Alcançar o topo da soloQ não é uma tarefa fácil nem mesmo para os jogadores profissionais, agora imagina para um suporte? Contrariando a “lógica” o coreano Kim “Olleh” Joo-sung, que caiu nas graças da torcida brasileira quando atuava como suporte da paiN Gaming e atualmente está na Immortals, foi um dos que conseguiu essa façanha jogando a maioria das partidas em sua lane de origem.
Em entrevista exclusiva para o Mais e-Sports, Olleh falou sobre sua adaptação nos Estados Unidos, melhora da Immortals neste split, desempenho dos times brasileiros no Mundial, possibilidade de vencer os coreanos no Worlds e também sobre a função de suporte.
Assim que chegou aos Estados Unidos, Olleh conta que foi surpreendido pelo profissionalismo do cenário e se deparou com dificuldades impostas pela barreira de linguagem. Segundo o suporte, tanto dentro como fora de jogo, existem palavras que ele ainda não conhece e o mesmo está trabalhando para aprendê-las o mais rápido possível, principalmente as que são usadas dentro de jogo nas teamfights.
Perguntado sobre a melhora da Immortals neste split, Olleh revelou que uma mudança de mentalidade e a união dos jogadores pode explicar os bons resultados da IMT em relação ao último split.
“É tudo sobre a nossa crença no time, já que no último split nós não éramos um time. Nós não achamos que alguém carrega o time, nós acreditamos um no outro e os jogadores estão se ajudando a melhorar cada vez mais”, revela o coreano.
Quando o assunto foi se ele achava possível que o cenário norte-americano poderia bater de frente com os coreanos no Mundial de League of Legends, Olleh lembrou da derrota da LCK para a LPL no Rift Rivals e disse que depois disso percebeu que se a equipe continuar evoluindo como um conjunto, eles serão capazes de vencer os coreanos.
Por conta de todo o hype causado pelo 1º lugar na soloQ, perguntamos ao suporte coreano, quem ele enxerga como melhor suporte da LCS NA até o momento. Político, Olleh disse que “não existe um melhor suporte até que a competição chegue ao fim”, mas ao insistir na pergunta e também ao, o jogador respondeu:
“Tenho mais dificuldade em jogar contra o Smoothie (suporte da Cloud9), porque ele joga em torno do time e não sozinho, então individualmente eu não posso vencê-lo. Mas acredito que o principal adversário da Immortals na competição, seja a TSM”, cravou Olleh.
A importância do suporte
Durante a entrevista, buscamos saber mais sobre o feito de ter alcançado o 1º lugar na soloQ atuando a maioria das partidas como suporte e diante das perguntas, Olleh deixou uma mensagem para todos seus “companheiros de rota”.
“Normalmente as pessoas não acreditam que um suporte pode carregar. Mas um suporte pode ser o diferencial numa partida, assim como as outras roles. Então se eu tenho uma mensagem para passar é para que vocês acreditem na role de suporte, você é aquele que se sacrifica pelo seu time, poucas pessoas podem fazer isso. Você é especial”, ressaltou o jogador.
Contato com o Brasil e mensagem para os fãs brasileiros
Olleh atuou no Brasil, mais precisamente na paiN Gaming entre março e dezembro de 2014, onde teve boa passagem e conquistou a torcida brasileira. Durante a conversa, o suporte disse que nos dias de hoje não tem mais contato com ninguém do Brasil, mas que até meses atrás conversava com seu antigo companheiro de time, Gabriel “Kami” Bohm e que sempre que tem tempo livre, ainda assiste as streams deles.
Questionado se os jogadores brasileiros teriam sucesso na LCS NA, Olleh disse que acompanhou sirT e Baiano e que ambos estavam indo bem, mas que precisam de tempo para se adaptar a cultura NA e também ao estilo de jogo da região. Já quando o assunto foi o desempenho dos times brasileiros no Mundial, o suporte disse acreditar que o problema está nos treinos.
“É tudo ligado as scrims. Se o Brasil fosse mais sério e praticasse mais, ele criaria sua própria força. Quando eu estava no Brasil, eu sempre queria scrimar mais”, revela Olleh.
Ao final da entrevista, Olleh deixou um recado para os fãs brasileiros:
“Eu sempre fui grato aos meus fãs brasileiros. Algumas pessoas me esqueceram, mas ainda existem vários que lembram de mim e eu gosto muito disso. Eu amo a cultura e o povo brasileiro, então espero um dia vê-los de novo”, finaliza o suporte.
Veja: Como Olleh ficou em primeiro lugar na soloQ jogando de suporte