Visando evoluir mais um ponto no cenário nacional, jogadores, integrantes de comissão técnica e diretores debateram durante a noite do último sábado (19) sobre pontos que podem melhorar o sistema de scrims, que é o treino entre equipes. O assunto principal foram os diversos cancelamentos recentes.
O assunto surgiu após jogadores profissionais terem revelado durante a semana que muitos treinos haviam sido cancelados em cima da hora. O tópico voltou a ser pauta em vídeo Mais Esports Negócios e foi o que impulsionou o debate nas redes.
Confira o vídeo abaixo:
Klaus, atirador da Vivo Keyd, foi o primeiro a se pronunciar, dizendo que “também prezo muito por esse profissionalismo” e que “se um time não consegue manter uma rotina de treinos organizadas, não merece ir muito longe”. Em sequência, Tockers publicou uma sequência de 12 tweets dando sua visão sobre o caso.
Neles, o midlaner apontou que a falta de diversidade de times para treinar é um problema grande no Brasil, sugeriu um novo formato de treinos e reforçou que falta profissionalismo.
“Após 1 mês na Europa jogamos um total de 74 jogos vs 15 times, havendo um total de 0 atrasos, 0 remakes e 0 pauses de mais de 3 minutos (sem exageros). Após um total de 5 blocos no Brasil, houveram atrasos, remakes e pauses em TODOS os blocos”, relatou Tockers.
12. Se assumirmos um nível de profissionalismo mais elevado reduzindo atraso e peculiaridades, o treino acabaria no mesmo horário que hoje, 20h, propiciando um dia bem mais produtivo se assumindo minhas experiências passadas e recentes no LoL até hoje
— Gabriel Claumann (@tockerslol) January 19, 2020
Atualmente o formato de scrim utilizado pelas equipes no Brasil é de duas séries MD3 por dia, mas o sistema não agrada a todos. A implantação de uma partida MD5 foi debatida pelos profissionais. Para Tockers, “o último jogo do dia sempre costuma ser improdutivo. MD5 te dá uma resiliência maior por ser sem pausa e te torna mais apto para uma MD3”.
Ranger, agora no Flamengo, está vivendo seus dias no formato de Gaming Office, o que também é um fator para ele defender um bloco de MD5 em scrims, já que, com o formato atual, ele tem tempo para “jogar 3 soloQ por dia no máximo”. O caçador também sugeriu “juntar um representante de cada time e discutir o que dá para mudar”.
Já Tierwulf, que está voltando ao Brasil para atuar na Falkol, não poupou palavras para se expressar. “Sinto muito, mas acho engraçado que todos saem e reclamas das scrims, quando todos fazem parte do problema. A única equipe que posso garantir que nunca tivemos treino cancelado é a INTZ. A maioria marca com 2 times e acaba atrapalhando a pior equipe”.
O investimento no bem-estar dos jogadores é o futuro, com uma forte equipe técnica.
— Insta: Tierwulf (@Tierwulf) January 19, 2020