A INTZ está na final do CBLoL e vai reeditar a decisão do 1º split contra o Flamengo. Os intrépidos venceram a KaBuM! no último domingo (25) por 3×1, surpreendendo ao vencerem o time considerado favorito.
Abrindo a coletiva de imprensa, ao lado de Micael “Micao” Rodrigues, o head-coach Lucas “Maestro” Pierre e cia, o jungler Diogo “Shini” Rogê explica o motivo para a INTZ crescer em momentos decisivos, assim como aconteceu na última etapa: “Talvez seja o fato de que estamos mais acostumados com a pressão do que os outros times, porque quando estávamos bem mal no CBLoL, jogando Md5 para continuar na 1ª divisão… já passamos por muitas situações apertadas. Já jogamos finais de outros campeonatos com cinco jogos, então talvez somos um time que lide melhor com pressão, não ficamos nervosos e mantemos a calma.”
Ainda sobre o tema “lidar com pressão”, quando perguntado sobre encarar uma arena provavelmente lotada de flamenguistas, o treinador Maestro manteve o mesmo tom de seu jogador: “ A pressão de estar no palco é sempre a mesma, estamos bem acostumados. Já assistimos naquela arena e já jogamos naquela arena, um showmatch contra eles também. Não será nada super diferente para nós”, declarou.
RedBert, logo depois, afirmou preferir jogar como underdog a ser favorito: “Falando por mim, eu prefiro ser underdog porque você fica sem pressão para jogar, 100% livre. Se você perder, era o esperado, e se vencer, só surpreende. Eu jogo mais tranquilo e sem pressão nenhuma, me deixa melhor para jogar.”
O grande momento da coletiva de imprensa se deu após a pergunta de como os jogadores esperavam lidar com possíveis críticas da torcida do Flamengo, caso a equipe vença os rubro-negros na grande final. Maestro pediu a palavra e declarou:
“Questão de crítica de torcida, torcedor do Brasil e de outro time, hate, etc… isso tem que acabar. Não é tolerável, não queremos isso. Não queremos torcida de futebol invadindo, quebrando ônibus, não queremos isso no nosso esporte. [Nosso esporte] é trabalho, é amor, jogo, todo mundo junto, companheirismo… É isso que queremos e temos chance de fazer isso agora. Não pode dar bobeira e achar que é normal ‘ah, agora virou esporte porque um cara deu soco no outro, porque jogou pedra’, não pode! Brasileiro tem que aprender a elogiar as pessoas que estão lá representando ele, é isso. O cara trabalhou, todo mundo trabalha todos os dias para chegar lá, tem que elogiar! Não é para xingar, é elogiar, bater palma, dar força… tem que cobrar, todo mundo cobra, certo? Todos cobram, eles vivem disso, nós cobramos eles todos os dias, não precisamos de cobrança e hate assim, certo? Chega disso, isso não pode mais. Prestem atenção: Nós ou Flamengo. Se o Flamengo for, eu vou bater palma para eles, se nós formos, batam palma para nós.” Concluiu, arrancando aplausos dos jornalistas e outras pessoas que acompanhavam a coletiva no momento.
Agora perguntado sobre seu rendimento em séries Md5 (o coach jamais perdeu uma série), Maestro contou a forma como vê estas partidas maiores, afirmando que, nelas, há espaço para testes e que é necessário “sentir” a série: “Primeiro precisamos sentir a série e depois nos adaptamos. É uma das coisas que eu gosto de fazer, o Luis, o jUc, todos que estão aqui e trabalham conosco, sabem disso. Eu sou muito exigente em relação à comissão técnica, nessa questão do ‘saber o que cada um vai fazer’, e dos jogadores, nós sempre os cobramos em treinos, e desde que a gente saiba o que fazer numa Md5, podemos ajustar um pouco para qualquer lado. Se eles tiverem essa flexibilidade, num dia bom, vontade e trabalhar em equipe, o resto é nosso. Então é essa divisão específica de todo mundo saber o que fazer e a questão de sentirmos a série e nos adaptarmos rápido, acredito ser uma qualidade nossa.
Já no fim da coletiva, Envy foi perguntado sobre o seu desempenho ao longo de todo o torneio, e rapidamente, o jogador discordou das críticas que vem recebendo, afirmando que jogou mal “só dois ou três jogos”. Por fim, Micao fechou os trabalhos respondendo uma pergunta, referente às chances de, novamente, não deixar os coreanos conquistarem o título do CBLoL: “Acho que de ‘coreano não é deus’ nós já sabíamos. A questão é que não se pode menosprezar, falar que eles tiltam, o Luci e o Shrimp são muito bons. Eu assisti à final esses dias e não acho que eles tiltaram, o time inteiro estava muito apático e acredito que eles foram só bode expiatório. Eles são bons, claro, mas sempre vou querer que um time com cinco brasileiros vença.”
A INTZ se garantiu novamente na final do CBLoL ao vencer a KaBuM por 3×1. Após perder o jogo 1, os intrépidos emplacaram na série e venceram três partidas seguidas, decretando a vitória. É a primeira vez na história do torneio que a final do 1º split se repete no 2º.
Flamengo x INTZ decidem o campeão da segunda etapa do CBLoL, além do classificado à Fase de Entrada do Mundial, em duas semanas, no dia 7 de setembro, na Arena Jeunesse, no Rio de Janeiro.
