Mais Esports

LTA Sul 2025: “É um time com pressão pra ser campeão”, diz Shini sobre entrada na LOUD

League of Legends

Receba as últimas notícias, resultados e novidades diretamente do seu WhatsApp e Telegram!

A LOUD chegou com mudanças para o 2º split da LTA Sul 2025 e uma delas foi a contratação de Shini, veterano da jungle brasileira que retorna ao topo após um período fora do competitivo.

Em entrevista ao Mais Esports, o jogador falou sobre sua chegada à organização, a pressão por títulos, sua readaptação ao cenário e os bastidores da saída do Fluxo. Assista à entrevista completa:

Como foi ver você com a camisa da LOUD pela primeira vez?

Pior que eu meio que acostumei. Tinha aquelas montagens que o pessoal fazia no Twitter, ano passado já estavam me colocando com a camisa da LOUD. Eu me vi várias vezes com ela, então quando coloquei de verdade e me olhei no espelho, falei: ‘ah, normal já’.

Você já falava bem da LOUD antes mesmo de entrar, né?

Sim, tenho até camiseta da LOUD, eu comprei pra torcer. Já gostava bastante da organização.

Falando da sua pausa no competitivo: você voltou em 2024 depois de quase quatro anos. Mesmo assim, seu nível continuou alto. A que você atribui isso?

Primeiro, eu continuava streamando e jogava soloQ todo dia. Sempre mantive minha mecânica em dia. Segundo, eu gosto muito de LoL, então nunca parei de assistir competitivo. Estava sempre vendo ou fazendo co-stream dos campeonatos. E, por fim, o jeito que eu jogo é muito vocal, eu gosto de jogar o jogo certo. Na soloQ, eu jogava como se fosse competitivo. Full clear, tempo certo, nada de play 50-50. Isso ajudou muito na transição. Só precisei me readaptar ao convívio em grupo e à diferença de nível entre soloQ e jogo profissional. Mas em uma ou duas semanas de treino já estava no ritmo.

E qual sua visão sobre o papel da soloQ no competitivo?

Acho que soloQ é importante, principalmente pra algumas roles. Jungle, por exemplo, eu fico muito tempo só matando bicho, mas pra laner é essencial. Às vezes um campeão aparece na soloQ e começa a chamar atenção pelo desempenho. Então, mesmo que a soloQ brasileira não seja a melhor, você tem que jogar. Se ajudar 1%, já vale a pena.

No ano passado, no Fluxo, você jogou com jogadores que eram novidade pra você. Agora, na LOUD, está ao lado de nomes experientes que você já conhece. Isso muda algo?

Muda sim. Jogadores experientes já sabem lidar com situações dentro e fora do jogo. Feedbacks são melhor recebidos. No Fluxo, às vezes um feedback virava discussão, porque os caras levavam pro pessoal. Aqui, na LOUD, tá tudo bem tranquilo. Eles estão se adaptando bem ao meu estilo, mesmo sendo diferente do Croc. Eu sou mais vocal, gosto de farmar. Mas tá rolando bem.

Como foi a sua saída do Fluxo e toda aquela história com a W7M?

Eu posso falar tudo que eu sei, porque nem sei se isso foi explicado direito. Tinha o Fluxo, que estava montando uma line. Quem estava organizando era o Carlito, o manager. Ele conversou com várias peças e tudo mais. Mas depois ele também foi pego de surpresa, porque ficou sabendo que a W7M ia estar envolvida. A W7M tinha uma line e o Fluxo tinha outra. Aí deu conflito. Eu estava na line do Fluxo, mas a princípio a W7M não queria continuar comigo. Depois que eles tiveram vários problemas, me procuraram no fim da janela e falaram que queriam jogar comigo. Mas, pô, com tudo que aconteceu, fiquei com o pé atrás. Fiquei pensando: ‘vocês me querem porque ninguém mais quis jogar aí?’. Então recusei. Ainda tinha contrato com o Fluxo, mas como não estava jogando, eles acharam melhor encerrar. E pra mim também foi bom, porque queria estar em atividade, como player ou staff. Não queria ficar parado, só vinculado.

Chegou a cogitar parar de jogar e seguir como streamer?

