O ex-Head-Coach e atual General Manager da FURIA, Maestro, contou em entrevista exclusiva ao Mais Esports sobre o brTT e os seus testes na organização.
“Eu nunca vi ninguém assim”, diz Maestro sobre brTT
Perguntamos como foi a experiência do Maestro com o brTT na FURIA e o que levou ao resultado de não seguirem juntos, confira a resposta:
Pô, foi muito legal, foi muito positiva (a experiência). Eu, sinceramente, já fiquei tantos anos adversário dele, mas nunca tinha realmente conversado com ele de fato, falado sobre trabalho, sobre LOL. E aí, quando a gente teve oportunidade agora, foi muito legal, e cara, eu não tenho um pingo de negativo pra falar dele. Não é por ele ser uma pessoa pública, nem nada assim. Ele foi um cara nota 10 do início ao fim. Comigo, especificamente, foi muito da hora, porque ele sabe que ele está voltando de muito tempo parado, então ele não nega isso, ele sabe disso, ele sabe que ele precisa retomar o ritmo.
E aí, desde os primeiros tryouts, ele percebeu isso, ele já falava comigo, “não, eu preciso dar um gás, preciso jogar mais, preciso ver isso, preciso estudar, está diferente o jogo”. Então é um cara muito nota 10. E aí a gente conversou bastante, trocamos muita ideia sobre o jogo, ele conversou com a Ayu, conversou com todo mundo da staff, falou com o pessoal de bot-lane, falou comigo sobre controle de visão, um monte de coisa. Então ele se atualizou legal, assim, nesses testes, pra ele entender o que estava acontecendo.
E por último, assim, elogiar de fato… algo que só ele eu nunca vi ninguém ter assim, que é tipo assim, essa força de vontade, essa fome que ele tem que eu nunca vi assim é uma coisa fora de perfil do que eu tô acostumado assim de atleta de LOL ele é um cara muito bizarramente focado. O cara que tem a rotina dele montada tem tudo na cabeça se não interessa que falam pra ele, então foi muito bacana.
Então, de fato existe uma aura no brTT, Maestro?
Existe, mano [uma aura]. É um cara muito, muito bom para isso, para o ambiente e tudo. Todo mundo respeitou muito ele, assim, sabe? Essa questão de tipo, se pô… E eu até conversei com ele, né? Sobre isso, quando ele quis falar para mim, “Não, eu quero voltar e tal”. Eu até falei para ele, falei “TT, você não precisa, você sabe, né?” Tipo assim, você é o maior da história ainda, né? Sem discussão nenhuma. Você conquistou tudo que você queria conquistar. já e tal, você não precisa disso, você não precisa passar por isso, tá ligado? E aí ele falou, “Foda -se, tipo, eu quero e não interessa, sabe?
E o motivo assim, por que não deu certo? Eu acho que é muito por conta do desencaixe mesmo, assim, porque é muito difícil. Eu ter BRTT hoje, como ADC da FURIA, tendo o Ayu na mão? É muito complicado, porque apesar dele ser, indiscutivelmente, o maior da história do nosso campeonato, a gente tem o que a gente acredita que vai ser o futuro dos ADCs do país, a gente acredita nisso desde que a gente botou o olho no Ayu, né?
Então é muito complicado. E aí fazer esses testes, né, de roleswap, etc., aí eu acho que já não daria mais tempo. Seria algo que, sei lá, talvez não combinasse tanto com o momento que dele e nem com o nosso, vamos dizer assim. Então foi mais por uma falta de encaixe mesmo do momento, assim. Acho que não teve nada a ver necessariamente com o ruim ou bom, ou algo assim, sabe?
Confira a entrevista exclusiva com o Maestro na íntegra
Além de falar dos testes do brTT, Maestro contou um pouco mais sobre o processo de se tornar General Manager e como ele pode contribuir ainda mais não só com a FURIA, mas como para o ecossistema brasileiro. Confira aqui: