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Worlds 2024: G2 Caps fala sobre carreira, inspirações, posição de liderança e mais

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Considerado o maior jogador ocidental da história, G2 Caps está indo para mais um Worlds e deseja conquistar o título que lhe falta: campeão mundial.

Em entrevista exclusiva ao Mais Esports, o jogador falou sobre o início da sua carreira, falhas no Worlds, evolução como jogador, entrada e saída da Fnatic, entrada na G2, ser inspiração, como é ser um líder e muito mais! Acompanhe a entrevista completa logo abaixo, ou se preferir, leia a transcrição em texto.

Já caiu a ficha que você é o melhor jogador ocidental de todos os tempos?

Eu acho que não, de certa forma, porque quando entrei na liga, eu realmente só queria ganhar o Worlds. Eu costumava assistir o Faker na terceira temporada, quando ele venceu o Mundial, e foi aí que comecei a jogar muito LoL, realmente tentando dar o meu melhor. Eu queria muito chegar lá, mas ainda sinto que não alcancei esse objetivo. Ainda não consegui o que almejo.

Sou super grato pelas equipes em que joguei e por todos que torceram por nós, além de ter grande consideração pelas minhas performances. Significa muito para mim sempre que recebo mensagens de fãs dizendo que se sentiram motivados ou que ficaram mais animados por causa dos meus jogos. Saber que eles se divertem assistindo é muito importante.

Mas, ao mesmo tempo, eu quero ir além. Quero conseguir aquele título mundial. Isso é algo meio estranho para mim, porque, claro, eu penso no passado e tento aprender com ele, mas também tento não focar demais nos resultados. Isso pode fazer você se acomodar ao vencer ou se sentir mal ao perder. Acho que já passei pelas duas situações no passado. Já pensei ‘ah, perdemos’ e me senti muito mal por isso, ou, ao vencer, fiquei muito emocionado.

A melhor coisa é se distanciar um pouco disso. Claro, quando você vence, você fica feliz no momento, mas depois outras coisas podem tirar esse sentimento. Eu gosto mais das lições que aprendo do que do resultado em si

Caps
(Imagem: Divulgação/Riot)

Início de carreira de Caps

Eu diria que o Mundial da terceira temporada foi um grande evento para mim. Eu estava em casa, de férias, e não estava jogando muito LoL na época. Mas, quando vi aquele Mundial, pensei: ‘Ok, eu só quero ficar bom’. Então comecei a me dedicar todos os dias, colocando muito esforço. Acho que esse é o primeiro passo, ou melhor, os primeiros dez passos: jogar muito e observar como os profissionais jogam.

Eu assistia muitos guias de coaching no YouTube, tentando entender melhor o jogo. E foi basicamente isso que fiz no ano seguinte. Foi então que comecei a me juntar a equipes, como Enigma e MOUSE. A partir daí, grande parte do processo foi se adaptar do solo queue para o ambiente de equipe.

Especialmente quando me juntei à Fnatic e pude jogar com Rekkles e sOAZ, aprendi muito com esses jogadores que já estavam no topo do cenário de equipes. Isso me deu um grande salto nesse sentido. Depois, fui para a G2, onde o Perkz tinha muito conhecimento, tendo jogado com o Mithy, outro jogador muito experiente. Aprendi com muitos jogadores de alto nível.

Continuo evoluindo e sempre tento trazer novas ideias. Gosto de ser criativo e encontrar soluções. Se eu pudesse dar uma dica, seria: ‘Dedique-se ao máximo até, pelo menos, chegar ao Challenger’. Se você realmente quer ser o melhor, precisa alcançar os mais altos níveis de desempenho individual antes de focar nos aspectos da equipe. Olhando para trás, é assim que vejo o início da minha jornada na solo queue: foi sobre me concentrar em mim mesmo e em melhorar constantemente.

(Imagem: Divulgação/Riot)

Caps antigo vs Caps atual

Eu era muito otimista, sabe? Se eu olhar para trás agora, acho que aquele Caps do passado não teria falhado. Tenho certeza que já teria vencido Mundiais. Nesse sentido, é meio triste, mas definitivamente, quando entrei na sétima temporada, eu ainda estava muito focado no meu desempenho individual — minhas jogadas, meu campeão, minhas decisões. Eu não olhava tanto para algo maior.

