A RED Canids venceu a Shopify Rebellion no último domingo (14) pela LTA Américas 2025. Na rota central da equipe, um argentino vem ditando o ritmo do time e mostrando que seu lugar está entre os melhores das Américas.
Kaze teve mais uma grande atuação e, em entrevista exclusiva para o Mais Esports, mandou recado para quem não lhe deu oportunidades no Tier 1. Confira o bate-papo com o mid laner no vídeo abaixo:
Confira mais trechos da entrevista com o jogador da RED Canids.
Kaze, é difícil de acreditar que você estava no Tier 2 há poucos meses. Como está vivenciando este momento?
Estou provando a todo mundo que não me deu uma oportunidade nesse ano até agora. Provando que eles estavam errados. Provando para mim mesmo que eu podia ganhar e ser bom no Tier 1.
Você foi melhor que o Palafox nesta série e parecia muito confiante. O que achou do embate na mid lane?
Acho que, depois do primeiro jogo, como eu nunca tinha jogado contra ele no stage, eu não sabia muito o que esperar. Logo, depois da primeira partida, dos primeiros minutos, eu achei que eu estava muito confiante, que eu estava jogando bem. Então, depois disso foi simplesmente eu dar o meu melhor e tentar ganhar.
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O único jogo que você sofreu um pouco foi no jogo 4. Foi um problema de draft, por conta do Viktor ter problemas contra o range do Ziggs e Ezreal?
Eu acho que o draft não foi todo o problema, mas também acho que a gente não draftou tão bem. Acho que a gente não estava muito acostumado a jogar desse jeito, mas ainda assim dava para ganhar.
Acho que foi culpa nossa de dar muita vantagem para os caras, que ainda a gente podia ganhar. A gente tinha que jogar melhor, fazer um jogo mais estável, porém não fizemos isso e foi o que deu.
Como foi a conversa do time entre os jogos, principalmente entre as derrotas?
Eu acho que, nas derrotas, a gente já sabia o que tinha feito de errado. No primeiro jogo, queríamos demais. Acho que até lutamos melhor e até jogou melhor, mas estávamos um pouco ansiosos.
Talvez a gente quisesse coisas demais. Então, no segundo jogo, só nos acalmamos e jogamos no que realmente éramos bons — e foi isso que deu certo.
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Como tem sido se adaptar à rotina de treinos e ao dia-a-dia após a chegada em Los Angeles?
Acho que foi mais sobre tentar treinar. Já falei que é muito sobre adaptação, porque a gente não tinha jogado tanto contra eles e não conhecia bem o estilo de jogo deles.
Então foi questão de se ajustar no meio da série, entender o que eles estavam fazendo e aprender como jogar contra. Foi mais isso, a gente soube se adaptar bem e acabou vencendo.
A vitória garante mais uma semana de treino, certo? E está rolando um pacto entre as equipes brasileiras por essa segunda vaga no Worlds 2025?
Com certeza. Todo mundo está torcendo para que a LTA Sul consiga a segunda vaga no Worlds — tanto os times brasileiros quanto nós. Então, obviamente, tem muito valor ficar mais uma semana aqui em Los Angeles, porque é mais tempo de treino e uma experiência muito boa.
Vamos enfrentar o top 2 da LTA Norte, o que também é ótimo. Acho que é mais sobre isso: ganhar experiência e melhorar para o próximo split ou para o próximo ano.
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Como está sendo a experiência geral de disputar um primeiro torneio internacional?
Acho que está sendo uma experiência muito boa para nós. Estamos aprendendo bastante, principalmente a lidar com times que não conhecíamos.
No geral, qualquer experiência internacional — mesmo que seja contra equipes da LTA Norte — é muito válida e vai nos ajudar, mesmo que não terminemos classificados para o Worlds. Claro que, se formos, será ainda melhor.
De todo modo, sinto que, como região, estamos evoluindo e que o gap está diminuindo cada vez mais. Ainda acho que a Flyquest é o melhor time disparado dessa conferência, comparado com a Europa e o Ocidente. Tirando os asiáticos, eles são muito fortes. Mas, com os outros, a diferença está cada vez menor.
O Rabelo mencionou, em entrevista para o IDL, que vocês ainda não jogaram contra a FLY. Tem essa expectativa para enfrentar eles?
Para todos os times da LTA Sul, a Flyquest é como um “role model”. Você olha para eles, observa o que estão fazendo, e tenta aprender ou até replicar algumas coisas. Com certeza tenho a expectativa de enfrentá-los no Stage — gostaria muito disso.
Acho que eles são um time muito criativo e seria uma ótima experiência jogar contra eles. Mas, obviamente, também tenho uma expectativa muito alta em relação às Scrims contra eles.
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Uma das suas primeiras respostas, sobre “provar que os outros estavam errados” pela falta de oportunidade no Tier 1, continua na minha cabeça. Acha que você estar mordido sobre isso te faz jogar ainda melhor?
Eu acho que tem um pouco disso, mas também do quanto eu gosto do meu time. Encontramos uma dinâmica muito boa, e isso me fez render muito melhor do que antes. Claro que eu estava mordido por não ter ficado na Tier 1, mas sinto que a equipe realmente me ajudou a evoluir.
No fim, é uma soma de coisas: o que aconteceu, as expectativas sobre mim, o grupo de trabalho… No geral, tudo tem sido muito positivo.
E entra o trabalho do Tockers nessa somatória?
Com certeza, ele me ajuda quando acha que eu preciso. Tenho o BellzzY, que conversa bastante comigo e foca mais na lane. Já o Tockers fala mais sobre o macro, sobre o que ele acha. Então, estou aprendendo muito com os dois.
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Como você avalia o embate contra a 100 Thieves?
Acho que a 100 Thieves é praticamente o oposto da gente. Eles gostam muito de lutar, de buscar abates, gostam mesmo é de sangue. De certa forma — tirando alguns gaps — eles até lembram um pouco o nosso estilo. Por isso, estou muito animado para o confronto contra eles. Acredito que vai ser uma série bem mais engraçada e empolgante de jogar.
Algum recado para os torcedores, que vão torcer bastante pra vocês trazerem essa vaga?
Obrigado a todo mundo que está torcendo por nós. Também temos apoio do pessoal aqui na Riot da América do Norte, e isso significa muito. Vamos dar o nosso máximo para conquistar a segunda vaga no Worlds para a LTA Sul e mandar bem no campeonato. Espero que continuem na torcida. Muito obrigado por tudo.
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