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VALORANT: “Foco do Tier 2 é desenvolvimento, não estabilidade”, diz Leo Faria

Valorant

Calendário inconsistente, tomadas de decisões duvidosas e polêmicas consecutivas movimentaram o cenário competitivo de VALORANT nas últimas semanas. No Champions 2023, o Mais Esports realizou uma entrevista exclusiva com o diretor global de esports para VALORANT, Leo Faria, para buscar respostas do ecossistema para 2024.

Confira os principais destaques da entrevista a seguir.

Antes de assumir a posição no VALORANT, Leo Faria também havia sido o diretor global de esports para League of Legends: Wild Rift, modalidade que nasceu com muita atenção e, após diversos problemas, hoje conta apenas com ações focadas em poucas regiões.

“Tivemos alguns passos forçados no Wild Rift, mas todo mundo lutou muito para fazer dar certo. Houveram investimentos significativos, mas não funcionaram, e tivemos que mirar o foco para a Ásia. O grande aprendizado para o VALORANT é dar à comunidade o que querem, e não algo forçado, conquistar as pessoas de maneira orgânica”.

A Riot Games implementou a Liga Internacional em 2022 e a iniciou no ano seguinte. Diferente do que acontece no Counter-Strike e Rainbow 6, a desenvolvedora optou por trazer o modelo de cenário fechado, ou seja, a Riot é responsável pelas competições e calendário do ano, sem presença de organizadoras parceiras ou terceiras (como BLAST e ESL), semelhante ao League of Legends. Como balanço geral, Leo Faria afirmou estar contente com o funcionamento da Liga.

“O principal foco da Riot, levando em consideração os aprendizados com doze anos de League of Legends, é entender que precisamos fornecer às organizações parceiras um modelo sustentável dentro das nossas ligas. Isto é: oportunidades de investimentos, estabelecer-se em uma região, fechar parcerias, etc. Isso só aconteceria em um cenário fechado em modelo de franquias, dando segurança de investimento às equipes em um longo prazo”.

É o primeiro ano das franquias, e achamos que está funcionando super bem.

“O VALORANT foi uma tentativa de ter o melhor dos dois mundos, a segurança do circuito fechado (Franquias/Tier 1) e a oportunidade de novas equipes fazerem parte disso (Torneios Regionais/Tier 2). Por isso temos Challengers e Ascension, exatamente para novos times e jogadores aparecerem. No fim das contas, os melhores jogadores vão de alguma forma estar no Tier 1 porque os times vão querer contratá-los. Este é o primeiro ano das franquias, e achamos que está funcionando super bem, mas estamos dispostos a mudar, ajustar o sistema”.

Head Global de VALORANT, Leo Faria
Leo Faria no Media Day do VALORANT Champions 2023 (Photo by Stefan Wisnoski/Riot Games)

O papel do Challengers no VALORANT: Desenvolvimento de novos talentos

No dia 23 de agosto, a Riot Games anunciou o novo calendário para 2024, com um novo formato de campeonatos. Especificamente sobre o Challengers (Tier 2), a desenvolvedora recebeu críticas das regiões. A escolha de adicionar mais um split na offseason, a troca de jogadores entre Tier 1 e Tier 2, são algumas mudanças para o próximo ano anunciadas pela Riot.

Além disso, na coletiva de imprensa com os diretores do VALORANT, o Mais Esports questionou Leo Faria sobre a alternativa da Riot para facilitar o treinamento entre os jogadores da região brasileira e os times franqueados. Isso porque o VCT Américas acontece em Los Angeles, nos Estados Unidos, impossibilitando geograficamente essa experiência, vivida pela região NA e LATAM.

O Mais Esports voltou a questionar Leo Faria sobre a insatisfação de organizações brasileiras com a resposta vista acima, ao qual o diretor global de esports do VALORANT respondeu:

“Quando o sistema foi criado a ideia era ter a liga internacional ao mesmo tempo das ligas regionais. Então, a ideia não é de que o VCT Americas seja uma liga de Los Angeles, e, por acaso, contenha três times brasileiros. Ela é brasileira, latino-americana e norte-americana. É inevitável não colocar a maior parte da nossa energia para que o VCT Americas seja uma liga para todos os fãs das regiões”.

“Se essa é a proposta, o Challengers chega para desenvolver talentos. Estamos mais do que nunca focando no Tier 2 como uma ferramenta para isto. É claro que ninguém gosta de ver as organizações saindo do cenário, mas estamos sempre em conversa com eles, mas por vezes criam expectativas irreais”.

O Challengers vem para desenvolver talentos […], mas por vezes as organizações criam expectativas irreais.

“Discutimos com organizações que deixaram o Tier 2, e a esperança deles era receber uma contribuição financeira por estarem presentes no Challengers, como, por exemplo, compartilhar receitas de itens vendidos no jogo, ações que fazemos para as Franquias. É muito difícil a Riot conseguir fazer este mesmo investimento em todos os níveis da modalidade, por isso focamos nos melhores jogadores e times do mundo”.

