LoL: Revolta revela o motivo de não ter virado treinador

LoL: Revolta revela o motivo de não ter virado treinador

Depois de encerrar sua carreira como jogador profissional, em maio de 2021, Revolta tinha diversas opções do que fazer com sua carreira. Em entrevista ao 2v1 podcast, o ex-jungler de INTZ, Keyd e CNB declarou que poderia virar treinador e até seria “excelente” na sua função, mas algo o fez não seguir este caminho.

Quando parei de jogar, eu via várias direções. Eu poderia parar ali e ser coach, eu poderia trabalhar com organizações… Eu seria um excelente coach, mas o meu problema, é que eu não tenho paciência com algumas coisas. Nos últimos anos, eu vi o cenário se deteriorar em alguns aspectos, por exemplo: o LoL antigamente era muito mais focado na competitividade, você valorizava os jogadores mais chatos, dedicados… Hoje em dia não, você prefere ficar suave.

Revolta também comenta que o problema nessa situação são “as pessoas de cima”, como ele mesmo cita. “Quem contrata o jogador? O que você valoriza nos jogadores? O que você quer em um coach? Quantos vieram para cá e falharam, saíram e tiveram sucesso, o Tabe, o Stardust… São vários exemplos.”

“Nós aqui, com o passar dos anos, perdemos um pouco disso e eu não segui o caminho do coach por causa disso. Eu olhava e pensava que eu iria exigir coisas que os jogadores não vão querer passar, porque o caminho para vencer não é bonito, nem um pouco”, completa.

Quando a questão da SoloQ brasileira é levantada, Revolta afirma que não dá para comparar as Filas do Brasil com a da Coreia, pelo número de jogadores de alto nível: “O sistema de ranqueamento numa região como a nossa é muito ruim, tem um milhão de Mestre, Grão-Mestres e Challengers lá.”


Continue depois da publicidade

(Imagem: Reprodução/Mais Esports)

“A questão é que as pessoas não sentem necessidade de jogar, elas estão bem tranquilas de serem o 6º e 7º…”

Questionado se, na sua visão, os jogadores atuais do CBLOL são acomodados, ele responde que todos do mundo são acomodados, mas de formas diferentes. Ele cita a Coreia do Sul, uma das regiões mais competitivas do mundo no League of Legends, onde diz que a LCK está “acomodada da forma rígida deles.”

Estamos num ponto onde terceirizamos a culpa, se você perguntar para qualquer jogador profissional o porquê dele não jogar SoloQ, ele vai dizer que é porque é ruim. Mas esse cara não tem necessidade disso, ele já está no cenário, já está onde quer e quem está acima dele não vai cobrar isso, porque se cobrar, provavelmente não vão achar ninguém que atenda.

Revolta diz ainda que, quando assiste a um podcast, ele não conhece a pessoa que participou pois ela terceiriza a culpa. “Isso é muito cômodo, chegar aqui e falar que a culpa é de X pessoa, e não vai dar certo assim, porque no competitivo, você tem que cobrar quem está do lado.”

Por fim, o ex-jogador dá um exemplo de seu ponto de quando, atuando pela Vivo Keyd em 2018, perdeu a final do CBLOL para a KaBuM! e saiu para jantar com o também ex-atleta, Tockers. Ele conta que em dado momento, ele sugere aos dois irem para a Coreia do Sul treinar para se prepararem para o split seguinte.

“Quando você quer, você dá um jeito. Aquele bootcamp saiu do meu bolso e as coisas na Coreia são caras. Era hospedagem, lan house, comida, tudo.”

Além de explicar os motivos que o levaram a não seguir o caminho de treinador, Revolta também comentou sobre um possível retorno como jogador, uma proposta que recebeu para jogar no NA, a situação da INTZ nas Franquias, sua visão sobre uma das maiores promessas do CBLOL atual, Goot, e também quem seriam os quatro melhores jogadores do CBLOL de todos os tempos.

Veja também: ADC é a lane mais fácil? Para micaO, depende do time


Continue depois da publicidade

Matérias relacionadas

Parceiros
Apenas para maiores de 18 anos, aposte com responsabilidade.
Partidas
Resultados
Ultimas Notícias
LoL: Revolta revela o motivo de não ter virado treinador - Mais Esports