Ex-técnico de LoL e recentemente revelado na comissão técnica da Omegha no Wild Rift, MiT foi desligado da organização nessa sexta-feira (24). O anúncio foi revelado pela própria equipe em uma nota no Twitter.
“Estivemos acompanhando as matérias e comentários esta semana”, cita a nota que você confere logo abaixo. “Com isso, reavaliamos a situação contratual do mesmo. Verificamos que durante este processo surgiram novas informações as quais a organização não tinha ciência e que serão devidamente apuradas pelos órgão competentes”, completa.
Nota de Desligamento pic.twitter.com/JvXLh3bwqa
— OMH (@OmeghaeSports) June 24, 2022
MiT é investigado em dois de três procedimentos criminais envolvendo a tatuadora Daniela Li. A informação, revelada inicialmente em uma reportagem do MGG Brasil, contraria o posicionamento da organização no início da semana que o integrante da comissão “não possui nenhuma ação de natureza penal onde ele tenha sido acionado”.
O primeiro dos procedimentos criminais é de número 1009206-36.2021.8.26.0050, correndo atualmente na 32ª Vara Criminal do Foro Central Criminal da Barra Funda e discorre como Ação Penal e Procedimento Ordinário de Calúnia. Este corre em Segredo de Justiça e somente as partes do processo podem acessar o conteúdo.
O segundo é de número 1027502-09.2021.8.26.0050, correndo na mesma Vara e apenso ao primeiro processo. Nele, MiT é investigado em uma Denunciação Caluniosa e foi despachado uma instauração de inquérito policial no último dia 10 de junho “para melhor apuração dos fatos aqui narrados”.
O terceiro é de número 1029142-47.2021.8.26.0050, correndo na mesma Vara e também apenso ao primeiro processo. Nele há a citação de Representação Criminal de Estupro. As informações também correm em Segredo de Justiça.
O Mais Esports tentou contato com a Riot Games na última terça-feira (21) para saber mais sobre o status da inscrição de MiT como integrante da Omegha, mas não obteve resposta até então. Segundo a nota da Omegha no início da semana, ele atuava como “parte da comissão técnica”.
MiT foi em suas redes sociais se posicionar sobre o assunto levantado nas últimas horas. Em resposta ao Mais Esports, ele mandou o contato dos seus advogados que citaram “total estranheza ao desligamento de Gabriel Mit da OMH” e explicaram mais sobre o ocorrido. A nota, na íntegra, você confere ao final da reportagem.
O Mais Esports também tentou contato com a Omegha e com Daniela Li no decorrer da tarde dessa sexta (24), mas não obteve resposta de nenhuma das partes até a publicação. Caso isso aconteça, as declarações serão adicionadas logo abaixo.
O início dos acontecimentos se deu em janeiro de 2021, quando Daniela acusou MiT nas redes sociais de abuso sexual depois de ter marcado de sair com o ex-técnico por meio de um aplicativo de relacionamento. O caso, segundo ela, aconteceu de seis a sete anos atrás.
Dias depois, MiT perdeu a parceria com a Twitch. O processo, então, foi aberto no final de 2021 pelo ex-treinador por Ação Penal e Procedimento Ordinário de Calúnia contra Daniela. Os demais procedimentos criminais discorreram do processo original.
A Omegha está na Singapura para representar o país no campeonato Mundial de Wild Rift. Ela venceu a final brasileira em maio na cidade de Belo Horizonte por quatro jogos a três contra a Vivo Keyd na grande final. Toda a cobertura do Wild Rift Icons 2022 você acompanha aqui no Mais Esports.
Posicionamento de MiT mediante seu advogado
O corpo de Advogados do Cimino & Faria Advogados Associados, reiterando nota já lançada, vem manifestar total estranheza ao desligamento de Gabriel Mit da OMH.
De início, alertamos que os crimes contra a honra, especialmente quando praticados em ambiente virtual, vêm tomando proporções geométricas e ocasionando danos irreparáveis às mais diversas vítimas, a quem, integralmente, nos solidarizamos.
Nesse momento, focaremos em dar total apoio psicológico a Gabriel e equipe que, teratologicamente, amargam contexto injusto de revitimização.
É muito bom lembrar que Gabriel Lucas de Souza Silva, popularmente conhecido no cenário de e-sports como “MIT”, foi quem, desde o início, buscou amparo jurisdicional em decorrência de graves e infundadas imputações que lhes foram feitas, sendo que, além de não ter cometido crime algum, jamais foi ou está sendo processado pelo delito previsto no art. 213 do Código Penal brasileiro (est*p*o).
Aproveitamos novamente o ensejo para informar a instauração de inquérito se deu exclusivamente para apuração dos fatos narrados por ambas as partes em litígio, haja vista que, além da queixa-crime apresentada pelo Gabriel MIT, onde apura-se a prática dos crimes de calúnia e difamação, foi distribuída, por dependências aos referidos autos principais, uma notícia de fato contraposta pela defesa técnica de D.L., alegando suposta “Denunciação Caluniosa”, ao que parece, data vênia, com o afã exclusivo de protelar a marcha processual.
Ressalte-se que a representação técnica subscritora está atenta a cada matéria, postagem, ou comentário em relação a pessoa de Gabriel Mit, e, sempre que necessário, tomará todas as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis, seja na esfera cível ou criminal, para resguardar a honra e a dignidade do nosso assistido.
Averbe-se, por fim, que todos os prejuízos pessoais e profissionais amargados por Gabriel Mit serão oportunamente objetados em novas ações judiciais. Lutaremos, ladeados pela VERDADE, até o final.
Hugo Viol Faria; Advogado OAB/MG 169.332.