VALORANT Masters Berlin: heat fala sobre mentalidade de treinos e evolução da Keyd

A campanha brasileira no VALORANT Masters Berlin chegou ao fim com a queda da Vivo Keyd para a KRU Esports com o placar de 13×11 nos dois mapas. Depois da série, heat conversou com o Mais Esports e falou da sensação da eliminação e do quase.

“A vida é assim. Não foi agora, mas daremos nosso melhor no próximo e acredito que sairemos muito bem. Nosso nível de time melhorou muito durante nossa fase em Berlim, crescemos de uma forma gritante. Esse é só o começo, é uma derrota que não muda muito na nossa cabeça, pesa um pouco sim, porém é bola pra frente e focar no nosso próximo objetivo para chegar forte”.

Na Split, primeiro mapa da série, heat quase venceu dois clutches. Na primeira oportunidade, a Spike foi defusada pela KRU faltando menos de 1s. Na outra jogada, heat não eliminou o adversário por detalhe.

“Acredito que [os clutches perdidos] não pesam muito, acho que de fato jogamos um pouco mal em determinadas situações, mas com certeza [não vencer os clutches] faz diferença. Tiveram três lances assim que a gente perdeu, acho que fui eu nos três inclusive, no entanto não é algo negativo que impactou nosso jogo. Perdemos coletivamente, infelizmente é assim que acontece, demos uma afobada e acabamos derrotados”, disse heat.

Na Haven, a Keyd começou dominante. Os brasileiros abriram 10×4 no placar, mas sofreram a virada. heat apontou a falta de treino como um fator que atrapalhou e comentou sobre o nível baixo de treinos no Brasil.

“Acho que faltou um pouco de preparação pro nosso lado de ataque na Haven. Pecamos nas rotações para confundir os jogadores da KRU, não fizemos isso bem. A falta de treino no mapa também foi um problema, nós viemos com um plano diferente para Berlim e só treinamos duas Haven. Não acho que foi um fator crucial, atrapalhou um pouco sim, mas dava para ter ido melhor”.

“Nós treinávamos bastante Haven no Brasil, mas nem se compara com o nível de treino daqui. Aqui se nós treinarmos duas Haven vale como 15 no Brasil. O nível é totalmente diferente, pessoal leva muito mais à sério e acredito que isso é um fato pelo qual o Brasil demora muito a evoluir. A gente no Brasil não leva muito à sério os treinos e quando mudarmos essa mentalidade vamos nos sair melhor. Não falo pelo nosso time só, mas a comunidade no geral”, continuou.

Desempenho individual

Depois da eliminação, heat publicou que vinha sofrendo com dores no pulso. O jogador, que teve um desempenho individual abaixo em comparação com suas performances nas partidas recentes, falou sobre como as dores o afetou.

Chegando no Brasil vou começar a tratar os meus dois pulsos, depois do jogo contra a zeta senti muita dor e durante a maior parte do campeonato também, sei que isso não muda nada para muitos mas é isso galera, obrigado de verdade!

— VK heat 🇩🇪 (@heatfps) September 15, 2021

“Essas dores no pulso vêm acontecendo há um tempo já e eu venho me blindando, não tive tempo para fazer um tratamento a longo prazo. Chegando no Brasil vou começar a tratar isso e acredito que pesa um pouco sim no meu individual. Depois do jogo contra a ZETA senti bastante dor no braço esquerdo”.

“Como já falei em muitas entrevistas, eu não sinto peso [da partida]. Acontece, hoje joguei mal e não tem o que fazer. Nem todo mundo mata 30, 40, 50 todas as vezes, é muito difícil, e mesmo sabendo que não estava jogando bem, dei o meu melhor pelo time, mas infelizmente perdemos. Agora é bola para frente e focar no Champions”, afirmou.

Na publicação, heat também falou de que a Keyd teve “tantas coisas tentando tirar o nosso foco”. Questionado se o caso de agressão de ntk, no qual o jogador agrediu a ex-namorada em 2015, que se tornou público há poucos dias foi um desses problemas, heat preferiu não comentar.

Evolução da equipe e preparação pro Champions

Esse elenco da Vivo Keyd está junto há somente três meses e, além da classificação pro Masters com o título nacional, a equipe conseguiu avançar para o VALORANT Champions – o grande mundial da modalidade. heat aponta que o período no Masters foi muito importante para a Keyd.

“Nosso nível de time melhorou muito durante nossa fase em Berlim, crescemos de uma forma gritante. Esse é só o começo, é uma derrota que não muda muito na nossa cabeça, pesa um pouco sim, mas é bola pra frente e focar no nosso próximo objetivo para chegar forte”.

“Nosso time não tem nem quatro meses, é um time muito novo, nosso grupo é novo, temos muito a coisa para aprender e de fato a experiência que tivemos aqui foi incrível. Melhoramos em 200% o que precisávamos melhorar e demos nosso melhor no campeonato”, continuou.

O foco da Keyd agora se vira para o Champions, que também acontecerá em Berlim entre os dias 2 e 12 de dezembro. A equipe visa, inclusive, realizar um bootcamp para se preparar ao campeonato.

“O foco pro Champions é continuar nosso trabalho, provavelmente vamos fazer um bootcamp, treinar bastante e dar nosso melhor. Ainda não sabemos em qual país vamos estar, acredito que com o tempo vai se tornando público. Por ora não tenho muito o que falar, mas tem a possibilidade de fazermos um bootcamp”, finalizou.