Hoje, estou muito mais focado em como todos estão desempenhando o que precisamos fazer, ajudando meus companheiros de equipe se eles precisarem de algo. Claro, isso tem um custo. Você pode acabar se concentrando menos em si mesmo, nas suas próprias jogadas. Mas, no fim do dia, o que importa é o que sua equipe precisa para vencer. Pelo menos na Europa, encontramos uma fórmula para ganhar. Tivemos sucesso no MSI, mesmo que não tenha sido uma vitória, estar no topo e competir de igual para igual com a T1 trouxe esperança, especialmente depois de tantos anos sendo derrotados. Espero que possamos usar isso para um Mundial ainda melhor, porque acredito que temos capacidade para isso.

Se eu sinto falta de desafios mais simples? Acho que sim, de algumas partes. Mas, no geral, prefiro como é agora. Acho que é mais divertido, porque consigo jogar mais em equipe. Quando você tem um bom entendimento do jogo e da perspectiva dos outros, é mais recompensador. Quando você foca apenas em si mesmo, pode ser frustrante não saber o que está acontecendo em outros lugares do mapa. Muitas pessoas percebem isso na solo queue: ‘Estou indo bem na minha lane, mas minha equipe está 0/10’. Agora, se algo dá errado no jogo, tenho uma boa compreensão do porquê e consigo ver o que poderia ter mudado, mesmo que não estivesse envolvido diretamente na jogada. Posso influenciar com minha comunicação ou planejamento prévio.

Definitivamente sinto que posso assumir mais responsabilidade no jogo, o que também significa que o resultado está mais nas minhas mãos. E eu gosto dessa parte. Sinto que posso realmente influenciar a partida. Quanto mais você sabe, mais simples algumas coisas se tornam, porque você começa a entender que nem tudo é tão complicado. Mas também surgem mais variáveis, como as regras, e especialmente com as mudanças que ocorrem, como neste Mundial. Todos nós temos que nos acostumar com as novas interações entre os campeões. Alguns deles estão voltando a como eram antes do segundo split, mas também surgem coisas novas, e é divertido ver tudo isso colidindo.

Caps
(Imagem: Divulgação/Riot)

Inspirações de Caps

Houve muitas inspirações. Quero dizer, não só na Europa, mas também, sendo dinamarquês, eu era um grande fã do Bjergsen. O xPeke e o Bjergsen com certeza foram os maiores para mim, eu realmente gostava de assistir os dois jogarem.

Quando entrei na liga, também joguei contra o Perkz, especialmente, e ele era alguém que eu realmente gostava de enfrentar. Sempre parecia que eu estava aprendendo algo novo quando treinava contra ele, e isso foi bem legal. Acho que esses foram alguns dos jogadores que eu admirava.

Ida para a Fnatic sendo tão novo

Quero dizer, definitivamente, isso me pegou de surpresa no começo. Acho que, para mim, naquela época, eu pensava: ‘Essa é a melhor organização da Europa’. Eles tinham tantos títulos na época, e, claro, venceram o Mundial na primeira temporada. Isso foi algo marcante, como mencionei antes, com o xPeke jogando lá no passado.

Então, definitivamente, acho que a oportunidade de ir para a Fnatic foi enorme, e sou muito grato por isso.

Na época, estávamos indo muito bem na Dark Passage, e eu estava em um nível alto. Lembro que eu era top 1 da solo queue naquela época, então eles provavelmente pensaram: ‘Vamos dar uma chance’. Acho que eles não se classificaram para o Mundial pela primeira vez na sexta temporada, então realmente queriam mudar as coisas. Foi quando decidiram apostar em um novato.

A Fnatic sempre foi uma equipe que apostou em novatos no passado. Como mencionei antes, com sOAZ, Rekkles e outros, eles são muito bons em ensinar o jogo, porque têm muito conhecimento. Então, independentemente de quem eles escolham para o mid, desde que a pessoa esteja disposta a aprender, será uma grande experiência de aprendizado.

Fico triste que não conseguimos os melhores resultados no meu primeiro ano. A sétima temporada foi bem difícil, acho que terminamos em terceiro lugar duas vezes. Quando olho para trás, sinto que poderíamos ter vencido. Se eu tivesse aprendido algumas coisas mais rápido ou jogado de uma forma mais parecida com o que faço hoje, com mais conhecimento sobre o jogo em equipe, acho que os resultados poderiam ter sido diferentes.

(Imagem: Divulgação/Riot)

Ida para a G2

De maneira geral… talvez isso tenha acontecido mais no passado, mas, geralmente, você entra com um contrato de novato e, quando ele termina, pelo menos no meu caso, eu gostaria de explorar opções.

