Carlao é o novo coach da ZETA Division. O ex-coach da FURIA conversou exclusivamente com o Mais Esports para falar sobre a mudança de time, saída da FURIA e também como está a adaptação do outro lado do mundo.
Após passar quase três anos na FURIA, Carlao decidiu virar a página e ir para uma equipe que disputa o VCT Pacífico. Além disso, o treinador tem uma equipe técnica multidisciplinar para o auxiliar em todo processo com a nova casa.
Confira a entrevista completa no vídeo abaixo!
Carlao fala como entrou na FURIA
“Então, o Jaime estava buscando uma pessoa pra liderar o projeto do VALORANT na FURIA. O Jaime gostou muito da minha pessoa e na hora da entrevista mesmo a gente já fechou ali sem nem falar muito detalhe. Eu só falei assim, ‘vamos fechar estamos fechado’. Eu nem queria saber de dinheiro, não. Queria saber de nada. Eu só queria fazer um grande projeto na FURIA do tanto que gostei tanto do Jaime quanto da organização e nem liguei para nada. Eu morava em Goiânia e fui para São Paulo. Em 15 dias arrumei apartamento e só me joguei na oportunidade que eu tive”.
Eu só falei assim, ‘vamos fechar estamos fechado’. Eu nem queria saber de dinheiro, não. Queria saber de nada.
Críticas da comunidade quando Carlao estava na FURIA
“Então para mim foi super tranquila assim, não vou falar que foi algo assim ‘nossa super feliz de ter acontecido isso’, mas tanto a gente como FURIA, todos os jogadores quanto eu, tomamos muito hate, mas é super entendível, porque eu acho que os torcedores são passionais”.
“Mexemos com paixão de muita gente que às vezes vê no nosso time a válvula de escape para ele ter momentos bons. Por isso as pessoas esperam que seja entregue para ele um momento bom. Tudo o que acontece de críticas até certo ponto ela é justa quando está dentro do jogo ali e é passional”.
“Temos que lidar com isso, é a parte da nossa profissão. Nossa profissão, não tem só bônus, ela tem o ônus. A gente conseguiu ter um mindset de ‘Vamos tentar ser uma equipe boa e evoluir’ do que propriamente ligar para para quem tá de fora”.
Temos que lidar com isso, é a parte da nossa profissão. Nossa profissão, não tem só bônus, ela tem o ônus.
Virada de página e decisão de deixar a FURIA
“Foi uma decisão conjunta. Não sou um hipócrita de falar ‘dá para continuarmos mais tempo’, eu mesmo vendo o trabalho que eu estava desenvolvendo ali e em alguns momentos não conseguia tirar o que aquela equipe conseguia naquele momento e a responsabilidade lá é minha porque eu era o treinador, sou o cara que toma as decisões e a responsabilidade é minha e não do atleta eu e a FURIA decidimos encerrar um ciclo em conjunto assim, eu e o Jaime sentamos e conversamos”.
“Era a hora da FURIA mudar um pouco os ares. Assim, não que eu era o culpado longe disso assim, todo mundo tem a sua culpa. Como fui o cara que iniciou tudo isso e liderei desde o início quem ia criar o maior choque ali dentro para mudar essas áreas era eu. Como projeto ela (FURIA) me dá muito mais alegria do que eu ter que estar ali para uma obrigação”.
Inclusive o Jaime não queria que eu saísse da fúria ele queria que eu continuasse. Pensou em achar outro local seja de manager, porque não queria me perder por essa confiança que ele tem em mim no meu trabalho na dedicação que eu entreguei, mas preferi seguir como treinador.
Inclusive o Jaime não queria que eu saísse da fúria ele queria que eu continuasse. Pensou em achar outro local seja de manager.
Novas propostas e escolha da ZETA
“Esse meu processo free agent, entrei em alguns tryouts e o da ZETA foi um deles. Tive várias sondagens, mas nada firmado com contrato, até porque a minha preferência era a ZETA, mas tive sondagens onde cheguei a sentar e falar sobre salários.
“A partir do momento que eu fui avançando com a ZETA e chegamos em um acordo que eu tinha que parar de escutar as propostas e eles iam parar de procurar treinadores juntamos tudo e acertamos o que tinha que acertar”.
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