Pensei, sim. Porque foi desgastante. O split foi duro. A gente começou bem, depois só foi ladeira abaixo. Muita briga, muita coisa que eu não concordava. Aí bate aquele pensamento: ‘será que vou achar uma org que faz as coisas do jeito que eu gosto?’. Fiquei com o pé atrás, mas a vontade de competir ainda falava mais alto. Foram quatro anos fora, e depois de voltar, sentir o gostinho de novo… É difícil largar.

Como surgiu o contato com a LOUD?

Começou meio que do nada. A LOUD não tinha ido mal no primeiro split da LTA pra pensar em mudar, então foi surpresa. Eu e o RedBert tomamos um susto com a mensagem: ‘quer conversar?’. Eu nem pensei duas vezes. Antes disso, tinha só especulação de torcida, porque o Croc já ia sair. E rolavam aquelas montagens minhas com a camisa da LOUD. Mas de contato mesmo, não tinha nada. O primeiro papo veio do Sephis. Achei que ele queria saber se eu queria ser staff, porque tinha postado que estava como free agent buscando vaga de staff. Mas depois entendi que era pra ser player mesmo.

O Robô e o RedBert também se envolveram nesse processo de contratação?

Sim. No dia seguinte, o Robô me chamou pra tomar um café e conversar. Dez minutos depois, o RedBert me mandou mensagem perguntando: ‘o que você vai fazer no shopping?’. Eu falei: ‘ué, como você sabe?’. E ele: ‘conversaram comigo também’. Eu nem sabia que ele estava envolvido, fiquei sabendo por ele. Aí o Robô explicou tudo: por que estavam fazendo as mudanças, por que escolheram a gente, o que esperavam de cada um. Falou que sentiam falta de uma voz in game depois que o Croc saiu, e que eu poderia suprir esse papel. Do RedBert, ele falou que o clima fora de jogo era muito melhor com ele. Depois que o RedBert saiu, perceberam o quanto ele era importante nesse aspecto.

Você vê com bons olhos os jogadores participarem ativamente das decisões do time?

Vejo como algo positivo. Mostra que o jogador se importa. Se só o coach ou o manager escolhem, sem feedback do time, pode dar errado. O jogador tem outra visão, conhece gente do cenário, sabe como é no soloQ, tem mais contato direto. O Robô querer conversar comigo antes foi um sinal legal, de que queria entender se a gente combinava.

Mas isso não pode gerar um desequilíbrio na hierarquia? Tipo, o jogador ter mais peso que o técnico?

Acho que o técnico tem que ter a palavra final, sim. Mas não pode ser ditador. No Fluxo teve muita treta com a staff, chegou ao ponto de sugerirem mandar a staff embora antes de uma série. Eu fiquei incrédulo. E mais ainda quando teve jogador que achou uma boa ideia. Isso não existe. O time precisa de alguém de fora pra organizar, guiar. Não dá pra ser 100% jogador mandando em tudo.

Hoje, com Sephis e SrVenancio, sente que essa estrutura está funcionando?

Sim. Está todo mundo opinando, conversando bastante. Não tem um super líder, está tudo sendo construído no consenso. Pode ser só o começo, aquela fase de ‘lua de mel’, mas está indo bem. A vibe está legal, e espero que continue assim.

Como está a sua sinergia com o Robô dentro do jogo?

A gente tá se acertando ainda. O Robô, às vezes, principalmente em treino, gosta de levar a matchup até o limite pra aprender e ver o que acontece. Então realmente tem muitas situações em que ele flipa. Eu e o Tinowns somos jogadores mais seguros, então às vezes ele fica 2/10 no treino e fala: ‘galera, é treino, no stage vocês vão ver’. Porque eu nunca joguei com ele no stage ainda. Eu digo: ‘vamos ver então’. Mas tá tranquilo por enquanto. Às vezes a gente discute, mas normalmente chegamos num consenso, tipo: ‘Robô, espera mais, joga só na wave’. E ele concorda. Eu não conhecia ainda esse Robô que dizem que não aceita feedback. Tá sendo bem tranquilo trabalhar com ele.