Agora, na G2, eu tenho um contrato muito longo, então não consegui explorar tanto as opções da mesma forma. Mas, olhando para trás, eu realmente queria tentar coisas novas. Na época, eu ainda estava muito feliz na Fnatic. Claro, fomos para a final do Mundial e, como mencionei antes, o xPeke também jogou lá. A Fnatic era uma das melhores organizações da Europa, e eu estava muito animado para jogar lá. Mas, ao mesmo tempo, eu também queria experimentar ambientes diferentes.

Acho que entrar para a G2 parecia um desafio muito caótico, mas também muito divertido, especialmente com a troca do Perkz para a posição de ADC e toda a vibe do time. E eu estava certo, né? Foi definitivamente uma grande jornada em 2019.

No geral, não tenho certeza do porquê jogadores deixam a Fnatic. Talvez seja por causa dos contratos, que são um pouco mais curtos. Na Fnatic, eu tinha um contrato de dois anos, enquanto na G2, assinei por três anos, com várias extensões.

Caps
(Imagem: Divulgação/Riot)

Diferença da Fnatic e G2

Tive que me acostumar um pouco. Acho que a Fnatic era muito séria de certa forma, muito focada no desempenho. Nós seguíamos muito a ideia de como ser os melhores, e colocávamos muita ênfase no jogo. Eu sentia que eles se importavam bastante com isso. Na G2, por outro lado, o ambiente parecia muito mais solto, mais amigável. Estávamos sempre brincando muito, fazendo muitas piadas, e tudo era levado de forma bem mais leve.

Era como se a Fnatic tivesse uma fórmula estabelecida, enquanto na G2 estávamos descobrindo a nossa fórmula. E era mais divertido, de certa forma. Também havia uma grande diferença na maneira como lidávamos com uma má performance. Na Fnatic, parecia que era o fim do mundo, enquanto na G2, mesmo que as pessoas ficassem frustradas, elas deixavam isso sair, ou faziam piada sobre a situação. Então, poderíamos tentar aprender com isso.

No início, eram ambientes muito opostos. Mas, no fim das contas, ambos os ambientes eram bons à sua maneira. Quando saí da Fnatic, eu queria experimentar diferentes tipos de ambiente. Acho que há muito de psicologia nisso, porque ajuda muito quando você pode rir das coisas. No final, vim para me tornar o melhor, e às vezes parece que, se você perde um jogo, é o fim do mundo. Mas às vezes é preciso dar um passo atrás e olhar para o panorama maior: ‘Ok, perdi um jogo, mas é só um jogo. Posso melhorar no futuro, só preciso aprender com isso’. E às vezes, você faz isso melhor rindo ou fazendo piadas sobre a situação.

Mas, quando falamos em competições internacionais, não há muito espaço para erros. Talvez os torcedores, a comunidade, argumentem que não dá para rir de um erro em um torneio internacional. Como lidar com isso? No final do ano, ninguém está rindo, né? Quando tudo acaba, as coisas mudam. Mas se perdemos um jogo em uma série, também é assim. Você encara como algo muito ruim, ou entende que, na verdade, é possível cometer erros. Você pode perder dois jogos em uma melhor de cinco e ainda vencer a série, ou até mesmo ficar para trás dentro do jogo e conseguir voltar, como fizemos várias vezes nos playoffs.

O ponto principal é como você reage aos erros. É um equilíbrio delicado, porque é muito fácil se frustrar com um erro e acabar cometendo outros. Mas também é fácil não se importar e minimizar o erro com piadas. O importante é encontrar um equilíbrio entre se importar o suficiente, sem se frustrar a ponto de tiltar e ficar preso no passado.

Você ainda tem dificuldades para encontrar esse equilíbrio? Sim, é difícil. Mas temos algumas boas ferramentas para nos ajudar, especialmente com o Isma, nosso coach de performance, que se juntou a nós e nos ajudou muito. Ainda assim, é um desafio constante, mas fazemos o melhor que podemos.

A falta de um título mundial

É realmente frustrante, especialmente olhando para o início da minha carreira, quando chegamos a duas finais de Mundial. Estávamos tão perto, era como se pudéssemos tocar, sentir a vitória. E depois disso, parece que foi uma queda livre, com performances cada vez piores. Claro, em 2020 chegamos às semifinais, mas desde então, 2021 foi um ano em que nem nos classificamos, em 2022 não saímos do grupo, e em 2023 também não conseguimos sair da Fase de Grupos. Então, parece que estamos caindo cada vez mais.

