10 anos passam rápido, meu amigo. E pensar que até alguns anos atrás que eu via alguém brincando de Master Yi AP pelas partidas de LoL.
O League of Legends evoluiu desde o lançamento lá em 2009. O jogo era completamente diferente do que é hoje — desde a parte gráfica com os heróis cartunescos até o jeito de jogar com alguns campeões, muitos que hoje já passaram por muitas e muitas reformulações.
Parte das mudanças nessa trajetória incluíram builds completamente sinistras para alguns personagens. Você até pode curtir jogar com Janna atiradora de vez em quando ou até mesmo cravar um Rammus Speed Racer uma vez ou outra, mas algumas combinações se tornaram tão icônicas e ficaram tão fortes ao longo do tempo que a Riot Games teve que entrar no meio e ajustar ou até acabar com essas anormalidades.
Nada mais justo que, nesse aniversário de 10 anos, honrar a memória dessas abominações do LoL que já divertiram e criaram os mais incontroláveis rages por aí.
Master Yi AP
Esse monstro foi domado eventualmente quando a Riot Games resolveu tirar a variável de Poder da Habilidade do seu Ataque Alpha e acabou com a folia de ficar soltando Q sem parar durante as brigas.
Era um inferno. Matou, reseta, matou, reseta. Repita até o Pentakill.
Relembre como ele era no vídeo logo acima.
Tristana AP
Pra que atirar várias vezes se você pode matar eles com uma só bala, não é mesmo? Essa era a lógica da Tristana full AP em League of Legends.
Ainda dá pra brincar com essa build de vez em quando, mas antigamente ela era roubada e até viável em alguns casos. Principalmente porque alguns itens ajudavam no combo final, principalmente quando a Deathfire Grasp ainda estava no jogo — um item ativável que dava dano baseado na vida máxima do oponente.
Se você ainda não viu uma Tristana AP passar por aí, saiba que parte do combo consistia em dar dano contínuo com o E (que antigamente funcionava similar ao Ignite) e com o poder do seu salto. Mas a destruição mesmo estava com o ultimate — como aquela coisa escalava bem com o Poder de Habilidade.
Karthus de Revive e Teleport
Morra, reviva, volte para a briga e morra de novo. Mas cause muito dano por osmose nesse processo. Esse era o currículo favorito de um Karthus de Revive e Teleport.
O nome já diz tudo: Karthus escolhia Revive — para reviver imediatamente depois de uma briga — e Teleporte, para teleportar de novo para a ação.
Naquela época, existia também um encantamento nas botas que aumentava drasticamente a velocidade de movimento ao voltar para a loja. Então, depois de teleportar, o Karthus saía voando no meio de Summoner’s Rift e distribuindo dano como um condenado.
Metagolem
Essa é pra galera das antigas no League of Legends. O núcleo dessa build para tanques estava na combinação entre Warmogs, que nas primeiras temporadas chegava a dar mais de 900 de vida, com a Atma’s Impaler — que concedia +45 de armadura, +15% de chance de crítico e ganho de ataque equivalente a 1,5% da sua vida máxima.
Aí em seguida você podia inserir na receita os itens de vida que mais lhe agradassem. Trinity Force? Funciona. Force of Nature? Funciona. Martelinho de gelo da discórdia? Funciona também. Tudo ia dar dano por conta da combinação que você já fez anteriormente.
E ainda garantia um sustain bolado de bandeja.
Sunfire Evelynn (ou Twitch)
Sim, antigamente os jogadores podiam acumular o efeito da Capa de Fogo Solar e causar muito dano em área durante as brigas. Isso funcionava ainda melhor com a Evelynn, que tinha um efeito de invisibilidade que só era quebrado quando alguém colocasse uma sentinela de visão por perto ou ela atacasse.
Já viu aonde isso vai dar, não é? Era possível ficar andando ao redor dos adversários e vê-los sofrendo lentamente enquanto as suas barras de vida iam caindo.
Isso também funcionava com o Twitch, aliás.
Sion AP
Você percebeu que builds AP são as mais citadas por aqui, não é mesmo? Há um bom motivo para isso: League of Legends de vez em quando transformava os personagens mais bizarros em verdadeiras máquinas de matar com apenas um botão.
Esse era o caso do Sion.
Antes do rework visual e de gameplay, o Sion tinha um stun direto. Escolha o alvo, dê um dano e deixe o adversário quietinho por alguns segundos. Simples assim. O problema é que isso escalava MUITO com o Poder de Habilidade.
Junte isso ao escudo que, quando estoura, também dava dano em área. Morte na certa para algumas vítimas por Summoner’s Rift.
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O Mais Esports irá celebrar os 10 anos de League of Legends com uma série de matérias sobre a história desse game que marcou tantos jogadores. Fique de olho no site durante essa semana de aniversário para mais matérias especiais!
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