecânicas beirando o impecável.
Os destaques do time seriam o Suits e o Aomine, jogadores considerados por muitos como os melhores em suas respectivas rotas, meio e atirador. Mas vejo o verdadeiro brilho da Omegha sendo o fato de todos os jogadores serem consistentes, um time onde todas as funções podem ser o destaque.
A FPX pode ser considerada um dos ou até mesmo o time mais forte da competição, não vou mentir, o ideal seria a Omegha estar em outro grupo, mas acredito que quem busca vencer, precisa vencer de todos e não buscar o caminho mais fácil, e se tem um time brasileiro capaz de sair daquele grupo se seguir para os playoffs, esse time é a Omegha.
O Icons Global Championship 2022 acontece entre os dias 14 de junho e 9 de julho em Sigapura. Ao todos, 24 equipes disputam uma fatia da premiação total de US$ 2 milhões. Omegha é a brasileira presente na fase de grupos; Vivo Keyd e Liberty jogam o play-in. Confira a cobertura completa do Mais Esports do Icons 2022.