Entre os brasileiros envolvidos no duelo entre Shopify Rebellion e RED Canids pela LTA Américas 2025, apenas um saiu derrotado. O suporte Ceos, que defendeu a equipe norte-americana nesta temporada, viu sua chance de chegar ao Worlds 2025 escapar após a derrota para um time formado majoritariamente por seus conterrâneos.
Em entrevista exclusiva para o Mais Esports, o jogador afirmou que a experiência de encontrar uma equipe brasileira em um jogo decisivo foi interessante, mas que isso não o afetou dentro de jogo:
Eu não senti que estava diferente por estar jogando contra um time brasileiro. Foi uma experiência legal, porque não era algo que eu esperava: jogar em um campeonato internacional contra um time do Brasil.
Gostei bastante dessa experiência. Já joguei contra alguns jogadores da Red, e tenho o BellzzY, que é meu amigo e com quem trabalhei na LOUD. Foi bem legal. Mas, falando só de gameplay, para mim não teve nenhuma diferença.
Além de comentar sobre o confronto contra a Matilha, Ceos também elogiou a Vivo Keyd Stars. Apesar de não ter tido muitas oportunidades de enfrentar os Guerreiros, o suporte brasileiro afirmou que a equipe o surpreendeu — e destacou que já esperava encontrar bons adversários após acompanhar a LTA Sul 2025:
A gente teve pouca experiência contra os times brasileiros. Quando eles estavam no bootcamp, a gente começou a treinar justamente quando eles foram embora. Tivemos só um ou dois dias de treino com eles. Agora foi parecido: eles chegaram essa semana, e treinamos só dois dias contra eles. Não dá pra tirar muita coisa disso.
Mas eu já sabia que paiN e Keyd eram times bons. Vi que a Keyd melhorou bastante desde o início. É difícil falar porque não treinei tanto contra eles no bootcamp, mas acompanhando a LTA Sul e treinando contra eles agora, senti que são muito fortes.
Talvez não fossem tão fortes no começo do split, mas acho que a Keyd me surpreendeu sim. Porém, já sabia que os times do Brasil que vieram pra cá eram bons, pelo que eu tinha assistido.

Confira, abaixo, a entrevista completa do jogador da Shopify Rebellion.
Como você enxerga a série de hoje? O que faltou para sair com a vitória?
Eu já esperava que ia ser uma série bem difícil. Eu assisti bastante a LTA Sul, então eu sabia que a Red era um time muito forte, que tinha jogadores individualmente muito bons. Achei que o draft ia ditar bastante, principalmente da nossa parte.
A gente precisava ter drafts em que estivesse confortável para jogar o early game, porque eu sentia que, se saíssemos atrás, eles eram um time muito bom em snowballar o jogo. Então, tentamos ir com esse approach durante o draft e durante os jogos. Acho que foi uma série bem pegada.
No jogo 3 e no jogo 5, a gente não teve um draft em que estava tão confortável. Não que fosse ruim, mas não era o ideal para os jogadores que temos. A Red também jogou muito bem o early game na maioria das partidas. Senti que ainda estávamos um pouco afobados e, em alguns jogos, não soubemos jogar muito bem com a nossa composição.

No jogo 5, parecia que vocês estavam com algum receio de criar jogadas. Acha que havia um pouco de medo?
Acho que, no jogo 5, a gente só tinha um draft meio fraco no começo, porque Braum e Maokai não é uma combinação muito boa no início. A Cassiopeia não conseguia jogar muito agressivo, o Jayce também não, porque era fácil morrer para o Nocturne.
Então, senti que no jogo 5 nosso draft era fraco early game e não soubemos lidar bem com isso. Não sabíamos quando poderíamos jogar mais para frente. Esse quinto jogo, a gente simplesmente não fez nada, só assistiu, enquanto eles rodavam bem o mapa. Acho que não soubemos jogar com o nosso draft.

Como foi enfrentar o Frosty e o Rabelo hoje?
O Frosty é um cara que já conheço bem. Já joguei contra ele uns dois, três anos no Brasil. Desde que ele subiu para o CBLoL, eu já jogava contra, então sabia o que esperar. Ele sempre foi muito bom em mecânica, fase de rotas e noção de jogo.
Sobre o Rabelo, é um cara novo. Eu já conhecia ele antes do Free Fire, mas esse é o primeiro split dele no Tier 1. Não sabia muito bem o que esperar da bot lane em si, mas acho que eles jogaram bem as lanes, jogaram bem o mapa.
Não vi nada muito errado, são uma bot lane sólida. Claro, por ser o primeiro campeonato internacional, bate um pouco o nervosismo, mas isso acontece com todos. Em uma MD5 que vale tanto, é natural. Fora isso, acho que eles mandaram bem.

Você citou a Keyd. Acha que eles têm chances contra a Flyquest?
A Flyquest é um time muito bom. É difícil dizer que a Keyd vai ganhar, mesmo sem o Bwipo. Ele é um jogador excelente, mas os outros quatro da FlyQuest também são muito fortes.
O novo top laner, Gakgos, é jovem e com ótima mecânica. Acredito que a Keyd tem chances, mas não muito altas. De longe, a Flyquest é o melhor time daqui. A ausência do Bwipo pesa, mas ainda acho que a FLY é favorita. Isso não significa que seja impossível a Keyd ganhar ou tirar mapas, mas o favoritismo é da Flyquest.

Fazendo um recorte do ano, como você vê o seu desempenho e da Shopify Rebellion?
Quando vim para cá, esperava que a gente não fosse evoluir tão rápido, eu achei que minha adaptação ia demorar mais. No segundo split, começamos mal, mas evoluímos bastante até o final, terminando em terceiro.
As coisas deram certo mais rápido do que eu previa e pensei que ia demorar mais porque estava com jogadores novos, coach e staff nova, em um país novo, tudo era diferente. Mas no segundo split já conseguimos bater de frente com os melhores do NA.
No terceiro split, as expectativas estavam ainda maiores. Tivemos até um começo bom, ganhamos da Cloud9, contra quem não vencemos no split anterior. Mas, nas últimas semanas de treino, não conseguimos aproveitar bem o tempo e ficamos estagnados. Isso deixou um gostinho amargo, porque dava para ser melhor. Mas, no geral, tivemos um segundo e terceiro split bons.

SR à parte, como foi o ano do Denilson? Você tem perspectiva de se manter por mais tempo no NA?
Minha vida aqui é basicamente só LoL, então é difícil falar fora disso. Mas estou muito feliz. No começo do ano, quando tomei a decisão de vir, fiquei ansioso, sem saber se ia dar certo ou se eu conseguiria jogar bem. Essas dúvidas aparecem.
No fim, estou orgulhoso de mim. Tive muitos desafios e acho que lidei bem com eles. Fora da parte profissional, não tenho nada a reclamar.
Foi uma experiência que sempre quis ter. Mesmo antes de ser pro player, queria trabalhar fora (do país), em qualquer emprego. Estou feliz com a oportunidade que tive esse ano e acho que aproveitei bem e não tenho nada de ruim para falar sobre essa mudança.
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