Então você enxerga seu papel na LOUD como alguém que traz mais disciplina?

Acho que sim, um pouco. Mas também não pode ficar tudo engessado. Ter um jogador mais fora da caixinha é importante às vezes. Quando o jogo tá difícil, alguém precisa fazer algo diferente. E o Robô é esse cara. Nos treinos, quando o jogo trava, ele diz: ‘tá esquisito, galera, vou bater na T2. Se vierem, eu vou lutar’. E normalmente dá certo. Então tem que ter esse balanço, e com o tempo a gente vai ajustando isso.

Quer deixar um recado pra torcida da LOUD?

Queria mandar um beijo e um abraço pra torcida. Sei que muitos estão estranhando a mudança, mas dá um tempinho pra gente. Eu e o RedBert vamos conquistar o coração de vocês. A gente sabe o que vocês querem: vitória. E estamos aqui pra isso. Jogamos há muito tempo e sabemos como agradar a torcida. Pode deixar que vamos vir forte.

Tem pressão por título nesse time?

Ah, com certeza. Quando você entra numa org igual a LOUD e tem jogadores como os que temos, ainda mais experientes, é um time pra ganhar agora. Não é um time pra desenvolver, é pra vencer sempre.

Estreia da LOUD na LTA 2025 2° split

A LOUD estreará na LTA Sul 2025 2° split contra a RED Canids no dia 5 de abril, disputando o último jogo do dia.

Para saber mais sobre a competição, acompanhe a cobertura completa da LTA Sul 2025 2º Split, com calendário de jogos, formato, resultados, escalações e outras informações aqui no Mais Esports, além de votar nos times que vão vencer cada jogo no Bolão Mais Esports!

Receba as últimas notícias, resultados e novidades diretamente do seu WhatsApp e Telegram!

Bruno Rodrigues

por Bruno Rodrigues

Publicado em 28 de março de 2025 • Editado há 4 dias

Matérias Relacionadas
League of Legends
LPL 2025: Top Esports e Invictus Gaming dominam 1ª fase do torneio
League of Legends

LPL 2025: Top Esports e Invictus Gaming dominam 1ª fase do torneio

A primeira fase da LPL 2025 2º Split chegou ao fim, com a Bilibili Gaming e a Top Esports terminando invictas no torneio até aqui.

Há 4 horas
League of Legends
LoL: “Porque vocês não protegem a jungle no nível 1?”, desabafa jogador
League of Legends

LoL: “Porque vocês não protegem a jungle no nível 1?”, desabafa jogador

Esse usuário do Reddit questionou a comunidade de League of Legends sobre quais motivos alguns jogadores não protegem a jungle.

Há 21 horas
League of Legends
LoL: Nem o kite perfeito de uma Ashe é capaz de parar este campeão
League of Legends

LoL: Nem o kite perfeito de uma Ashe é capaz de parar este campeão

A Ashe tem muito alcance, Velocidade de Ataque, Lentidão e com um kite perfeito poderia sobreviver contra qualquer campeão... menos esse em específico!

Há 21 horas
League of Legends
Circuito Desafiante 2025: “Acreditei que tinha nível”, diz Leleko sobre vaga na LTA
League of Legends

Circuito Desafiante 2025: “Acreditei que tinha nível”, diz Leleko sobre vaga na LTA

Jogador do Corinthians E-Sports, Leleko concedeu uma entrevista exclusiva ao Mais Esports sobre o seu retorno ao Tier 2.

Há 22 horas
League of Legends
LoL: Você já passou por esse azar no Modo Arena?
League of Legends

LoL: Você já passou por esse azar no Modo Arena?

Existem formas e formas de ser azarado no Modo Arena, mas alguns jogadores passaram por um que é surreal. Tudo culpa do Trundle como convidado de honra?

Há 23 horas
League of Legends
LEC 2025: Rogue de Malrang começa o 2º split perdendo duas séries
League of Legends

LEC 2025: Rogue de Malrang começa o 2º split perdendo duas séries

Malrang saiu do Brasil com uma performance bem abaixo e está sendo punido ao longo de todo o ano de 2025 na LEC. O início do 2º split reflete a dificuldade.

Há 1 dia