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IEM Rio Major 2022: Carlos Buarque, da Intel, fala sobre sucesso do Major e calor da torcida brasileira

CS:GO

Realizar um Major de CS:GO no Brasil parecia um sonho distante, mas que se tornou realidade. A IEM Rio Major 2022 chegou com um grande sucesso por conta da gente brasileira e da arquibancada ensurdecedora.

Durante a realização da IEM RIO Major 2022, o Mais Esports conversou com Carlos Buarque, diretor de marketing da Intel Brasil, sobre os desafios de trazer um campeonato desse porte para o Brasil, torcida brasileira e planos no cenário competitivo.

Carlos Buarque da Intel Brasil. Foto: Reprodução/Mais Esports

Desafios para realizar a IEM Major Rio

Primeiramente, Carlos Buarque falou sobre os desafios que a organização do torneio enfrentou para tornar o Major do Rio uma realidade. Segundo o executivo, a frustração do adiamento da edição de 2020, por conta da pandemia, afetou todo o time da ESL. Além disso, Buarque revelou que a demanda do público foi uma das principais dificuldades enfrentadas por eles na realização do evento.

Trazer um campeonato desses para o Brasil é sempre um desafio. E a gente teve que lidar com a frustração de não ter conseguido trazer o Major há dois anos, quando era o plano trazer para o Rio, mas aí veio a pandemia. Foi uma frustração muito grande para todo time, mas, felizmente, a gente conseguiu realizar esse sonho aqui no Rio de Janeiro. O grande desafio que a gente teve foi lidar com a demanda do público, que acabou sendo muito grande, talvez até pelo fato de ter sido adiado por dois anos, a procura tenha sido maior ainda e isso implicou em mudanças grandes e adaptações grandes aqui no evento: desde o palco no centro da arena, que não era o formato original, fazer a fan fest do lado de fora, fazer as primeiras fases com público, então foi um grande desafio em um tempo curto para conseguir viabilizar e executar isso.

torcida brasileira na iem rio major 2022
Foto: Stephanie Lindgren/ESL

O desafio, no entanto, fez nascer uma grande novidade na história do Major. Pela primeira vez, as duas primeiras fases do torneio contaram com a presença do público e a fan fest também fez sua estreia.

Segundo Carlos Buarque, essas mudanças só puderam sair do papel por conta da experiência de organização da ESL, mesmo com o espaço curto de tempo para realizar as mudanças que vemos hoje.

Como a gente teve uma demanda muito grande de público, o time da ESL acabou falando ter a oportunidade de fazer algo diferente. Aí teve toda uma negociação porque envolve mudança de planos, mudança da forma de trabalhar e desenvolver isso aqui no Brasil. Então, foi uma resposta. A gente [da Intel] tem uma parceria com a ESL, que há mais de 15 anos realiza a Intel Extreme Masters (IEM) e tem muita experiência na realização de grandes campeonatos: IEM, ESL One, DreamHack, todas as outras marcas grandes que eles têm de campeonatos. Então tem competência para conseguir ajustar os planos e trazer aqui para o Brasil. Claro, foi corrido, porque a gente tinha pouco tempo, mas no final ficou esse show aqui.

Quando surgiram as primeiras conversas para adicionar mais ingressos?

As conversas sobre a mudança de formato surgiram quando a organização do Major viu a alta demanda na venda dos ingressos. Com isso, o público que não tinha garantido sua entrada protestou e assim surgiu a ideia de estender a participação da torcida da maneira que foi feita.

Na realidade, a venda dos ingressos foi muito rápida. Então quando foi feito o anúncio e teve o início das vendas, acabaram muito rápido todas as entradas. E aí começou a ter toda uma manifestação do público pedindo por mais ingressos e aí foi quando a gente começou a ter essas discussões de como a gente conseguiria transformar o evento para um formato diferente, até mesmo mais inclusivo. A gente conseguiu fazer diferentes preços dentro da fan fest, viabilizar algo com mais pessoas e ainda com outras possibilidades para atrair ainda mais público para um evento desse.

letrero da IEM Rio Major 2022 na fan fest do gaules
Foto: Bruno Martins/Mais Esports

No anúncio da IEM Rio Major 2022, alguns torcedores reclamaram da sede do torneio, a Jeunesse Arena. Muitos pediam até para ser realizado no Maracanã, icônico estádio de futebol brasileiro. No entanto, essa ideia sequer passou pela cabeça da ESL. Isto porque todas as negociações já estavam fechadas.

