Para entender melhor a repercussão das mudanças no competitivo em 2025, o Mais Esports entrevistou o CEO da Leviatán, Fernando Diez. O dono da equipe do LATAM, até brincou sobre a possibilidade de ter outro melhor do mundo na LEV. Confira a entrevista na íntegra:
“Já temos um melhor do mundo, já pensou em LEV Faker?”, brinca CEO da Leviatan
Em uma pergunta sobre a possibilidade de se manter ou não nas franquias, já que a LLA vai se juntar ao CBLOL/LCS, o CEO se mostrou positivo e até brincou com algumas possibilidades. Confira a resposta:
Eu espero que as chances sejam favoráveis para a Leviatan estar nas franquias e eu acho que demonstramos que podemos ter o melhor jogador do mundo no nosso time (Aspas), por que não um LEV Faker no futuro?
Eu acho que demonstramos que com um ecossistema sustentável podemos fazer grandes projetos e trabalhar bem, fomos um dos times que mais vendeu skins do mundo, então eu acho que podemos trabalhar bem na parte criativa, design e marketing, então espero que seja algo positivo e sim, sabemos os critérios e vamos nos preparar para poder ser aceitos em algum dos dois grupos (Conferência Sul e Norte), mas é claro que sabemos que é difícil, existem grandes organizações correndo atrás, com mais história que nós no LoL, mas honestamente: acho que somos um dos maiores do LATAM, então acho que a Riot deveria escolher a Leviatán para poder representar a região da melhor maneira.
A fusão das ligas vai deixar apenas um time Tier 1 tanto na Conferência Sul quanto na Conferência Norte. Te preocupa essa falta de representatividade regional? Você acha que os times podem ficar muito “deslocados”, tanto de suas culturas locais, quanto da cultura das sedes das Conferências?
Não, eu honestamente acho que é justo pelo que representa cada liga. Óbvio que, ao nível econômico, a LCS é enorme, os franqueados têm um poder econômico tremendo e o CBLOL tem um poder tremendo de audiência. Seria injusto que a Liga da América tivesse que dar mais participação ao LATAM e fizesse com que mais times ficassem de fora da Liga das Américas.
Seria injusto para as duas ligas, por exemplo: se a LCS, ao nível de audiência, estava caindo, o nível econômico é muito mais forte que o resto das ligas, obviamente porque está nos Estados Unidos. Acho que foi justo como foi, e vai ser um desafio para o time (da LLA) que tem que ficar deslocado, sim, mas é o lindo também dessa indústria: o grande desafio.
Se é um desafio por estar competindo em uma liga melhor, uma liga com times mais fortes, então me parece que é um grande desafio, que nós já tivemos que viver há dois anos (nas franquias do VALORANT), e foi um grande desafio, que é muito difícil, óbvio, mudar de país com regras diferentes, com custos de vida diferentes, mas com certeza nos fez crescer muito.
Ainda nessa parte dos times ficarem ou não deslocados por serem representantes únicos, muito se fala da pressão que a torcida local pode colocar nos times do LLA, justamente por essa diferença de representatividade, ainda mais considerando que os torneios terão público presente nas áreas, e falando especificamente aqui do Brasil, sabemos que os torcedores às vezes são meio “malucos”. Como CEO da Leviatán, o quanto você acha que isso pode impactar no desempenho do time que está representando o LLA e até mesmo no dia a dia dos jogadores?
Acho que é bom, é muito relativo na cabeça dos times que quando forem escolhidos vão dizer que se chegarem a jogar no Brasil. É uma comunidade grande e eu gosto muito da torcida brasileira e tem muitas pessoas do Brasil que me escreve para irmos para o Sul.
Acho que seria divertido, foi obviamente criada uma rivalidade, mas bom, é assim que dá para procurar jogadores com caráter que sejam bons diante das adversidades. Tivemos que jogar no VALORANT com muitos fãs contra os Estados Unidos, tem alguns times que chegam no stage e quando você vai para algum lugar eles começam a torcer mais alto, e faz parte do jogo, dá a graça. E, mais do que uma pressão, você tem que estar com os jogadores e acompanhá-los para que seja uma motivação.
