O cenário brasileiro de LoL está se envolvendo cada vez mais com os famosos inhouses — os sistemas fechados e paralelos de matchmaking que alguns profissionais do CBLoL já estão aderindo para partidas 100% focadas em melhorar performance.
Todo esse movimento cresceu com o Inhouse PRO, desenvolvido por Pedro Fracassi e seu amigo Pit. A parte quente de toda essa história é que, no final de julho, ambos anunciaram que todo o projeto entrou em parceria com a Riot Games para levar esse sistema a níveis nunca antes vistos.
Mas o início de tudo isso foi completamente acidental, como relembra Fracassi.
ACABOU O MISTÉRIO!
Eu, o @pitlol1 e a @namariajj estamos imensamente felizes em anunciar que o Inhouse PRO agora é parceiro da @RiotGamesBrasil e do @CBLOL!
Juntos, vamos levar o Inhouse a níveis nunca antes vistos, e dar mais visibilidade ainda pro pessoal de lá! #ÉoInhas pic.twitter.com/pyRHWaxPQO
— Pedro Fracassi #ÉoInhas (@plfracassi_) July 30, 2021
“O Inhouse de LoL existe por puro acidente”, contou o desenvolvedor em entrevista para o Mais Esports. “Um dia o Pit me mandou uma mensagem e falou ‘bora fazer isso aqui’, e eu ‘bora’. Nada foi planejado e a gente não fazia a menor ideia da magnitude que ia tomar. A gente foi levando do jeito que dava. O bot começava a engasgar porque tinha gente demais”, lembra.
Hoje, o sistema é separado em vários servidores no Discord: um deles é aberto para todos os jogadores de LoL interessados e outro para os profissionais do CBLoL em um chamado “Super Server brasileiro”. E também existem os dedicados para o cenário feminino e para o VALORANT.
E todo o envolvimento com a Riot aconteceu também graças à uma das equipes do CBLoL. “A FURIA tava de olho há um tempo no Inhouse. Mas não pra adquirir, pra conversar com a gente e levar pra Riot”, cita o programador.
“Fomos nós dois [eu e o Pit], junto com o Jaime, CEO da FURIA. Eu saí muito feliz da reunião porque eles tinham a mesma visão que a gente. Já tinham tido times no passado que queriam adquirir o Inhouse e acabou não rolando. Também não era muito o que eu queria, porque não é pra ser benéfico pra um time só”, completa.
O apoio vai acontecer em dois níveis. “Eles apoiam a gente tanto financeiramente quanto tecnologicamente. Eles vão ajudar a gente na evolução do inhouse. Conexões com o LoL, puxar códigos de torneio, eles vão ajudar nesse quesito. E criar oportunidades pra melhorar o LoLzinho de alta performance”, explica.
Sobre os próximos passos da Inhouse de LoL, Fracassi ainda não tem algo muito concreto. “Agora que está se tornando um projeto primário meu. Claro que é meu maior projeto, mas até agora era um hobby pra mim.”
“Agora tá tudo vindo no primeiro plano porque a gente tá na parceria. Pros próximos meses, provavelmente vamos resetar o ranking. Deve rolar um reset de season, por assim dizer, pra gente começar uma season nova pós-Riot”, promete.
E, no fim, a adesão grande dos profissionais também está ligado sempre no centro das atenções. “O feedback tem sido absolutamente positivo, e até por isso que a Riot se interessou em apoiar, sabe. Eles observaram que a galera tava gostando. O próprio Duds comentou em uma entrevista que ele estava confiante no CBLoL e isso era graças ao Inhouse”, relembra.
Fracassi também citou que outros cenários e jogos podem se aproveitar da ideia de inhouse. A tecnologia usada por Fracassi na Inhouse PRO se baseia em um algoritmo estrangeiro configurado para os bots de Discord, mas tudo pode ser adaptado caso o jogo tenha suporte a partidas personalizadas.
E se você tiver interesse em jogar e acompanhar mais as partidas ao vivo, acesse o site oficial do Inhouse PRO de LoL. As instruções para entrar em cada um dos servidores estão aqui!