Para agradar ao pedido dos torcedores, a ESL decidiu mudar o formato do palco para garantir mais cadeiras. Inicialmente, o palco não seria no meio da arena.

A gente tem que lembrar que a complexidade de mudar de lugar é maior ainda. Se você for procurar um ginásio fechado e maior do que a Jeunesse Arena, aqui no Brasil já é difícil, não sei nem se existe. Teria que mudar logística, cidade, negociações que já estavam fechadas. Então, a decisão foi de manter na arena, só que reformular a posição do palco, colocando no centro, abrindo mais assentos, e de fazer essas outras possibilidades, principalmente com o público no Challengers  Legends Stage, que foi outra novidade. Foi uma experiência completamente diferente que eles conseguiram viabilizar e a gente conseguiu trazer para o Brasil.

Fan Fest em outros torneios? Não necessariamente

A questão da fan fest em outras edições também foi questionada. O sucesso da edição do Rio fez torcedores e imprensa cogitarem a realização do evento nas próximas edições do Majors, mas tudo depende. Carlos Buarque afirmou que para isso acontecer, precisa-se entender qual o público do país e qual a demanda de ingressos que eles têm.

Eu não sei se a ESL pretende repetir a fan fest em outras edições do Major, porque, tem que entender qual o público e demanda. Aqui no Brasil fez muito sentido, porque a gente acaba tendo um público mais heterogêneo. A gente tem muito player que tem menos condições financeiras, pessoas que hoje jogam em smartphones e que a fan fest acaba sendo uma forma de democratizar o acesso a um evento como esse. Você consegue ter um tíquete mais barato, atrai muito mais gente e faz um evento muito legal como esse aqui no Brasil.

Foto: Bruno Martins/Mais Esports

Mais torneios internacionais de CS:GO no Brasil

Momentos antes da grande final da IEM Rio Major 2022, a ESL anunciou oficialmente a edição da IEM Brasil 2023. A entrevista com Carlos Buarque foi feita antes da decisão, e a novidade não havia sido divulgada. No entanto, Buarque afirmou que conversas já estavam acontecendo e que a realização do Major é um marco importante para o cenário de esports do Brasil.

Sem dúvida tem [conversas para outros campeonatos no Brasil]. Esse é um marco importante para gente: é o primeiro Major e estamos mostrando como dá para fazer um espetáculo muito legal aqui no Brasil. E isso vale não só para o cenário de CS:GO, mas também para outros esports. Temos o CBLOL e outros campeonatos muito legais. Então, mostramos que temos condições de ter Majors. O sonho é que tenhamos o Brasil no roteiro competitivo dos grandes campeonatos, se vamos conseguir, não sei. Tem muita coisa para acontecer, mas é um sonho e é o que queremos. Não só no CS:GO, mas também para outras modalidades.

Foto: Adela Sznajder

Torcida brasileira deu um show a parte

Carlos Buarque também falou sobre a torcida brasileira. O diretor de marketing da Intel Brasil revelou que a equipe estrangeira achou o público brasileiro mais participativo e mais caloroso do que nos demais países. Além disso, 

Os feedbacks que recebemos é que a torcida brasileira é muito mais participativa, mais legal, mais quente do que torcidas de outros países. Não torcemos só para equipes brasileiras, adotamos outros times, leva essa bagunça, faz essa festa lá fora, tem a bateria. Tem uma estrutura e uma paixão do brasileiro que realmente é muito legal e faz com que esse evento seja muito legal de assistir. Um comentário que recebi do pessoal que está nos stands foi de que o público é super participativo e educado. É um ambiente legal, de brincadeiras. É algo que realmente vale a pena para a família. É um cenário muito legal.

Carlos Buarque continuou e falou que os estrangeiros da ESL e da própria Intel falaram que essa edição do Major foi única na história dos esports e citou a atmosfera e o clima leve que foi instaurado na IEM Rio Major 2022.

Olha, o feedback que eu tive dos estrangeiros que conversei aqui, tanto da ESL quanto da própria Intel, que estão aqui no evento, é que isso é único. A expressão é: “nunca vi nada assim”. Principalmente na hora que entram na arena e veem a torcida gritando, entram no meio da fan fest e vê aquela bagunça… É uma coisa que é única do Brasil. Existem campeonatos super legais fora do país como Cologne, Katowice, mas o clima aqui é diferente. O que marcou os estrangeiros que conversei foi, realmente, esse calor da torcida, essa emoção e essa paixão dos brasileiros pelos esports.

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Bruno Martins

por Bruno Martins

Publicado em 13 de novembro de 2022 • Editado há mais de 1 ano

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