Definitivamente estou bastante frustrado com isso, mas, no fim das contas, eu sei que só perco de verdade quando desisto. É muito fácil pensar: ‘Ok, perdi duas finais do Mundial, acabou’. É fácil dizer: ‘Agora nem consigo chegar à final, nem sair dos grupos’. Mas eu sei que não é o fim, porque sei que ainda posso fazer melhor do que já fiz no passado.

Você vê tantos jogadores, como o Faker, que voltou no ano passado e venceu o Mundial. Ele continua nos ensinando algo! Ele é uma grande inspiração, e eu realmente só quero seguir em frente e alcançar esse objetivo. Sou sortudo por ter uma equipe ao meu redor que quer o mesmo.

Será um Mundial fácil? Com certeza não. Acho que há muitas equipes insanas, mas tudo o que precisamos é que todos coloquem um pouco mais de esforço, onde conseguimos melhorar individualmente e, depois, nos unimos como equipe. De repente, podemos conquistar a vitória, certo? Há muito o que explorar no meta deste Mundial, o que é uma sorte para nós. Talvez possamos tirar algumas vantagens disso.

Assim como vimos nas trocas de rota ontem, isso é algo que definitivamente podemos aproveitar. Claro, há vantagens, mas também desvantagens que podem surgir. Tudo depende de quão bem usamos essa semana ou as últimas duas semanas, e os próximos dez ou oito dias que temos até o Mundial.

Mas, definitivamente, estou confiante, e faremos o nosso melhor para ter um bom desempenho.

Caps, jogador da G2
(Imagem: Divulgação/Riot)

Como ajudar a Europa melhorar como região

Eu estava, como jogador, desafiando desde a quarta, quinta ou sexta temporada, quando comecei a pensar em me tornar profissional. E isso me machucava bastante, porque eu via a Coreia vencendo basicamente tudo, e isso me fazia sentir muito mal. O gap entre as regiões era muito grande, e todo mundo dizia: ‘Ah, eles são muito bons’. Quando entrei na liga, muitas equipes tinham a sensação de que nunca iríamos competir internacionalmente, pois a Coreia era muito forte.

Claro, fiquei muito feliz por chegar à final do Mundial e vencer o MSI. Parecia que essa narrativa estava mudando. Muitos jogadores profissionais começaram a pensar: ‘Ei, se eles conseguiram, por que não podemos?’ Mas agora, sinto que estamos indo na direção oposta novamente.

Mas será que uma equipe ou um jogador pode mudar esse status? Acho que não é apenas sobre uma equipe ou um jogador. A Fnatic, por exemplo, estava indo muito bem, quase vencendo a Top Esports. A Splyce também conseguiu sair dos grupos, e na Season 10 vimos a Fnatic indo até o quinto jogo contra a Top Esports. Então, não era apenas uma equipe. Fizemos um bom trabalho, mas é uma questão de como podemos melhorar.

Tudo se resume a dar esperança. Se conseguirmos um ótimo desempenho, se vencermos o Mundial, outras equipes vão pensar: ‘Se eles podem, nós também podemos’. Isso cria uma bola de neve, porque quando uma equipe faz isso, outras também se motivam. Mas se todos entrarem com a mentalidade de que a Coreia e a China são fortes demais, e que seremos esmagados, então ninguém vai se esforçar para vencer.

No ano passado, tivemos muitos problemas com os scrims. As equipes cancelavam treinos duas, três horas antes, e quando o jogo estava perdido, eles começavam a jogar de qualquer jeito, como se não importasse. Não havia consequências por acabar com o jogo. Foi muito difícil obter bons aprendizados dessa forma. Mas, neste ano, as equipes europeias melhoraram muito nesse aspecto, e tivemos treinos muito melhores. Sou grato por isso, porque é exatamente o que precisamos para levar nosso nível adiante.

Agora que temos uma boa base com as equipes europeias, só precisamos aproveitar isso e aprender o máximo possível com as equipes que estão jogando aqui no bootcamp. E, claro, desempenhar bem no dia, sair dos grupos e vencer o Mundial!

(Imagem: Divulgação/Riot)

Caps quer ser inspiração para os novos jogadores?

