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SK Gaming – Um plantel repleto de potencial já colhendo bons frutos

League of Legends

Desde que retornou à LEC em 2019, a SK Gaming é um fértil celeiro para jovens jogadores europeus. Grandes nomes com relevância competitiva, como Selfmade e Crownshot, outros como Zazee, Sacre, Jenax e Limit tiveram sua primeira oportunidade na elite do League of Legends do velho continente dentro da organização de origem alemã.

Nesta primeira etapa de 2021, não poderia ser diferente: três dos cinco integrantes do elenco (Tynx, Jezu e Treatz) são novatos e os outros três (Blue e Jenax) são nomes com pouca bagagem e pouco tempo de carreira, com Jenax sendo o único remanescente do ano anterior na equipe. Além disso, são comandados por um técnico (Jesiz) que tem o devido conhecimento em como lidar com a respectiva evolução de atletas, por conta da sua vitoriosa experiência na liga regional francesa, no time da LDLC especificamente.

Fase Regular

Durante as três primeiras semanas da liga, a SK apresentou desempenhos irregulares frente aos seus oponentes. A partir da quarta semana, Treatz e companhia embalaram uma sequência de vitórias, que se encerrou três semanas depois. Nesse período, tiveram o seu pico de atuação dentro do campeonato, com vitórias consistentes sobre MAD, Schalke e Excel e, assim, conquistando o status de possível “contender”.

No entanto, no final da etapa, a organização alemã sofreu um baque de cinco resultados negativos consecutivos, que quase a retirou dos playoffs e gerou alguns questionamentos sobre a qualidade coletiva e o quão sólidas foram as condições que garantiram suas vitórias. Ademais, por conta dos últimos resultados, a equipe chega aos playoffs sem o favoritismo a seu favor.

Estilo de Jogo

Em comparação aos adversários que alcançaram o playoff, a SK Gaming possui o menor aproveitamento nos momentos iniciais do jogo. Em números, isso representa o pior early game rate (39,6), a maior diferença de ouro negativa aos 15 minutos (-772) e a pior taxa de controle do primeiro dragão (36%). Isso se deve a alguns fatores: o perfil de escolhas realizadas por Blue (mid-laner) e a forma na qual ele encara os match-ups; as estruturas das composições utilizadas pelo elenco; e a ideia de atuar em torno de picos de força.

A maioria das escolhas feitas pelo jogador da rota do meio pertence a categoria de magos de controle e, diferentemente das outras equipes do campeonato, a abordagem dele em relação aos match-ups não é a de manter o controle da rota para habilitar seu caçador, e sim absorver pressão para defender – ou atacar – e gerar conforto às suas rotas laterais, especificamente a rota inferior, que tende a funcionar como principal condição de vitória. Essa postura faz com que a equipe não brigue muito por campos ou objetivos no início de partida e, dessa forma, conceda determinadas vantagens aos rivais.

Ao entrar no ponto das composições, é muito comum ver a SK optar por ideias de lutas sólidas, onde há a possibilidade de atuar no front-to-back ou a de ameacar a backline adversária através de iniciações rápidas. Os campeões escolhidos alcançam seus picos de força a partir de dois itens, ao redor do minuto vinte e dois. Geralmente, Blue tem em mãos a escolha que completa a estrutura geral da composição: campeões que possam controlar terreno, que possuem habilidades que controlem a frontline adversária e que, ainda assim, funcionem de forma versátil ao aplicar dano e dê follow-up nas lutas, como Azir e Viktor.

Entretanto, o principal segredo das teamfights encontra-se na dupla que forma a rota inferior: Jezu (ADC) e Treatz (suporte). Com a função de iniciador primário, o suporte sueco é o responsável por encontrar janelas para iniciar combates cinco contra cinco ou skrmishes, além de buscar posições agressivas no 2v2; enquanto o atirador francês possui a responsabilidade de ser uma fonte importante de DPS.

