Finalmente a época mais esperada do ano chegou e o ápice para muitos é justamente a fase de grupos do mundial. Regiões com estilos de jogo completamente diferentes se enfrentando e, apesar de toda essa diferença, a peça principal e estrela da maioria dessas equipes mora na jungle. Por isso hoje vou falar um pouco sobre alguns desses incríveis jogadores que têm tudo para serem os grandes destaques do campeonato mundial.
Jankos – Maestro do Caos
MVP da LEC, atual campeão do MSI e chegando nessa mundial com o status de melhor jungler não só do ocidente, mas de todo o mundo. Dentre todos os junglers desse torneio eu o vejo como tendo a tarefa mais difícil, que é justamente controlar a forma como a G2 joga o mapa. Estar sempre no lugar certo e na hora certa é a melhor e principal característica de todo bom caçador e Jankos parece ter dominado completamente essa função.
Há muito tempo sendo referência no EU, ele já possui duas semifinais de mundial no currículo, uma pela H2K em 2016 e outra pela própria G2 em 2018. Sempre pareceu que faltava alguma coisa nas equipes em que ele jogou, mas agora é diferente, é ele quem faz todas essas peças funcionaram, como uma grande engrenagem que faz todas as outras girarem.
Se a G2 encanta o mundo com movimentações imprevisíveis pelo mapa, lutas rápidas e escolhas estranhas, é muito pela leitura que o jungler tem de seus adversários e a segurança que ele passa para seus laners. Sem Jankos essa G2 não conseguiria ser tão solta e criativa como é, e por isso ele chega tão badalado para esse mundial.
Campeão chave: Elise
Clid – A grande estrela da SKT
Sendo para muitos o melhor jogador dessa nova SKT, Clid mudou completamente a forma como a equipe enxerga essa posição. Historicamente os junglers que passaram pelo time sempre tiveram um papel muito mais de proteção e controle do ataque. Essa forma mais calma e calculada de jogar foi o que deu para SKT seus três títulos mundiais, porém esses tempos passaram e acharam em Clid aquilo que faltava não só para a equipe, mas também para LCK como região. Proatividade e explosão no começo das partidas.
Clid já havia mostrado toda sua qualidade mecânica em sua passagem pela LPL, onde quase conseguiu eliminar a campeã mundial IG durante as semifinais do segundo split de 2018. Agora na SKT toda essa habilidade parece ser usada com um proposito maior; lutas precisas com a função de deixar Faker e Khan na frente são rotinas nos jogos da tricampeã mundial.
Faker continua sendo a pedra fundamental da SKT, mas é Clid quem dá todas as condições do mid laner continuar sendo quem é. Sem sombra de dúvidas é a dupla de jungle/mid mais assustadora que a equipe já teve em toda sua história.
Campeão chave: Lee Sin
Tian – O novato que de novato não tem nada
Desconhecido para grande maioria dos telespectadores, Tian é um novato que parece jogar a eras, sendo considerado o melhor da posição de toda LPL com certa folga durante o ano de 2019. O jungler da FPX é uma mistura quase que perfeita de criatividade, agressividade e muita inteligência.
Como Ranger disse em um dos vídeos do Mais Esports sobre as expectativas referentes aos times das regiões Majors para esse mundial, Tian parece ter controle quase absoluto de seus campos e dos campos adversários da selva, tal como suas rotas sempre parecem ser em prol de uma jogada maior, seja ela um objetivo, um skirmish ou um dive na bot lane como é costumeiro ver nos jogos da FPX.
Não é de hoje que digo que Tian e Doinb fazem uma das duplas mais imprevisíveis e criativas que eu já vi atuando junto. Para muitos, as qualidades de Tian eram muito mais uma força de liderança de Doinb, mas acho que ficou provado, principalmente durante esse segundo split de 2019, que Tian é forte por si mesmo, e por isso que sua dupla com Doinb deve e será muito temida por todos seus adversários nesse campeonato mundial.
