O Fearless Draft veio para ficar, e estará nos campeonatos regionais para o restante de 2025. As alterações nas seleções de campeões são recentes, e as equipes estão se adaptando a mudança, para trazer picks cada vez mais irreverentes.
Porém, um usuário no Reddit levantou uma discussão válida: muitos campeões foram nerfados pela sua dominância no competitivo, sem necessariamente ser dominantes nas filas ranqueadas. Seria o momento de reverter os enfraquecimentos, para dar ainda mais diversidade de escolhas para o competitivo?
“Nerfados por serem picks flexíveis entre os profissionais”, diz usuário
No tradicional fórum de discussões, um jogador usou como exemplos dois campeões que apareceram com muita imponência não só por serem junglers competentes, mas também, por serem flexíveis. Confira:
Vários campeões foram nerfados em funções flexíveis por dominarem o competitivo. Mas com o Fearless Draft agora permanente (pelo menos, durante esse ano), esses picks não deveriam ser um problema.
Como main jungle que gosta muito de Camille e Sylas, é frustrante não poder jogá-los na selva de forma séria. Sylas é mais viável desde que fizeram seu Q causar dano total a monstros, mas ainda é fraco (45% de taxa de vitória no Emerald+), segundo o LoLalytics.
Já Camille está em uma situação pior por conta de dois nerfs específicos: seu W perdeu a cura contra monstros e seu E perdeu o buff de velocidade de ataque ao atingir monstros. Só devolver o ataque speed no E já a tornaria muito mais viável na selva, já que seu maior problema no início do jogo é a lentidão na limpeza da jungle.
Eu só quero poder jogá-la sem ter que me submeter à tortura que é a top lane :(
Nos comentários, as opiniões se dividem. Geralmente, é possível encontrar um consenso no Reddit, mas, nesse tópico em específico, as opiniões são bem diversas. Para esse jogador, por exemplo, alguns enfraquecimentos deveriam ser revertidos para o Fearless, visto que o jogo tem pouca diversidade de estratégia, na sua opinião:
Ótimo tópico. Acredito que sim. Nerfs e buffs como os do Ryze, que chegam um patch antes do Worlds, deveriam acabar.
Mas o problema é que o jogo está muito engessado no momento, com pouco espaço para jogadas criativas. Nem dá mais para fazer cheese na top lane como suporte. Acho que eles poderiam reverter, mas não vão porque simplesmente não querem.
Já para este outro usuário, a sugestão não deve ser acatada, visto que são campeões que passaram por várias mudanças ao longo dos anos, e no exemplo da Camille, em específico, ela também era muito forte nas ranqueadas:
Não, não dá. A maioria desses campeões passou por anos de ajustes desde essas mudanças, então não é só reverter e pronto. Além disso, alguns picks não foram nerfados apenas por causa do competitivo. Camille jungle, por exemplo, também dominou o meta da selva no solo queue.
Para esse outro fã do jogo, que também discorda, o motivo é outro:
Eu diria que não. O Fearless Draft ajuda nos jogos 3 a 5, mas os jogos 1 e 2 ainda correm o risco de drafts repetitivos.
Por fim, esse jogador acredita que os nerfs possam ser revertidos, mas que isso poderia ocasionar em mais drafts estáticos nas primeiras partidas de cada série, algo que outros usuários também temem:
De certa forma, sim, mas isso significaria perder todos os benefícios do Fearless Draft. Todo Jogo 1 seria sempre Azir, Corki, Kalista e Zeri, porque são muito mais fortes que o restante.
Picks flexíveis costumam ser nerfados pela Riot
Apesar da solicitação do usuário, a empresa que comanda o League of Legends não costuma deixar escolhas flexíveis passarem por debaixo de seu radar. Um bom exemplo é a Gwen, que tem aterrorizado a LPL e ganhado prioridade competitiva após ajustes em seus números.
A bonecona (literalmente) tem tido mais prioridade na top lane, mas tem sido flexionada para a jungle em algumas situações. Das 16 vitórias competitivas em seu registro de 2025, duas são na jungle. Por mais que seja uma curta amostragem, a maioria dos registros vem da LPL, a única liga major que já retornou após o First Stand, que opta pela Gwen no top.
No Brasil, a campeã já apareceu no Circuito Desafiante, nas mãos do jungler da Vivo Keyd Stars Academy, Sarolu. A Vivo acabou ganhando a partida, mas perdendo a série para o Flamengo Esports.
Logo, para a tristeza do nosso colega de Rift, parece improvável que a Riot traga de volta campeões que outrora já tiverem bons momentos na selva. Resta saber se a empresa seguirá trazendo mais diversidade competitiva, mesmo com a utilização do Fearless Draft.
