Hoje falar da Liberty no CBLOL 2024 é só vitórias, literalmente, mas e como é pra quem está desde o início? Dos tempos de Kalec até hoje, um pilar se manteve: o técnico Alocs. Em exclusiva ao Mais Esports, perguntamos como foi testemunhar esta mudança.
Fique Mais próximo
Para aproximar ainda mais a comunidade, gostaria de te contar um pouco mais do tom da entrevista. Pra falar a verdade, isso tudo veio de um áudio, mas eu costumo chamar o Alocs de filósofo.
Toda pergunta pra ele é um mar de contextos, mas não confunda com ser prolixo, o significado desse apelido é que ele leva a pergunta com a devida seriedade.
Não à toa, que uma pergunta rende uma matéria com O Filósofo.
Como é ver e participar de todo antes e depois dos processos de evolução da Liberty?
Olha, é uma pergunta complexa, a gente poderia passar um podcast inteiro conversando sobre ela.
Por sinal, fica aqui o convite, hein?
Foi uma evolução bem grande, não veio da noite pro dia e inclusive acho que nós enquanto organização chegamos em um buraco bem profundo e escuro. E foi dali que a gente entendeu que precisava reestruturar tanto em funcionamento quanto ideologia.
Então o nosso CEO, o Samuel, que veio do tênis e já tinha muitas ideias do esporte tradicional, ele sentia que faltava uma maturidade do cenário em geral e eu ele conversamos diversas vezes de como poderia melhorar. Só que no início do ano a gente estava no escuro mesmo, e a gente não conseguia enxergar como desenvolver.
Então a gente trabalhou bastante, sobretudo do lado da gerência, pra desenvolver as ideologias e processos. E eu sempre me senti escutado por eles, sabe? Então sempre opinei como desenvolver e me senti parte desse processo todo. E aí demos passos pra frente. Conseguimos enxergar o caminho, não estava mais tão escuro.
Alocs conta sobre a saída da Liberty do “buraco”
A partir do momento que a gente teve a luz, não é que acabou, na verdade, só conseguimos enxergar que o caminho é longo, só começamos a andar. Eu fico feliz, desde o início da minha carreira eu sinto que estamos desvendando esse mundo novo dos esports. Eu, por exemplo, estou nele há 20 anos, desde o Warcraft, aí fui pro Dota e parei no LoL.
Então é sempre um descobrimento, e ver que agora que estou como treinador e é uma carreira relativamente nova, e também estou fazendo parte de um amadurecimento – indo pra frente como cenário – eu fico bem feliz, trabalhar aqui dentro tem me dado a esperança que o cenário pode ser melhor, mais maduro.
E acho que esse momento do cenário é de amadurecimento, entender que ainda não entendemos tudo do cenário e trabalhar nos processos. Eu só queria dar este background, pra vocês entenderem o que eu sinto.
O que eu realmente sinto é: feliz e esperançoso pelo cenário. Sinto que podemos ter caminhos mais frutíferos, podemos ser pioneros em certos aspectos, não necessariamente na vitória – isso depende de múltiplos fatores – mas eu digo pioneiros no sentido de desenvolver o cenário.
Alocs também conta que o desenvolvimento saudável dos jogadores da Liberty é essencial
Acho que os proplayers tiveram uma rotina muito tóxica, baseada em over-working e a gente pode mudar isso e trazer algo mais produtivo pros jogadores. Esse tipo de trabalho em excesso faz com que a carreira dos jogadores seja mais curta do que deveria, é algo que aconteceu comigo.
Bom, de modo mais conciso: me sinto bem esperançoso pro futuro do cenário.
Finaliza, em áudio, Alocs – um dos pilares técnicos da Liberty.