Imagem da The Union após conquistar a vaga no Ascension
The Union após vencer o Challengers Brasil (Foto:Bruno Alvares/Riot Games)

Para Leo Faria e a Riot Games, é importante que as equipes que disputam as ligas regionais entendam que estar presente no Tier 2 é uma aposta de alto risco, mas que também contém altas recompensas. O diretor ainda cita que a falta de estabilidade do Challengers já é algo previsto por se tratar de uma liga de desenvolvimento de talentos.

“Vimos que muitas organizações entraram para o Tier 2 com o pensamento de se estabelecer e disputar as ligas regionais por diversos anos, mesmo que não conquistem a promoção para as Franquias, mas isso vai de contramão do que pensamos. Esta não é a nossa visão, e não buscamos estabilidade no Tier 2, que seja uma liga que equipes disputem por diversos anos, e sim que elas desenvolvam talentos, que seja um passo para o VCT Americas”.

“Estamos fazendo algumas mudanças de regras e formatos que levem todos nesta direção de desenvolvimento para as Franquias. O foco é e sempre será o VCT Americas, e esta é a natureza da modalidade”.

Não buscamos estabilidade no Tier 2, e sim que seja uma liga que desenvolva talentos para o VCT Americas

Falta de campeonatos de VALORANT além do circuito oficial tem preocupado organizações e jogadores
Falta de campeonatos de VALORANT além do circuito oficial tem preocupado organizações e jogadores (Foto: Divulgação/Riot Games)

Apesar das críticas e das insatisfações das organizações com o calendário da Riot Games, Leo Faria afirmou que todas as questões foram levadas até os times e a desenvolvedora sempre buscou clareza com as equipes que estivessem no Challengers.

“Sempre tentamos passar clareza a todas as organizações do propósito do Challengers Brasil e as outras 23 ligas regionais ao redor do mundo. Sempre tivemos conversas próximas com os times, mas falhamos e levaremos como aprendizado o fato de esperarmos até próximo do final do campeonato atual para anunciar algumas mudanças, como está sendo o caso de agora, no qual anunciamos mudanças nesta reta final de Champions 2023”.

“A season terminou, existiam vários times e jogadores sem saber qual seria o futuro. Isso colocou todos em uma situação difícil porque se você não sabe o que vem em seguida ocorre uma frustração, então é uma lição para a Riot. Tentamos ouvir essas críticas porque sabemos que as pessoas só reclamam das coisas que são verdadeiramente importantes para elas”.

Muitos jogadores e organizações nativas de outras modalidades apostaram no VALORANT pelo sucesso que a Riot Games conquistou em suas ações em profissionalizar os esports com o League of Legends. No final deste ano, o consenso é de desapontamento, inclusive da comunidade. Para finalizar, o brasileiro expôs a compreensão com a frustração e citou o foco na comunidade, contando com o apoio de jogadores e organizações para criar um esport duradouro.

“No fim das contas o VALORANT é um dos jogos mais competitivos do mundo, é muito difícil chegar ao topo e entendo a frustração das pessoas que querem participar. O caminho está aberto para serem criadas novas oportunidades, mas não vai ser fácil. Precisamos dar um passo para trás e entender que o esporte é construído para os fãs, não para as organizações e para os jogadores, isso porque eles constroem tudo isso conosco, e sem a comunidade não existe nada para ninguém”.

Opinião do Mais Esports

Bruno “Butcher”, editor-chefe

Apesar de citar a clareza interna da Riot de o Tier 2 ser uma liga de desenvolvimento, este fato ainda não é algo que traz segurança ou estabilidade para as ligas regionais, e sem o investimento destas organizações, não há qualquer chance de novas estrelas despontarem. A ideia de que cinco amigos sem estrutura, jogando de suas casas, conquistem uma vaga no VCT Américas é, no mínimo, irreal.

Estabilidade gera investimento, e investimento gera talentos. Nunca uma parte sem a outra, e, neste quesito, falta à Riot a visão para desenvolver a própria liga que querem que desenvolva talentos.

Para finalizar, nesta semana seguinte à final do Champions 2023, a The Guard, equipe norte-americana que venceu o Ascension e conquistou a tão sonhada vaga na franquia americana do VCT, ficou de fora após um comunicado da Riot dizer que a organização havia falhado em cumprir requisitos e prazos pré-estabelecidos.

A comunidade de VALORANT internacional, indignada, criticou a decisão da desenvolvedora, que publicou atualização através do diretor global Leo Faria, que havia “ouvido as críticas da comunidade” e estariam repensando o caso. Afinal, a The Guard passou pelo alto risco, mas não está colhendo a grande recompensa.

Leo Faria é o novo líder global de esports de VALORANT
Leo Faria é o novo líder global de esports de VALORANT (Divulgação/Riot Games)
Raquel Ferreira

por Raquel Ferreira

Publicado em 01 de setembro de 2023 • Editado há 11 meses

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