A Fase Suíça do Worlds 2023 chegou ao fim! Essa foi a primeira vez que o novo formato, que substituiu a antiga fase de grupos, foi implementado em um campeonato da Riot Games.
Neste texto, trago a minha opinião sobre essa mudança. O Formato Suíço foi um sucesso e deve continuar para a próxima temporada competitiva do League of Legends, embora com algumas alterações para deixá-lo mais dinâmico.
O Formato Suíço do Worlds 2023
Não é novidade que eram necessárias mudanças para que a competição no Mundial de LoL voltasse a se tornar saudável. Nos últimos anos, houve reclamações constantes sobre jogos que não valiam nada e falta de competitividade e emoção nas partidas da famosa fase de grupos.
Por conta disso, a chegada do Formato Suíço, popular no campeonato mais importante do CS:GO, o Major, foi recebida de forma positiva. De início, todos entenderam que era uma mudança necessária, mas havia dúvidas sobre como seria implementada no LoL.
Emoção a cada partida
A Fase Suíça trouxe de volta para o LoL algo crucial: todos os jogos importam muito. Afinal, você precisa vencer para se colocar em posições favoráveis no sorteio, além de se manter no grupo de times mais próximos da classificação do que da eliminação.
Ou seja, até os jogos que seriam menos importantes em uma eventual fase de grupos viram finais. Além disso, por serem partidas MD1, as equipes podem ser surpreendidas logo nas primeiras rodadas e acabar em situações complicadas para o restante do torneio.
Isso aconteceu com a KT Rolster, por exemplo. Tiveram uma estreia difícil, perderam e acabaram enfrentando apenas adversários fortes nas partidas subsequentes. O mesmo ocorreu com a Dplus KIA, que chegou a perder dois jogos e empatar o placar, mas não conseguiu a clássica jornada milagrosa vista no Formato Suíço do CS:GO.
Essa mudança também resultou no declínio da G2, que ficou a apenas uma vitória de avançar, mas perdeu três seguidas e foi eliminada. Além disso, tivemos a incrível jornada da NRG, que levou um novo time da LCS aos playoffs do Worlds após nove anos.
O sorteio
Normalmente, não há sorteio nesse formato; os jogos são definidos com base no seed das equipes em uma tabela de pontuação, como no CS:GO. Entretanto, no LoL, isso ainda não é possível, então a Riot Games precisou realizar um sorteio humano para definir os confrontos. Isso gerou duas opiniões: alguns acharam mais emocionante, enquanto outros pensam que alguns times podem ter caminhos mais fáceis devido à sorte.
Eu sou a favor do sorteio, pois ele traz muito mais emoção, como vimos durante as transmissões. Os torcedores estavam apreensivos e vibravam a cada nome retirado das sacolas pelo árbitro, que acabou se tornando um vilão ou herói, literalmente um personagem.
No entanto, acredito que algumas mudanças poderiam ser feitas nessa parte do sorteio, como proibir que equipes que já se enfrentaram se enfrentem novamente nas partidas de eliminação. Isso tornaria os confrontos decisivos do campeonato ainda mais dinâmicos e emocionantes.
Além disso, acho crucial reduzir os confrontos entre equipes da mesma região. Para os jogadores e o público, ver essas partidas repetidas vezes ao longo do ano não é interessante. No Worlds, a comunidade gosta de ver confrontos intensos entre regiões e menos rivalidades domésticas desde o início. Neste ano, vimos uma competição acirrada entre Europa e América do Norte, mas na Fase Suíça, tivemos poucos jogos envolvendo equipes asiáticas devido ao modo como foram sorteados os confrontos.
Somatória geral do novo formato
Se eu precisasse dar uma nota, seria oito. Muito disso se deve aos pontos que mencionei acima, mas, de forma geral, o novo formato atendeu às minhas expectativas. Tivemos jogos emocionantes que realmente valiam a pena, e você podia sentir que cada partida fazia diferença no campeonato, algo que havia se perdido no antigo formato.
A Riot Games acertou na mudança, e espero que continuem ajustando e refinando o formato suíço para torná-lo ainda mais atraente para o público.
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