Eu adoraria, especialmente com os resultados. Acho que vencer o MSI foi uma grande virada de jogo, e se pudermos fazer isso de novo, vencer o Worlds, realmente mostrar que ‘a Europa está de volta’, as pessoas vão ver que somos bons. É assim que queremos ser vistos, certo? Mas, se perdermos todos os jogos no Mundial, terminando com 0/4 e saindo dos grupos sem vencer, todos vão pensar: ‘Wow, estamos sendo derrotados pela G2, que nem conseguiu ganhar um jogo. O que eu vou fazer?’

Acho que poucas pessoas conseguem superar isso e pensar: ‘Ok, a G2 perdeu, mas eu vou fazer melhor’. Alguns conseguem, mas muitos jogadores vão pensar o contrário: ‘Se a G2 perdeu, o que eu posso fazer?’. E isso é uma pena. Mas, se fizermos um bom trabalho, pelo menos eles não terão essa mentalidade.

No fim das contas, depende de nós agora. Somos os primeiros representantes da Europa e precisamos agir como tal. Não vejo isso como um fardo. Claro, você pode encarar como um fardo, mas eu não me sinto assim, porque, como mencionei, sempre foi meu sonho ganhar o Worlds. A maior pressão que sinto é a que coloco em mim mesmo. Ainda sou o mesmo Caps de 2017, que não ficará feliz se não ganhar um Mundial, então farei tudo o que posso para deixar aquele Caps satisfeito.

Na foto: Caps, mid-laner da G2
Foto: Reprodução/LEC Flickr

Caps e seu novo papel de liderança

Sinto que agora preciso ter uma visão muito melhor de todo o mapa. Quando se trata de decisões em equipe, definitivamente preciso dar minha opinião e garantir que seja um bom plano para todos. E se alguém estiver passando por um momento difícil, que seja porque estamos conseguindo algo melhor em outro lado do mapa.

Antes, eu estava mais focado em garantir que eu soubesse o que estava fazendo em situações jogáveis. Como mencionei, o sOAZ e o Rekkles tinham muito a dizer, e às vezes você apenas recua quando outras pessoas assumem esse papel. Agora, se todos falam menos, sinto que preciso avançar e realmente tomar algumas decisões.

As pessoas são diferentes, certo? Algumas gostam de tomar decisões, enquanto outras detestam. E isso não faz de alguém um jogador melhor ou pior. No final das contas, algumas pessoas podem apenas estar executando bem mecânicas, o que já é suficiente para algumas equipes. Para outras equipes, é necessário garantir que todos estejam na mesma página, e isso requer tomar grandes decisões.

Você precisa de uma mistura de jogadores assim, ou, em alguns casos, de maneiras que todos possam tomar suas próprias decisões. Acho que diferentes equipes têm métodos variados para lidar com isso, mas, com certeza, estou tomando mais decisões em equipe agora do que em 2017.

Eu diria que, a cada ano, fiz um pouco mais. Na Season 8, fiz mais do que na Season 7, e na Season 9, fiz mais do que na 8. E então, na Season 10, fiz mais do que na 9. A cada ano, fui fazendo um pouco mais. Claro que, em alguns anos, fiz muito mais do que em outros.

Acho que, especialmente quando joguei como ADC, percebi que precisava garantir que tivéssemos um bom plano, porque a aventura de jogar como ADC não estava indo perfeitamente bem. Perdemos para o MAD Lions na primeira melhor de 5, e eu pensei: ‘Ok, algumas coisas precisam mudar’. Tive que ajustar algumas prioridades, porque não estava funcionando. Se quiséssemos vencer aquele split, eu precisava me adiantar e fazer mudanças, mesmo que isso viesse à custa de outras pessoas. No fim, ganhamos, e isso foi o mais importante.

Nos últimos dois anos, a G2 não conseguiu grandes resultados nos Mundiais, e me pergunto o quanto isso está impactando o meu jogo. Ter que assumir o papel de líder e prestar mais atenção no macro, nas chamadas da equipe, faz com que eu me concentre menos no meu próprio estilo individual. E, obviamente, um jogador como eu impacta toda a partida.

Estreia da G2 no Worlds 2024

A G2 estreará no Worlds 2024 contra a paiN Gaming, equipe brasileira. O confronto est´pa marcado para esta quinta (3) Às 16h.

Mais Esports fará a cobertura completa do Worlds 2024, então fique ligado para ficar por dentro de todas as notícias do torneio, entrevistas exclusivas com os jogadores, análises dos times, curiosidades e mais!

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Bruno Rodrigues

por Bruno Rodrigues

Publicado em 02 de outubro de 2024 • Editado há 6 horas

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