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Vozes do CS:GO #5: Bida

CS:GO

Vozes do CS:GO é uma série que traz ao leitor do Mais Esports a história de vida dos narradores e comentaristas do Counter-StrikeGlobal Offensive. Além de falar sobre sua vida pessoal e suas trajetórias profissionais, os casters conversam um pouco sobre o cenário de CS:GO e dão dicas para quem quer seguir a carreira profissional na área.

O quinto personagem de nossa série é o BiDa, narrador de de Counter-Strike: Global Offensive. Em entrevista ao Mais Esports, BiDa contou sobre sua vida, inicio no CS:GO entre outros assuntos.

Bernando “BiDa” Moura tem 27 anos. Nascido no Rio de Janeiro, no Hospital Samaritano, foi para o sul do país, Santa Catarina, na cidade de Blumenau, onde cresceu. Tendo estudado na UFSC, BiDa possui ensino superior incompleto em Engenharia Elétrica.

Infância

Bernardo teve uma infância normal: gostava de ir pra rua, brincar com seus amigos, jogar bola… até conhecer o computador. O narrador frequentava as lan houses de sua cidade para jogar diversos tipos de jogos como: Counter-Strike, Command & Conquer, Battlefield, Priston Tale e Warcraft. Por isso acabou ficando mais na frente do computador, mas ainda com os amigos. No colégio, Bernando diz que “era um aluno exemplar, tirava boas notas” e que nunca teve problema para passar de ano.

Hobbies e gostos pessoais

Antes de trabalhar como narrador, BiDa gostava de jogar futebol com os amigos. Devido a falta de tempo atualmente, hoje seus hobbies se dividem em fazer stream, jogar e assistir séries. Aliás, BiDa revela que tem um notebook que levar para qualquer lugar de sua casa para assistir aos episódios de suas séries favoritas, além das streams que o narrador acompanha. Na música, BiDa ouve de tudo por conta de sua stream: ela o fez diversificar seu gosto musical que anda por todos os ritmos.

Interesse por jogos e esport

Desde pequeno, Bernardo foi incentivado a jogar por sua família e por isso sempre gostou de estar imerso nos mundos criados para o video game. O narrador já teve diversos consoles: PS1, PS2, PS3, Wii, Game Cube, Super Nintendo e Nintendo 64. Quando era pequeno, BiDa jogava Donkey Kong com seu pai e Bomber Man com sua avó.

O esporte eletrônico surgiu na faculdade, para Bernardo. Apesar de jogar desde o Counter-Strike 1.5 na lan, mas jogar for fun, foi durante a faculdade que o narrador disputou uma competição de esport. Nos Jogos Sedentários, torneio que reunia os cursos de Engenharia da UFSC, além de competições de sinuca, truco e FIFA, também tinha a modalidade do Counter-Strike. Quando foi disputar e perdeu feio, voltou para treinar muito mais e voltar melhor na próxima. Passou a assistir streams e vídeos para melhorar seu jogo.

Entrada no cenário de esporte eletrônico

Quando saiu o CS:GO, em 2012, BiDa não gostou do jogo, que era muito diferente do 1.6 que estava acostumado. Mas mesmo assim insistiu e continuou a se dedicar ao jogo, e aí viu que tinha potencial. Nesse momento, passou pela cabeça do caster que as pessoas precisavam jogar mais o game e pensou em como fazer isso. “Quando aprende a jogar, tem vontade maior de jogar. Quando se sabe jogar, quando você é melhor que o adversário é melhor”, contou.

Em 2013, Gabriel “FalleN” Toledo trouxe a Games Academy para o CS:GO e BiDa logo no primeiro mês tornou-se uma espécie de instrutor do portal, pois sabia todas as granadas e também conhecia os mapas por completo. FalleN e Bruno “bit1” Lima, que eram instrutores, estavam migrando do 1.6 para o CS:GO e não tinham muito conhecimento a respeito da nova versão do CS, ao contrário de BiDa. Com a ida de bit1 para o cenário de League of Legends, FalleN ficou ocupado com a Games Academy de 1.6 e acabou por desativar a GA de CS:GO. Apesar de ser descontinuada, FalleN sempre que ia jogar chamava BiDa, graças aos seus conhecimentos.

BiDa e o troféu do Major conquistado pela Luminosity Gaming. Foto: Ricardo “dead” Sinigaglia

Além disso, o caster criava conteúdo para seu canal no YouTube. Logo após, foi para o YouTube da Games Academy para dar dicas ao espectadores. Depois ajudou FalleN, que também era narrador na época, com comentários nas transmissões. Em 2014, BiDa conseguiu investir em um computador e as coisas ficaram mais simples: ele pode fazer suas streams e narrar os campeonatos por conta própria. Isso possibilitou que FalleN parasse de narrar e se dedicasse a ser um jogador profissional.

Momentos marcantes

Em 2014, BiDa saiu da faculdade para se dedicar exclusivamente ao esporte eletrônico e durante esse ano e o seguinte, 2015, trabalhou intensamente no cenário. Para isso, o caster também perdeu muito tempo e dinheiro para fazer isso acontecer e em 2016 estava quase desistindo até que veio o MAX5 Invitational. O campeonato contou com grandes equipes como Luminosity Gaming, Games Academy, Keyd Stars, g3x entre outras. Foi o primeiro contato com o público exclusivamente de Counter-Strike e BiDa percebeu que a comunidade havia o abraçado e isso lhe garantiu energias renovadas para continuar seu trabalho.