Jenax (top-laner) e Tynx (jungler) são dois jogadores sólidos que realizam positivamente suas funções dentro da partida. Na maioria das vezes, o top-laner executa a posição de lado fraco no mapa e, independente disso, consegue ser bastante relevante através dos teleportes e ao ser uma fonte terciária de DPS ou ao mitigar dano para proteger seus carregadores. E o caçador dinamarquês é capaz de, mesmo em condições ruins durante os jogos, causar dano e manter-se consistente em farm, em experiência e em ouro.

Dentro de um contexto macro, a SK Gaming é muito inteligente para explorar brechas concedidas pelo adversário, seja um lane assignment ruim ou falhas no controle de visão. Grande parte de suas vitórias no campeonato surgiram da competência em forçar erros ou se aproveitar de erros não forçados nos confrontos.

Por conta da sua grande consciência de mapa, Treatz é o principal responsável por explorar as janelas deixadas pelos rivais. Seu trabalho ao encontrar brechas de visão e controlar a fog é perfeito e foi o maior segredo por trás do sucesso da equipe alemã durante a fase regular, principalmente no momento em que o time alcançou seu pico de atuação.

No lance abaixo, Treatz pune a contestação da onda de minions, sem a visão devida, por parte dos adversários, assim gerando um pickoff a favor de sua equipe

Imagem: Reprodução

Na imagem da sequência, Treatz é responsável por elaborar uma iniciação ao explorar a brecha concedida pelos inimigos, que não controlaram o terreno do barão e o flanco corretamente.

Imagem: Reprodução

Já na sequência, diferentemente dos outros momentos, aqui, dentro do pico de força da Kalista, a SK força o erro do adversário ao criar uma janela de visão e, consequentemente, gera um pickoff no fim da jogada

Imagem: Reprodução

Expectativas para os playoffs

Como citado acima, a organização alemã não entra para o confronto contra Fnatic como favorita. Não somente pelos últimos resultados apresentados pela equipe, mas também pelo choque de estilos existente no combate. Enquanto a SK apresenta um início de jogo menos combativo e um baixo controle dos campos da selva (46,9%) – o mais baixo entre as equipes no playoff -, seus adversários demonstram um grande volumes de ações cedo na partida e um altíssimo controle dos campos, o terceiro maior da liga. Além disso, Selfmade (jungler da Fnatic) possui a maior diferença de CS e o maior CS por minuto da liga, na posição.

Posto isso, os duelos mais desequilibrados que Treatz e companhia tiveram no campeonato foram contra times que se utilizaram da pressão da rota do meio, o apoio do suporte e a presença do caçador para invadir a selva, roubar campos e colocar Tynx em uma situação muito desvantajosa. Até mesmo na partida do returno, contra Mad Lions, onde venceram, seus adversários conseguiram criar uma estrondosa vantagem de 5k500 de ouro aos 20 minutos de partida.

Indo mais além, a SK Gaming perdeu seus dois confrontos contra a Fnatic na fase de pontos. Ambas partidas tiveram caráter unilateral, onde a organização inglesa não concedeu chances à SK e negou absolutamente seu ponto forte: forçar erros dentro de brechas de visão. Nesse aspecto, o time heptacampeão europeu foi bastante sistemático e respeitou corretamente o jogo por etapas: adquiriu prioridade da rota do meio e da rota lateral para qual o controle seria voltado, organizou-se em bloco e dominou o território por completo, assim negando janelas de visão onde Treatz pudesse explorar através da fog.

Apesar do final de etapa ruim, o saldo desse primeiro split para SK é bastante positivo. A equipe conseguiu um pico de atuação realmente satisfatório durante algumas semanas e alcançou a classificação para o mata-mata. O feito fica ainda maior quando se leva em conta que esse é um plantel repleto de jogadores jovens que estão no início de sua curva de desenvolvimento e que ainda apresentam muito potencial. Vencer da Fnatic não é obrigação, mas é bastante plausível – mesmo que difícil – para os bons jogadores que integram esse elenco.

Podela

por Podela

Publicado em 25 de março de 2021 • Editado há 3 anos

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