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Streamer: A profissão que é presente do futuro

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Por que será que tantos jovens têm o desejo de se tornarem streamers? A Betway, site de eSports bets, escreveu um artigo em seu site onde debate esta questão. Talvez a ideia de “ganhar dinheiro jogando” e também de ser famoso no meio da internet sejam pontos muito atrativos, além da possibilidade de receber em dólar, num momento em que a moeda norte-americana se encontra em alta, o que poderia dar um estilo de vida confortável.

Porém, antes de falarmos de futuro, temos que falar do passado.  O primeiro “streamer” do mundo surgiu em 1993, nos Estados Unidos, onde Zot the Avenger apresentava um programa chamado “Video Games and More”, em um canal de TV local. Enquanto ele jogava, ele atendia telefonemas dos espectadores, algo que lembra a atuação de um streamer de hoje.

Uma década depois, Emmett Shear e Justin Kan pegaram esta ideia e a moldaram para a internet, que já estava a todo o vapor. Com isso, foi criada a Justin.tv, em 2007, com o objetivo de democratizar o conceito e qualquer pessoa poderia ser um astro da TV. Quatro anos depois, a dupla lançou uma outra plataforma: a Twitch.

O grande boom do mercado de stream no Brasil, porém, não começou já nessa época. Apesar de muitos assistirem às lives de grandes personalidades, como Fallen, brTT, Yoda, entre outros, ainda não havia esse desejo dos espectadores se tornarem criadores. Isso começou, de fato, com a criação de grandes jogos mobile, o que abriu uma enorme gama de possibilidades.

Fato é: ter um PC e uma conexão com a internet capazes de suportar o jogo e a transmissão ao vivo, no nosso país, não é fácil para todos. Portanto, com a criação e explosão do Free Fire, num primeiro momento, além do Wild Rift e PUBG Mobile, junto com a criação da plataforma BOOYAH!, aí sim o mercado pegou fogo com novos criadores.

Com a junção de jogos gratuitos, como o próprio Battle Royale da Garena, com a plataforma focada em jogadores mobile e de fácil acesso, isso sem falar em personalidades enormes que surgiram e atuam neste meio, como o fundador do Fluxo e campeão mundial de Free Fire, Nobru, viu-se a possibilidade de muitos, antes desamparados por não poderem comprar seus jogos, ou ter um PC potente, também se tornarem streamers.

Além da democratização tecnológica, é inegável que novos criadores também são impulsionados por grandes nomes do meio que chegaram ao sucesso absoluto, como é o caso de Nobru, já citado, e também de Gaules e Casimiro. São nomes enormes, que atraem uma grande quantidade de espectadores e patrocinadores.

Gaules, por exemplo, foi o primeiro brasileiro a receber autorização de transmitir uma corrida de Formula 1 em seu canal. Ele também faz transmissões de jogos da NBA, algo totalmente sem precedentes. Cazé é outro, já que consegue transmitir jogos do Campeonato Brasileiro e outros torneios de futebol.

Contudo, nem tudo são flores. O trabalho de streamer ainda não é regularizado, o que leva aos pequenos criadores, ávidos por reconhecimento, a ficarem centenas de horas a cada mês fazendo lives, mas sem ou com pouquíssimo retorno, como é o caso de BelaBM, que em entrevista à Betway, comentou sobre a dificuldade de conciliar a criação de conteúdo com a vida pessoal, e por vezes, até outro emprego.

“Nessa época eu acabo negligenciando meus amigos, mas hoje procuro um equilíbrio melhor”, explica. “Eu sonho em um dia viver só de stream, eu acho que é possível. Eu me esforço, sou muito dedicada, tento não desmarcar minhas lives, mesmo quando estou com dor de cabeça” […]“Ser streamer é uma profissão, dá trabalho, e cada vez mais precisamos estar mais qualificados”, completa Bela.

A vida do pequeno criador, que já era difícil antes, ficou ainda mais complicada depois das mudanças feitas pela Twitch, em 2021, de diminuir os valores dos subs. Grandes criadores, que possuem contratos com organizações de Esports e patrocinadores, puderam se blindar desta alteração, mas os pequenos criadores sofreram.

Por isso, TheDarkness, outro criador ouvido pela Betway, não recomenda que novos streamers abram mão de um trabalho formal. “Tente conciliar os dois, mesmo fazendo menos horas de streaming. É o emprego dos sonhos, mas é uma montanha-russa no começo, então você nunca sabe se vai ter condições de pagar as contas no final do mês quando você tá começando.”

Porém, qual o segredo para crescer? “Divulgar, divulgar e divulgar mais ainda.” É importante estar presente em diversas mídias, como o próprio Darkness explica: “fez uma jogada engraçada? Acha que o pessoal vai gostar de compartilhar com os amigos? Posta no Instagram, Twitter, joga no Whats, grupos do Face, marca os streamers. Aos poucos você vai gerar interesse do público em assistir seu conteúdo.

É o que faz Caio Bap, que viralizou no Tik Tok ao gravar vídeos de pessoas reagindo a “presentes” nas lives. Ele também ajuda doando banners, logo, uma transição que seja, para pequenos criadores de conteúdo.

“Eu me inspirei num video de um gringo que eu vi, fazendo doaceos de banners para pessoas aleatórias na internet. Eu assisti e gostei daquilo, mas pensei,vou fazer do meu jeito. Porque além de querer ajudar pessoas, eu queria achar histórias interessantes”, explica.

Em resumo, divulgue, apareça, se mostre. E quando as pessoas forem à sua live, esteja animado para cativar o novo espectador e fazê-lo voltar. Transmita o que quiser, foi-se o tempo de que para ser um bom streamer você tinha que se dedicar a um jogo específico e ser bom nele. Desde um jogo do Vasco a uma corrida de F1, ou até mesmo cozinhando e fazendo churrasco, o importante é criar conteúdo e ser cativante.

Enquanto surgem milhões de novos criadores a cada ano e a indústria se valoriza – especulações dizem que chegará a 224 bilhões de dólares até 2028 – ainda há muito espaço a ser explorando, ainda mais se considerado o tempo de vida de jogos eletrônicos e do streaming em si.

Outra prova deste grande espaço ainda inexplorado é que até mesmo grandes astros de esportes tradicionais, como Neymar, também dedicam um pouco do seu tempo para lives, já que isso o aproxima do seu público. Além disso, só no Brasil, 27% dos jogadores já buscam por serviços de streaming para compartilhar experiências, seja de forma profissional ou amadora.

Com novas tecnologias e iniciativas surgindo, podendo dar mais acesso a este novo emprego para mais pessoas de diferentes contextos sociais, não seria estranho dizer que, com o tempo, será mais comum as crianças quererem ser streamers a médicos, engenheiros, advogados, etc. 

Foi-se o tempo onde jogar video-game era somente um passatempo, agora é também uma forma de juntar as pessoas e criar uma comunidade. Hoje, jogar também é um estilo de vida.

Redação Mais Esports

por Redação Mais Esports

Publicado em 16 de maio de 2022 • Editado há 2 anos

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