Campeão chave: Gragas
Karsa – A consistência que faltava
Acho que é tranquilo dizer que se a RNG tivesse vencido o mundial de 2018, como era o previsto por todos, Karsa seria um dos, se não o principal responsável pela conquista. Ele foi a única mudança da equipe para 2018, que bateu na trave durante o mundial de 2017. Mas a história é outra, a Royal falhou, Karsa falhou e é só disso que os outros vão lembrar.
Apesar do ano complicado e ainda sem títulos, 2019 está sendo diferente para Karsa. Titular absoluto da RNG, o jungler é quem tem a função mais complicada da equipe que é manter todo mundo seguro e salvo para que Uzi chegue forte nas lutas no meio e final da partida, algo que Mlxg nunca conseguiu fazer e que sempre acabou machucando muito as performances da equipe em momentos decisivos. Agora com Karsa essa consistência existe, esse seguro de um jungler que vai fazer o que é preciso, que vai está lá.
Karsa não chega nesse mundial como criador de grandes jogadas, nem como o Deus do Lee Sin (como já foi um dia), mas como um jogador maduro e calmo que deixa a RNG nos trilhos. Estou muito curioso para ver como Karsa irá se adaptar a essas escolhas mais voltadas para o início de partida, como Elise e o próprio Lee Sin. Sabemos que ele pode ser o porto seguro do time, mas não podemos esquecer o potencial carregador que esse jogador possui. Espero que dessa vez a história seja diferente para Karsa e para a Royal Never Give Up.
Campeão chave: Jarvan
Levi – Esperança de uma nação
Grande estrela vietnamita e sensação da equipe que encantou o mundo em 2017, Levi voltou para casa depois de algumas temporadas no NA e na China. Ele saiu da Marines como o melhor jogador de toda região e voltou para ela melhor que antes.
O caçador foca bastante no top onde tem a super estrela Zeros, que foi quem segurou esse posto de melhor jogador da região até a volta de Levi. A Marines tem um dos top sides mais fortes de toda competição, então não se assustem ao verem lutas e mais lutas por essa parte do mapa, em grande maioria sendo iniciadas por Levi.
Diferente daquela Marines que jogava com estratégias completamente fora da meta para suprir deficiências mecânicas de seus jogadores e dar todo recurso para seu melhor jogador, essa nova Marines é um time com jogadores extremamente bons mecanicamente e muito agressivos, que são liderados por Levi. Essa é a melhor equipe que o Vietnam já mandou para um mundial e podemos esperar grandes coisas vindo dela, até porque não tem como esperar pouca coisa de um cara como o Levi.
Campeão chave: Lee Sin
Tarzan – Rei da selva
A maioria das pessoas estão com expectativas bem baixas referente a Griffin para esse mundial. Eu até consigo entender, depois de ver a equipe sendo vice três vezes seguidas da LCK é um balde de água fria, mas se existe alguém nessa Griffin que não se pode ter baixas expectativas é o Tarzan. Apesar dos resultados ruins em playoffs, Tarzan foi e continua sendo o Rei da Selva.
Para os especialistas em LCK, ele continua sendo o melhor jungler da liga e para mim isso é muito claro. O problema da Griffin passa bem longe de ser em sua jungle, na verdade, acho que é Tarzan que suas esperanças vivem. Ele está sempre um, dois ou até três passos na frente de seus adversários, e acredito que com a volta de campeões como Lee Sin e Elise para o meta, a equipe tem tudo para voltar aos trilhos com seu jungler sendo o grande líder.
Mas por que “Rei da Selva”? Por muito tempo esse posto foi de Score, a forma como ele andava no mapa, como controlava as rotas de seus adversários e até mesmo quando ou não lutar são características que ele dominava e que todo bom jungler possui. Tarzan, pelo menos para mim, é o sucessor quase que espiritual de tudo que Score foi, mas com um acréscimo, Tarzan também é insanamente bom mecanicamente, Diferente de muitos pôr aí, minhas expectativas para Griffin e principalmente para Tarzan, são as mais positivas possíveis.
Campeão chave: Olaf
Qual desses caçadores você acha que terá a melhor performance no Mundial? Acha que existe algum outro nome que merece estar nessa lista? Deixe ai nos comentários!
A fase de grupos da competição começa no dia 12 de outubro. Você pode conferir a cobertura completa aqui no Mais Esports.