Em entrevista à Lara Lunardi, em parceria com o Mais Esports, o fundador e CEO da G2, Carlos “ocelote” explicou o processo de reconstrução de sua equipe de League of Legends, depois do fracasso na última temporada, quando com Wunder, Jankos, Caps, Rekkles e MikyX, falhou em conquistar ambos os títulos da LEC e sequer disputou o Mundial.
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Dispensando três dos cinco jogadores, ocelote teve que montar a equipe ao redor de Jankos e Caps, mas como fazer isso? Tal reflexão foi revelada por ele na entrevista.
No sentido de quem iria substituí-los. Falavam para trazer o Alphari, Hans Sama, Carzzy, Viper, etc, e todas essas opções até estavam na mesa, lembro de ter conversado com o pessoal do Viper, com todos eles, mas eu pensava ‘eu quero ter sucesso, pelas pessoas, para me exibir? Porque aí você traz o Hans Sama, o Carzzy, o Viper… ou eu quero vencer o Mundial?
E essa era a resposta, de acordo com Carlos. “Eu quero ganhar o Mundial, e se isso significa que vou me f*** durante meses, mas eu confiei na minha intuição, que me trouxe até onde estou hoje, não posso reclamar… e ela estava certa.”
Quando fala que apostou em sua intuição, está falando na aposta que fez nos três reforços, jogadores bem menos conhecidos do que Wunder, Rekkles e MikyX, no caso: Broken Blade, Flakked e Targamas. Ocelote disse ainda que “reconstruir um time é a maior qualidade que uma organização deve ter, se quiser ter sucesso competitivo.”
O CEO da G2 afirma que o processo de montagem do elenco não ocorreu da noite para o dia e que tudo exigiu muito estudo. Porém, diante dos resultados das pesquisas, não havia dúvida de que aquele time daria certo: “Pode ver, internamente, ninguém está surpreso. Não quero soar arrogante, mas sabíamos que quando clicasse, daria tudo certo.”
Falando mais especificamente da bot lane, Flakked e Targamas, ocelote conta que a escolha pela dupla foi “praticamente unânime” dentro da G2 e revela uma conexão especial com o atirador.
Eu me lembro de ir em eventos e às vezes, o Flakked se encontrava comigo, ele era um fã, e lembro de uma foto que ele tirou, ele estava tão orgulhoso de ser meu fã e era muito muito jovem, só uma criança, nem sei quantos anos ele tinha, talvez 14 ou 15, e olha onde ele está agora. Esse momento em si, aquela foto, me faz ter uma conexão com ele. Também quando o contratamos, eu falava com ele o tempo todo pelo WhatsApp, ligando pra ele e dizia: ‘Cara, se você quer isso, você precisa se mostrar nas próximas semanas nos treinos’, eu estava o guiando, ajudando no que falar, falando o que ele precisava melhorar, ou ‘você está indo bem, continue assim, você é insano’. Ele estava jogando contra o Viper, pelo que me lembro… Contra essas grandes equipes, como o Ghost e BeryL da DAMWON e ele estava jogando muito bem, ele estava insano, carregando de Lucian, Draven, MF, carregando mesmo, 8/0 etc, mas às vezes ele ficava com a confiança baixa e eu dizia ‘cara, não liga para isso, só continua.’
Carlos conclui dizendo que vê essa equipe como sua “bebê”, de toda a G2, porque eles construíram do zero e está dando certo, inclusive, declarando que este elenco de LoL da organização é o que ele mais sente orgulho.
“Poderia não funcionar, mas eu estaria tão orgulhoso como estou agora, e falo sério, estou muito feliz que vencemos, foi um 12-0 nos playoffs, é insano, estou feliz que é o nosso bebe, nós fizemos isso”, encerra.
Com o título do 1º split da LEC 2022, a G2 agora se prepara para representar a Europa no MSI 2022, torneio que a organização já conquistou há três anos. Justamente sobre o torneio que sua equipe já conquistou, ocelote prefere não colocar expectativas e disse que campanhas dependem de “momentos críticos”, e que seu time buscará usá-los bem.
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