O posicionamento anti exclusividade da Valve levantou questionamentos sobre o cenário nacional de Counter-Strike: Global Offensive. Recém-criados, o Campeonato Brasileiro de Counter-Strike e o CLUTCH Circuit negaram que vão ter problemas com a nova diretriz da publicadora.
Em contato com o Mais Esports, as duas organizadoras afirmaram que não exigem exclusividade em seus acordos – apesar de algumas condições excludentes apontadas pelo CBCS.
“Os clubes que fazem parte do CBCS, reunidos e formalizados como ABCS – Aliança Brasileira de Counter-Strike, entidade que representa e auto regulamenta o campeonato, não são proibidos de disputar outros campeonatos, desde que estes não conflitem com a agenda de compromissos do CBCS, que incluem gravações, media day, jogos e entrevistas”, afirmou a assessoria do CBCS.
A nota afirmou que um exemplo de sua não exclusividade é a vaga na próxima temporada da StarSeries, que vai para o campeão da primeira etapa da liga franqueada.
Além disso, CBCS revelou que sua comissão organizadora “está em contato com o setor responsável por campeonatos e ligas da Valve para validação de qualquer ponto que seja necessário”.
Sempre se apresentando como um circuito aberto – ao contrário do concorrente, que segue um modelo de franquias, sem rebaixamento -, o CLUTCH também afirmou que não terá problemas com a nova imposição da Valve na BR League, seu principal produto.
“Entendemos que não é necessária nenhuma mudança no formato do Brasileirão de CS:GO do CLUTCH Circuit, uma vez que se trata de um circuito aberto com possibilidade clara de acesso para novos times. Atualmente, algumas equipes estão disputando também outros torneios, como a BGS 2019 de CS:GO”, contou a comunicação da BBL, responsável pelo circuito junto da Gamers Club.
“Criamos junto com os times participantes um sistema que vive em constante evolução para que faça sentido para todas as partes evoluírem na geração de conteúdo, treinamentos e competições”, completou a nota.
A regra anti exclusividade da Valve surge num momento de muita movimentação nacional e internacional para a criação de novas ligas. O posicionamento da empresa é visto como uma resposta direta para essas e a ESL Pro League de 2020, que teve uma cláusula de exclusividade revelada pelo site Dexerto – posteriormente, a HLTV revelou que a cláusula era verdadeira, mas era do rascunho de um contrato que seria assinado por apenas algumas das equipes participantes.