Grandes eventos também marcaram a carreira profissional do caster. As finais da quarta temporada da ESL Pro League, realizada em São Paulo, foi especial para o narrador: quando ele chegou e viu a torcida gritando seu nome a emoção foi tão grande que suas pernas ficaram bambas. Além dos eventos em 2016, a ESL One Belo Horizonte também foi um evento que foi marcante para BiDa.

Dificuldades na carreira

No início, como todo mundo, BiDa passou por dificuldades. Seu computador que não funcionava direito para as funções que ele queria, era um empecilho. Além disso, o caster teve que superar sua timidez para poder se tornar um narrador com mais desenvoltura. Outra dificuldade importante por qual BiDa passou foi a de quebrar paradigmas: antes dele se tornar narrador, vieram FalleN e Willian “gORDOx” Lemos no 1.6.

Já atualmente, BiDa vê o esporte eletrônico como um cenário muito dinâmico com muitos campeonatos. Para isso, o narrador precisa cuidar de sua saúde, de sua voz principalmente, expandir seu vocabulário para que uma narração nunca seja parecida com outra, aliar os cenários de PUBG e CS:GO. O ódio da comunidade que o viu ir para outro cenário, o PUBG, também é algo que afeta o caster e uma dificuldade que enfrentou.

BiDa foi comentarista no PGL Spring Invitational de PUBG. Foto: Starladder

Planos para o futuro e importância do esport

O esporte eletrônico é tudo na vida do narrador. Tudo o que ele faz, tudo o que pensa e todas as notícias que busca, giram em torno do esporte eletrônico. É mais que uma profissão para BiDa, é sua vida. Na sequência, o caster revela que parou de assistir esportes tradicionais pois não via mais emoção: em um jogo de futebol movimentando temos apenas quatro gols, por exemplo. No CS, cada rodada reserva uma emoção diferente para o espectador e isso fisgou o narrador.

Bernardo afirma que todo ano busca um desafio diferente. Em 2017, BiDa mudou-se para São Paulo. Em 2018, abriu seu leque de narração para o PUBG. Em 2019 não será diferente, mas por enquanto o caster não pode revelar muita coisa, apenas que pretende ficar junto com as comunidades de PUBG e CS:GO. Para BiDa o foco no momento é PUBG e CS:GO. “São os dois jogos que vou me dedicar ao máximo nos próximos… meses. Vamos deixar assim”, e termina a frase olhando para a câmera como se houvesse mais informações por trás que não foram reveladas.

Ídolos e idolatria

BiDa tem o narrador dinamarquês Anders Blume como inspiração, por conta de toda sua história. BiDa, quando começou, tinha a intenção de ser o Anders brasileiro. Além do dinamarquês, FalleN é outro ídolo, mas que mantém uma amizade. Bernardo afirma que a maioria das pessoas que ele tinha admiração, hoje mantém relações de amizade. “É absurdo isso”, comemorou.

Ao ser questionado sobre ser uma inspiração para quem quer ser narrador, BiDa se sente feliz, mas não somente pela profissão, mas também por sua conduta pessoal. Uma dieta realizada pelo narrador, influenciou diversas pessoas a fazerem o mesmo. “Muito legal ser inspiração para as pessoas. É algo que deixa você muito… te coloca no chão, toda hora. Você sobe e tem que se manter sempre no chão, com o pé no chão para continuar sendo uma pessoa normal”, afirmou. Ainda no tema, o caster afirma que é legal que as pessoas também busquem outros narradores e que ele se vê como uma inspiração de uma pessoa que correu atrás no momento que precisava.

O Counter-Strike no futuro

Para 2019, BiDa prevê um cenário de Counter-Strike gigantesco e estabilizado no crescimento. O narrador não acha que o game irá explodir novamente, mas afirma que seu declínio é praticamente impossível devido, justamente, ao seu patamar de consolidação.

BiDa afirmou também que existe muito tempo de Counter-Strike pela frente, mas que não tem como prever o quanto tempo será. “Se a Valve quiser, vai deixar o CS rodando por mais cinco anos facilmente. Apesar de termos jogos de FPS fortes como Rainbow Six, Point Blank e Crossfire, o CS ainda é o jogo que mexe com multidões no mundo inteiro e não tem concorrente direto”, constatou. A desenvolvedora, segundo o caster, precisa investir e reinventar o game para que ele possa se sustentar por muito mais tempo como uma das principais modalidades no esporte eletrônico.

Conselhos

BiDa aconselhou os leitores do Mais Esports como se tornar um narrador. Bernardo fala que para entrar no cenário é só querer, só ter vontade e recurso. Os recursos são um PC para fazer stream e transmissão ou gravar vídeos e microfone. Para o comentarista, apenas um computador, conexão com a internet e microfone para se comunicar. Bernardo também afirma que é importante chegar, sentar e fazer acontecer: não adianta ficar esperando a oportunidade chegar, é importante fazer essa oportunidade acontecer. Uma dica que o caster dá, é narrar os jogos da Liga Principal e Liga Amadora da Gamers Club, já que as partidas que não possuem transmissão oficial da plataforma, estão disponíveis para serem narradas. Segundo BiDa, é só ir no suporte pouco antes do jogo começar e pedir o IP.

Para o narrador é importante que a pessoa se grave narrando, assistir e depois veja no que pode melhorar; pegar os pontos fracos e trabalha-los e nos pontos fortes, fortace-los ainda mais. Para o comentarista, é preciso ter um bom conhecimento in game. Uma experiência no competitivo é importante nesse quesito.

Bruno Martins

por Bruno Martins

Publicado em 27 de fevereiro de 2019 • Editado há mais de 3 anos

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